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Língua Portuguesa – Coesão e progressão textual em lendas indígenas

Esta atividade de Língua Portuguesa tem como base as sequências didáticas propostas pelo Programa Aprender Sempre, da SME-Goiânia, com base no DC/GO – Ampliado e está destinada a estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental.

As lendas são histórias de autoria desconhecida que explicam a criação de coisas e culturas, criadas em épocas diferentes, por povos de culturas diferentes.

A progressão temática no texto acontece mediante a inserção de novas informações que fazem com que o tema seja desenvolvido nele, como os articuladores sequenciais, que são mecanismos de coesão (como as conjunções) utilizados para garantir a articulação entre as partes do texto  e para estabelecer relações entre as informações. 

Assista à videoaula do professor Marlon Santos com essa temática.

Canal Portal Conexão Escola – Aprender Sempre – L. Portuguesa – 7º Ano – 4º Bim – Videoaula 3 – COESÃO E PROGRESSÃO TEXTUAL EM LEN Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=T84R5-bILjA> Acesso em: 20, dez. 2022

Responda às questões a seguir.

Disponível em: <https://pixabay.com/images/id-4147655/> Acesso em: 27, nov. 22

Leia a lenda a seguir:

A Lenda da Mandioca (lenda dos índios Tupi)

Nasceu uma indiazinha linda e a mãe e o pai tupis espantaram-se:

__ Como é branquinha esta criança!

E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua. Chamaram-na Mani. Mani era linda, silenciosa e quieta. Comia pouco e pouco bebia. Os pais preocupavam-se.

__ Vá brincar, Mani, dizia o pai.

__ Coma um pouco mais, dizia a mãe.

Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha. Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, não se levantou da rede. O pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas à menina. Mas não atinava com o que tinha Mani. Toda a tribo andava triste. Mas, deitada em sua rede, Mani sorria, sem doença e sem dor.

E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca. E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os índios Tupis. Regavam com lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa.

__ Que planta será esta? Perguntaram, admirados. Ninguém a conhecia.

__ É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios.

E continuaram a regar o brotinho mimoso. A planta desconhecida crescia depressa. Poucas luas se passaram e ela estava altinha, com um caule forte, que até fazia a terra se rachar em torno.

__ A terra parece fendida, comentou a mãe de Mani.

__ Vamos cavar?

E foi o que fizeram. Cavaram pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos meninos índios. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani surgia uma nova planta!

__ Vamos chamá-la Mani-oca, resolveram os índios.

__ E, para não deixar que se perca, vamos transformar a planta em alimento!

Assim fizeram! Depois, fincando outros ramos no chão, fizeram a primeira plantação de mandioca. E até hoje entre os índios do Norte e Centro do Brasil é este um alimento muito importante.

E, em todo Brasil, quem não gosta da plantinha misteriosa que surgiu na casa de Mani?

A Lenda da Mandioca (lenda dos índios Tupi). Adaptação de Maria Thereza Cunha de Giacomo. Ilustrações de Heinz Budweg. Coleção “Lendas brasileiras”, n.7. 2 ed. Edições Melhoramentos: São Paulo, 1977.

QUESTÃO 1

Ao longo do texto, por quais outros nomes Mani é mencionada?

QUESTÃO 2

Conforme o texto, como Mani é caracterizada?

QUESTÃO 3

A lenda da Mani Oca, ou da Mandioca, é uma das lendas indígenas mais conhecidas. Você conhece alguma outra lenda indígena? De qual povo? Relate sobre essa lenda e diga onde você a conheceu.

QUESTÃO 4

Releia o seguinte fragmento retirado da lenda indígena:

E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca. E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os índios Tupis. Regavam com lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa.

a) Os verbos de ação conferem ao texto a progressão dos acontecimentos. Indique quais são esses verbos e aponte a qual ação eles se referem.

b) A locução adverbial “um dia”, na terceira linha do texto, foi empregada com qual objetivo?

QUESTÃO 5

Releia o seguinte trecho:

Toda a tribo andava triste. Mas, deitada em sua rede, Mani sorria, sem doença e sem dor.

Explique qual é a relação que a palavra destacada entre os dois períodos.

Acesse os materiais referentes a essa atividade clicando aqui: https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/propostas_didaticas/propostas-didaticas-lingua-portuguesa-7o-ano/


Componente curricular:Língua Portuguesa
Habilidades estruturantes:(EF05LP07) Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que estabelecem entre partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, condição, finalidade.
(EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade.
(EF69LP47-A) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, as escolhas lexicais típicas de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo.
Referências:GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Educação. Aprender Sempre. 6° ao 9º ano – Ensino Fundamental; Língua Portuguesa; 3° Bimestre; Goiânia, 2022.