Goiânia está entre as primeiras capitais em acompanhamento do Bolsa Família com mais de 65 mil estudantes beneficiários

A Secretaria Municipal de Educação, por meio da Gerência de Inovação e Tecnologia (Gertec), coordena o Programa Bolsa família em Goiânia. Em 2025, o Programa beneficia 65.503 estudantes matriculados em escolas municipais, estaduais e particulares de Goiânia. Entre as capitais brasileiras, Goiânia está entre as dez com melhor desempenho no IGD-M, demonstrando eficiência e comprometimento no acompanhamento das famílias beneficiárias.

O Índice de Gestão Descentralizada Municipal (IGD-M) é um indicador de desempenho utilizado para calcular o repasse de recursos federais destinados às ações de gestão do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família. O índice reflete a qualidade da gestão municipal nessas áreas e serve como referência para o investimento de verbas complementares voltadas à execução do programa.

Em Goiânia, o acompanhamento e monitoramento do Bolsa Família são realizados de forma integrada entre as secretarias municipais de Educação (SME), Saúde (SMS) e Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs). A coordenação é da SME, responsável por acompanhar a frequência escolar e identificar os estudantes beneficiários do programa. Atualmente, cerca de 30% dos alunos da Rede Municipal de Educação são beneficiados com Bolsa Família.

“O Programa Bolsa Família é muito importante na vida escolar das crianças e dos estudantes, pois garante o acesso e a permanência na escola. Isso é essencial, já que a educação é a base para o desenvolvimento e o futuro das famílias beneficiadas. O programa também ajuda a suprir necessidades básicas, como alimentação e material escolar”, comenta Mercedes Hernandez Moraes Pureza, coordenadora do Programa Bolsa Família em Goiânia.

O programa condiciona o recebimento do benefício à frequência mínima de 60% para crianças de 4 e 5 anos e 75% para estudantes de 6 a 18 anos. Segundo a coordenadora, essa exigência tem contribuído para elevar o número de estudantes nas escolas e é importante para que os pais possam buscar trabalho e conquistar a independência financeira. “O Bolsa Família não apenas contribui para o presente, assegurando condições mínimas de sobrevivência, mas também para o futuro, formando cidadãos mais preparados para o mercado de trabalho e menos dependentes de programas sociais”, acrescenta.

Bolsa Família

O Programa Bolsa Família (PBF) é uma política pública que integra a transferência de renda, na garantia do exercício dos direitos sociais, tendo como destinatários grupos em situação de vulnerabilidade, isto é, grupos que apresentam limitações em suprir as necessidades básicas para sua subsistência.

O valor do benefício é calculado conforme a renda familiar.. Para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês. Por exemplo, se apenas um integrante da família tem renda e recebe um salário mínimo (R$ 1.518), e nessa família há sete pessoas, a renda de cada um é de R$ 216,85. Como está abaixo do limite de R$ 218 por pessoa, essa família tem o direito de receber o benefício.

Para receber o Bolsa família é preciso estar inscrito no Cadastro Único, com os dados corretos e atualizados. Esse cadastramento é feito em postos de atendimento da assistência social dos municípios, como os CRAS. É preciso apresentar o CPF ou o título de eleitor. Todos os meses, o programa identifica, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas e que começarão a receber o benefício.

O fato de o aluno estudar em uma escola particularnão impede o recebimento do benefício. Ele pode ser bolsista, contar com ajuda de familiares ou até utilizar o próprio recurso do Programa Bolsa Família para pagar a mensalidade escolar. O benefício só é bloqueado quando não há informação sobre a escola do beneficiário, o que impossibilita o registro da frequência no sistema. Por isso, é importante procurar o CRAS mais próximo e manter os dados escolares sempre atualizados no Cadastro Único.

Legenda: A bolsa família é concedida a estudantes de 4 a 18 anos, em situação de vulnerabilidade econômica, com frequência escolar