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Escolas municipais e Cmei atendem 80 alunos surdos

Criado: Quarta, 24 de Abril de 2019, 09h08 | Publicado: Quarta, 24 de Abril de 2019, 09h08 | Última atualização em Quarta, 24 de Fevereiro de 2021, 20h56

Eles recebem atendimento específico com atenção especial prestada por professores intérpretes de Libras

WhatsApp Image 2019 04 23 at 12.30.51 1A Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) reconhece os direitos de todos a uma educação de qualidade. Especificamente aos surdos, a pasta reconhece os direitos educacionais e linguísticos que esses sujeitos possuem de crescerem bilíngues no que se refere às duas línguas envolvidas, o português, na modalidade escrita e a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Onde há surdos matriculados, a SME encaminha um professor intérprete, além do encaminhamento desse aluno a um dos Centros Municipais de Apoio à Inclusão (Cmai), para que ele aprimore seus conhecimentos na Libras e no português escrito.

O decreto 10.436 da Lei da Acessibilidade consta que a LBS / Libras (Língua Brasileira de Sinais) é reconhecida como segunda língua oficial do Brasil. A necessidade da comunicação em língua de sinais é muito importante para a comunidade surda, que chega a ser 7% da população, segundo o último Censo do IBGE 2010. Atualmente é garantido ao surdo um tradutor intérprete de Libras nas escolas, sejam públicas ou privadas. A SME tem, como uma de suas prioridades, promover a inclusão de educandos com necessidades especiais específicas. A rede conta com dois Centros Municipais de Apoio à Inclusão, Cmai Brasil Di Ramos Caiado e Cmai Maria Thomé Neto.

Em seu quadro de servidores, a SME conta com, além de um professor para cada educando, mais oito professores de Libras estrategicamente modulados em coordenadorias regionais de educação para propiciar, nas instituições com surdos matriculados, a formação e orientação específicas em contexto. O intuito é que seja desenvolvida uma educação de qualidade para esses alunos. Atualmente, são atendidos 80 educandos em 56 unidades da rede. Os educadores presentes nas instituições realizam a função de interpretar as aulas e auxiliam na inclusão do educando surdo em sala, junto aos colegas e a instituição como um todo.

O professor intérprete de Libras, Leone de Morais Nogueira Xavier, trabalha na Escola Municipal Itamar Martins Ferreira e acompanha o educando Erick Lima da Silva que cursa o 9º ano. Ele fala um pouco da sua experiência com o aluno, que vai além da interpretação e como todos participam do processo de inclusão. Ele ensina Libras para os colegas de sala e os alunos amam essas aulas e o quanto isso facilita a comunicação entre eles. No dia a dia, interpreta as aulas de português para Libras e, de forma sucinta, sempre se preocupa em ensinar um pouco da língua aos outros professores e os conscientiza sobre como lidar com os surdos.

WhatsApp Image 2019 04 23 at 12.30.51“O acompanhamento com o aluno surdo tem surtido efeito em sua socialização e aprendizado. Anteriormente ele fazia sons que ele não sabia que estava emitindo (que atrapalhavam a turma) agora ele já tem ciência dos sons que emite. Se relaciona muito bem com todos os educandos, conversa sobre assuntos diversos com seus colegas em Língua de Sinais. A Libras também tem auxiliado na participação de esportes, nas demais atividades e momentos importantes na unidade escolar. Como as demais aulas são traduzidas para Libras o educando tem tido boa aquisição de conteúdos e seu conhecimento de mundo aumentou muito através de aulas com recursos visuais. Seu entendimento e cooperação com as regras da sociedade aumentaram muito. Infelizmente o Erick ainda possui dificuldade com o português escrito, mas é um déficit que vem sendo trabalhado no atendimento individualizado sistematicamente no esforço de melhorar seu desempenho acadêmico”, explica o professor.

Euder Arrais, coordenador de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos da Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania, informa que a SME se empenha no desenvolvimento e qualificação dessa modalidade. “O Centro de Formação da SME oferece cursos de formação continuada para os professores de Libras, intérpretes e demais servidores. Há projetos inovadores sendo elaborados, com implementação de materiais didáticos midiáticos bilíngues e também para formação e divulgação para todos os profissionais da educação a respeito das especificidades linguísticas e culturais dos surdos”, disse.

 

Adriene Bastos, da editoria de Educação e Esporte

 

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