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ARTE – Museu Memorial do Cerrado: Vamos conhecer um Quilombo?

Olá, estudante!
Esta videoaula de Artes foi veiculada na TV no dia 18/08/2021 (Quarta-feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.


Você já foi a um Museu? Conhece aos museus de Goiânia? Hoje teremos a oportunidade de conhecer um museu incrível! O Memorial do Cerrado! Que foi eleito em 2008 como o local mais bonito de Goiânia.


Assista a videoaula abaixo, com a temática –  Vamos ao Museu?


ARTE | 8º ANO | ENSINO FUNDAMENTAL | PROF.: POLLYANNA BRITO

Museu Memorial do Cerrado: 

Vamos conhecer um Quilombo?

O Memorial do Cerrado é um complexo científico que funciona no Campus II da PUC Goiás. É um museu que retrata desde a origem do planeta Terra à chegada dos portugueses ao Brasil.  E hoje conheceremos como era um Quilombo. Você sabe o que é um Quilombo? Como funcionava? Porque será que os escravos fugiam para um Quilombo?  


O Memorial do Cerrado tem como proposito o estudo, valorização e consciência do Bioma Cerrado. Bem como da cultura dos povos do Cerrado. Entender como essas culturas vivem e vem se desenvolvendo nos ajuda a entender porque ele vem sendo tão devastado e como ele pode ser preservado. 

Vamos conhecer como eram os Quilombos? Mas a propósito, você sabe o que é um Quilombo? No Memorial do Cerrado há um sítio geográfico e local de resistência ocupado e organizado por populações africanas ou afro-brasileiras que fugiam da escravidão. No Memorial do Cerrado há uma réplica fidedigna dos modelos de quilombos existentes no cerrado. https://museucerrado.com.br/eco-historia/memorial-do-cerrado/. 


Fotos de um Quilombo. Memorial do Cerrado. Disponível em: https://museucerrado.com.br/eco-historia/memorial-do-cerrado/

Quilombolas são os descendentes e remanescentes de comunidades formadas por escravizados fugitivos (os quilombos), entre o século XVI e o ano de 1888 (quando houve a abolição da escravatura), no Brasil. Atualmente as comunidades quilombolas estão presentes em todo o território brasileiro, e nelas se encontra uma rica cultura, baseada na ancestralidade negra, indígena e branca. No entanto, os quilombolas sofrem com a dificuldade no acesso à saúde e à educação.

A origem em comum dos remanescentes de quilombos é a ancestralidade africana de negros escravizados que fugiram da crueldade da escravidão e refugiaram-se nas matas. Com o passar do tempo, vários desses fugitivos aglomeravam-se em determinados locais, formando tribos. Mais adiante, brancos, índios e mestiços também passaram a habitar os quilombos, somando, porém, menor número da população.

Ao longo da história brasileira, vários quilombos foram registrados, alguns com grande número de habitantes. O Quilombo dos Palmares, por exemplo, que na verdade era formado por um conjunto de 10 quilombos próximos, chegou a ter uma população estimada em 20 mil habitantes no século XVII. (Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/quilombolas.htm/ Acessado em: 4 de junho de 2021).  


O tratamento violento e as péssimas condições de sobrevivência oferecidas pela casa grande, faziam com que os negros escravos procurassem uma nova forma de viver que não fosse aquela. Para muitos não era fácil fugir, quando encontrados sofriam violência pior, mas aos que conseguiam, tentavam construir uma nova vida formando famílias e pequenas comunidades. 

Os quilombos, também eram chamados de mocambos. Em Angola, no continente africano, a palavra “quilombo” (kilombo) significa povoação ou fortaleza e era onde os guerreiros se preparavam para combate. No Brasil colônia, o significado do termo não era distante do proposto pelos quilombolas.

Os terrenos de quilombos eram adquiridos através de doação, herança, compra ou até mesmo de abandono, no caso de antigas fazendas. Depois da invasão dos holandeses em 1630, muitos senhores de engenho abandonaram suas terras, o que proporcionou aos escravos bons lugares para escapar nas terras de Pernambuco.


Além de abrigo, na comunidade quilombola as pessoas poderiam retornar à suas culturas e tradições, às suas religiões, às práticas de dança e músicas oriundas da sua terra, a África. No período colonial os quilombos não eram só compostos por escravos fugidos, mas também de escravizados alforriados, brancos pobres, mestiços, indígenas, entre outros. Hoje em dia ainda existem quilombos ocupados pelos remanescentes que possuem as mesmas tradições.

Os quilombos, de maneira geral, funcionavam como válvula de escape para a intensa violência da escravidão nas senzalas. Além disso, eram considerados pontos centrais de oposição ao modelo escravagista, os quais resistiram a diversos confrontos com aqueles que se afirmavam superiores, os senhores de engenho. 

O contexto econômico de expansão da produção da cana-de-açúcar na época colonial favoreceu a formação de quilombos, pois era um momento no qual os escravos viam a oportunidade de alcançar certo tipo de independência financeira. Portanto, a comunidade que se formava, aos poucos começava a ter relações comerciais com outras comunidades livres, conseguindo sobreviver fora das senzalas e com grande vantagem que era a liberdade. O cultivo e a comercialização de alimentos e a criação de animais garantiam a sobrevivência dos quilombos.


Porém, apesar de terem a liberdade dentro do quilombo, o povo sofria com a iminência de ataques que culminavam na destruição do local e na captura de muitos fugitivos. Por isso, a principal preocupação dos quilombolas era a segurança do local e para isso eles construíam várias cercas ao redor do acampamento e dezenas de armadilhas.

 A criação de quilombos representava a rejeição da forma de vida cruel proporcionada pelos senhores de engenho. Eram nesses locais que o povo afrodescendente buscava organizar estratégias de segurança e planos para libertar outros escravos. (https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/quilombos). 


Professor, essa aula segue a Matriz Curricular das Habilidades Estruturantes 2021-2021. Foi elaborada no ano de 2020, com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia da Covid-19 e segue as orientações de flexibilização curricular para o biênio 2020/2021 (Ofício Circular 147/2020 Dirped).

Habilidade estruturante

(GO-EF08AR08-A) Reconhecer algumas categorias do sistema das artes visuais tais como: museus, galerias, instituições, espaços culturais, centros culturais, fundações, ateliês de artistas e artesãos. Aprender de forma significativa as relações entre o sujeito e as experiências em artes visuais, ampliar o seu repertório imagético, estético, o pensamento crítico e sensível, respeitar e valorizar cada categoria na sua especificidade.


Referências – Texto elaborado com fins pedagógicos.

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/quilombos

https://museucerrado.com.br/eco-historia/memorial-do-cerrado/.