SME lança projeto Resolução Criativa de Conflitos no Ambiente Educacional

A Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) deu início na tarde desta segunda-feira, 19, ao projeto Resolução Criativa de Conflitos no Ambiente Educacional. Foi realizado um encontro com os apoios pedagógicos das cinco Controladorias Regionais de Educação (CRE) para apresentação do projeto. Idealizada em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), a proposta tem o objetivo de criar e colocar em prática novas metodologias para prevenir conflitos e fortalecer relações interpessoais nas unidades educacionais da rede municipal de Goiânia.

“É uma parceria fundamental, visto que temos uma rede muito grande em quantidade de alunos e servidores. Então, é inevitável que conflitos existam, a diversidade é uma constante no ambiente escolar. É na escola que vemos o resultado da fragilidade social, encontramos as famílias que precisam de apoio e até os nossos próprios servidores, que, às vezes, precisam de ajuda, tratamento. A escola é o melhor espaço para discutir os problemas e resolvê-los, providenciar encaminhamentos”, ressaltou a superintendente pedagógica da SME, Ampara Barros.

A juíza auxiliar da Corregedoria de Justiça de Goiás, Sirlei Martins da Costa, explicou qual a contribuição do judiciário no projeto. “A primeira etapa será para preparar o pessoal da Educação para posteriormente praticar as reflexões. O nosso objetivo é levar uma proposta de pacificação, principalmente, com a finalidade de desenvolver a comunicação não violenta dentro da escola preparando os alunos, professores, familiares para que lidem com os conflitos de uma forma diferente, os evitando. Às vezes, tem conflitos que podem ser resolvidos no início, mas acabam se tornando um processo judicial. Queremos evitar isso”, ressaltou.

Segundo a coordenadora da Comissão de Mediação Educacional, Clédia Maria Pereira, o projeto prevê após o encontro de hoje, a realização do curso de formação “Mediação Educacional: mediar é educar, educar é mediar” com a participação de diretores de escolas e centros municipais de Educação Infantil (Cmei). “Após o curso, as unidades educacionais farão a adesão ao projeto. Utilizaremos de três instrumentos metodológicos: assembleia educacional, círculos reflexivos e mediação entre pares. A avaliação do projeto será contínua, de modo a verificar o cumprimento dos objetivos e a adequação ao planejamento pedagógico, buscando analisar as mudanças de comportamentos e as tipologias dos casos e conflitos na comunidade escolar”, pontuou.

Lívia Máximo
Fotos: Acaray Silva (TJ-GO)