Esta proposta de atividade de CIÊNCIAS DA NATUREZA é destinada aos estudantes da 7ª Série da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
É quase automático: apertamos o interruptor e a luz se acende! Algo tão corriqueiro em nossas vidas não faz parte do cotidiano de algumas famílias brasileiras até o presente momento e, em um passado não muito distante, ter uma luz ligada era a exceção. De onde vem a energia elétrica que temos em nossas residências? Tão importante quanto é, seria ela capaz de gerar algum impacto negativo?
A energia elétrica, essencial para o desenvolvimento das atividades humanas, pode ser obtida por duas fontes produtoras: os recursos energéticos renováveis e não renováveis. Os primeiros são aqueles que se regeneram naturalmente em um curto período de tempo, como a água, o sol, o vento e a matéria orgânica. A energia hidrelétrica, por exemplo, é amplamente utilizada no Brasil, aproveitando o potencial hídrico dos rios para gerar eletricidade. Goiás, com suas diversas bacias hidrográficas, contribui significativamente para a matriz energética nacional. Outro recurso renovável é a energia solar, que aproveita a luz do sol através de painéis fotovoltaicos: uma tecnologia que tem ganhado espaço em diversas regiões do país. A energia eólica, gerada a partir dos ventos, e a biomassa, que utiliza matéria orgânica como bagaço de cana e resíduos agrícolas; são também fontes importantes e promissoras.
Quanto aos recursos energéticos não renováveis, como os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) e o urânio, utilizado na energia nuclear, eles são finitos, já que têm um processo de regeneração extremamente lento, levando milhões de anos. A queima de combustíveis fósseis é uma das principais fontes de energia no mundo, mas também é a maior responsável pela emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global e mudanças climáticas. O petróleo, além de ser usado para geração de energia, é a base para uma infinidade de produtos, o que aumenta sua demanda e exploração. A energia nuclear, embora eficiente e capaz de gerar grandes quantidades de energia, carrega consigo os riscos de acidentes e a complexa questão do armazenamento dos resíduos radioativos.
A geração de energia, independentemente da fonte, traz consigo impactos socioambientais que precisam ser cuidadosamente gerenciados. A construção de usinas hidrelétricas, por exemplo, pode resultar em alagamento de grandes áreas, desmatamento, deslocamento de populações ribeirinhas e alterações nos ecossistemas aquáticos. A energia solar e eólica, apesar de serem limpas, também apresentam desafios, como a necessidade de grandes áreas para instalação dos painéis e turbinas, além de possíveis impactos na fauna local, especialmente aves no caso das eólicas.
Em Goiás, a diversidade de recursos energéticos, além da energia hidráulica, permite uma análise ampla dos impactos e das possibilidades de desenvolvimento sustentável. A expansão da energia solar e a exploração de biomassa, por exemplo, podem contribuir para uma matriz energética mais limpa e diversificada, reduzindo a dependência de fontes não renováveis e minimizando os impactos ambientais. Além disso, a conscientização e o uso racional da energia, junto com a análise das opções disponíveis, considerando os contextos locais, contribuem para avançarmos rumo a um futuro energético mais sustentável.
QUESTÃO 1
Preencha a tabela, apontando as características, vantagens e desvantagens de cada fonte produtora de energia citada:
| Fonte de energia | Características | Vantagens e desvantagens |
| Energia solar | ||
| Energia hidrelétrica | ||
| Energia eólica | ||
| Termoelétrica | ||
| Energia nuclear |
QUESTÃO 2
Qual é a principal fonte energética da sua cidade? De onde vem a energia utilizada na sua residência e na sua escola? Caso necessário, realize uma pesquisa para responder a essas questões.
QUESTÃO 3
As energias renováveis apresentam menor impacto ambiental, uma vez que se utilizam de matéria prima que se renova. Entretanto, elas também provocam problemas socioambientais. Veja a seguir alguns desafios inerentes a esse tema:
Link 1: Por que as mulheres nordestinas protestam contra a energia eólica?
Disponível em: https://stories.app.goo.gl/ntbE
Link 2: Hidrelétrica pode ter contribuído para casos de febre amarela
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fol/geral/ult18012000041.htm
Diante do exposto, reflita: como cada indivíduo pode contribuir para que tais problemas sejam minimizados?
QUESTÃO 4
Elabore uma campanha de sensibilização, em áudio, vídeo ou cartaz, alertando a população para as ações que devem ser adotadas para reduzir os impactos gerados pelas usinas produtoras de energia.
Acesse os materiais referentes a essa atividade clicando aqui:
https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/propostas_didaticas/propostas-didaticas-ciencias-da-natureza-7a-serie/
SAIBA MAIS
O vídeo a seguir é uma síntese do bate papo entre a professora Mariana Araguaia e o engenheiro aposentado Elias de Sá, sobre a vida sem a energia elétrica. Vamos prestigiá-lo?
| Autoria | Mariana Araguaia |
| Formação | Ciências Biológicas |
| Componentes Curriculares | Ciências da Natureza e Geografia |
| Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento | (EJACI0521) Conceituar energia e analisar suas fontes produtoras (renováveis e não renováveis), discutir os impactos socioambientais e investigar os recursos energéticos do Estado de Goiás. (EJAGE0523) Entender a dinâmica das energias usadas no cotidiano desde o processo de geração até o fornecimento, especificamente na América Latina. |
| Referências | CARNEVALLE, Maíra Rosa. Araribá Mais Ciências: 6º ano. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. GOIÂNIA. Documento Curricular para a Rede Municipal de Goiânia – EJA. Secretaria Municipal de Educação e Esporte de Goiânia, 2023. 235p. Disponível em <https://sme.goiania.go.gov.br/site/index.php/institucional/documentos-oficiais-2/category/24-eja?download=425:documento-curricular-para-a-rme-de-goiania-eja>>>. Acesso em 23/03/2023. HIRANAKA, Roberta Aparecida Bueno; HORTENCIO, Thiago Macedo de Abreu. Inspire Ciências: 6º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2018. |