Esta atividade de Língua Portuguesa tem como base as sequências didáticas propostas pelo Programa Aprender Sempre, da SME-Goiânia, com base no DC/GO – Ampliado e está destinada a estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental.
Você já parou para pensar como o Brasil é um país de enormes proporções territoriais e que, mesmo assim, não importa onde você esteja, consegue entender o que as pessoas falam? Isso acontece porque, no Brasil, falamos a mesma língua; mesmo que ela apresente pequenas diferenças, a base é a mesma. As diferenças surgiram devido às influências dos imigrantes e povos originários de cada região onde os falantes/usuários vivem. A língua se mantém pelo fato de existir uma forma padrão, com normas e regras que valem para todo o território brasileiro.
As variações linguísticas são fenômenos naturais, o que pode ocorrer em qualquer língua, a qual tem a capacidade de evoluir, uma vez que é um mecanismo vivo imprescindível no processo da comunicação humana. As variedades linguísticas estão ligadas a situações de comunicação em que se inserem, ou seja, o lugar, o tempo, as pessoas envolvidas, razões e intencionalidades para a comunicação.
Geralmente, as variedades linguísticas são facilmente identificadas, seja pela presença de expressões regionais, gírias, palavras antigas ou fora de uso, quer seja por inadequações evidentes à norma-padrão, tais como a falta de concordância verbal/nominal ou erros ortográficos. Entretanto, acontece de ser difícil para o falante identificar certas variações.
Embora a língua se manifeste de diversas formas, há uma norma-padrão que é considerada no país. A norma-padrão da língua é um conjunto de regras gramaticais e ortográficas que define o uso mais adequado da língua portuguesa em contextos formais, como documentos oficiais, textos acadêmicos e situações profissionais. Ela é ensinada nas escolas e usada em contextos em que a clareza e a formalidade são essenciais. No entanto, isso não significa que seja a única forma “correta” de falar ou escrever. É importante entender que a norma-padrão é apenas uma das muitas maneiras de usar a língua.
Quando alguém julga ou desvaloriza outra pessoa com base na forma como ela fala, dizemos que ocorre preconceito linguístico. Isso pode acontecer, por exemplo, quando se critica alguém por usar uma variação regional ou uma forma não convencional de linguagem. É importante combater o preconceito linguístico reconhecendo que todas as formas de linguagem têm valor e são apropriadas para diferentes contextos.
Assista à videoaula do professor Marlon Santos com essa temática.
Responda às questões a seguir.
Observe as imagens a seguir para responder às questões 1 a 3.
QUESTÃO 1
As imagens que você viu, comumente, remetem ao universo rural: um ponteiro de boiada, galinhas e uma viola caipira. Considerando as imagens e o contexto, crie uma narrativa fazendo uso da variedade linguística caipira em que essas imagens apareçam. Dê um título para sua história.
QUESTÃO 2
Na questão anterior, você criou uma história empregando uma variedade informal da língua. Reescreva seu texto adequando-o para a norma-padrão.
QUESTÃO 3
Descreva as diferenças entre a norma-padrão e não padrão que você identificou ao reescrever seu texto na questão 2.
QUESTÃO 4
O que caracteriza a norma-padrão da língua portuguesa é
(A) a forma de língua usada exclusivamente em conversas informais.
(B) a forma de língua usada apenas em literatura.
(C) uma forma de linguagem que não é ensinada nas escolas.
(D) um conjunto de regras que define o uso formal da língua em contextos oficiais.
QUESTÃO 5
O preconceito linguístico é
(A) a valorização de uma forma de falar em relação às outras.
(B) a crítica e o julgamento de alguém com base na forma como ela usa a língua.
(C) a mudança na língua ao longo das gerações.
(D) o estudo das diferenças linguísticas entre as grandes regiões do país.
Autoria: | Marlon Santos |
Formação: | Letras – Português |
Componente curricular: | Língua Portuguesa |
Habilidades estruturantes: | (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma padrão e o de preconceito linguístico. (EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada. |
Referências: | GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Educação. Aprender Sempre. 6° ao 9º ano – Ensino Fundamental; Língua Portuguesa; 3° Bimestre; Goiânia, 2022. |