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Língua Portuguesa – A biblioteca e sua diversidade cultural através da literatura

Olá, estudante! Esta videoaula de Língua Portuguesa para o 6º ano do Ensino Fundamental foi veiculada na TV no dia 25/10/2021 (segunda-feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.

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Você tem o hábito de frequentar bibliotecas? Neste estudo, reflita um pouco sobre a biblioteca e a diversidade cultural que há nela através de livros literários. Conheça, ainda, algumas histórias bem legais que exemplificam a dimensão lúdica da literatura. Bons estudos!

Assista à videoaula do professor Marlon Santos com essa temática.

https://www.youtube.com/watch?v=HEtBLr4pS8o

O que é uma biblioteca?

Trata-se de um lugar físico que comporta livros para serem consultados pelos leitores. Desse modo, um de seus objetivos é organizar a informação de maneira fácil e rápida. Contudo, a biblioteca, além de ser um ambiente que nos apresenta uma coleção de acervos/documentos, é um ambiente de informação, que demonstra a possibilidade de produção, acesso e uso da informação em qualquer tempo, espaço e suporte.

Há bibliotecas que só autorizam a leitura de seus materiais disponíveis dentro de suas instalações. Há outras em que as pessoas podem levar livros para casa e devolverem depois de um tempo pré-definido. 

Com o advento da tecnologia, a biblioteca está se expandido. Além de bibliotecas 100% virtuais, existem bibliotecas com acervo digital, de áudio, e com acessibilidade para pessoas cegas com acervo em braille.

Você sabia que temos várias bibliotecas em Goiânia? Conhece alguma? Veja, a seguir, uma lista de bibliotecas em nossa cidade. 

Bibliotecas

Biblioteca Municipal Cora Coralina
Endereço: Avenida 24 de Outubro, nº 120, Setor Campinas
Telefone: 3524-1975

Biblioteca da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) 
Endereço: Rua 75, nº 137, Setor Central
Tel: 3524-1412

Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás (UFG)
Endereço: Campus Samambaia
Telefone: 3521-1151

Biblioteca Setorial da Universidade Federal de Goiás (UFG)
Endereço: Praça Universitária, Setor Universitário (no prédio da Faculdade de Direito da UFG)
Telefone: 3209-6015

Biblioteca da PUC Goiás
Endereço: Rua 226 esquina com Rua 235, Área I, Setor Leste Universitário
Telefone: 3946-1169     

Biblioteca Estadual Escritor Pio Vargas
Endereço: Praça Cívica, Centro
Telefone: 3201-4653

Biblioteca Braille José Alvarez de Azevedo
Endereço: Praça Cívica, s/nº (prédio da Fundação Cultural Pedro Ludovico Teixeira)
Telefone: 3201-4649

Biblioteca Centro Atividade Sesc Faiçalville
Endereço: Avenida Ipanema, qd. 234/235, Setor Faiçalville
Telefone: 3522-6300

Biblioteca João Popini Mascarenhas
A Biblioteca João Popini Mascarenhas funciona dentro da Faculdade de Tecnologia Senai Ítalo Bolofna
Endereço: Rua Amogaste J. Silveira, nº 612, Setor Centro Oeste
Telefone: 3226-4526

Biblioteca Prof. Ribas Botelho de Campus (Esefego/UEG)
Endereço: Avenida Anhanguera, nº 1420, Setor Leste Vila Nova
Telefone: 3522-3503

Biblioteca Sesc Campinas
Endereço: Avenida Rio Grande do Sul, nº 123, Campinas
Telefone: 3522-6450

Biblioteca Sesc Centro
Endereço: Rua 15 esquina com Rua 19, nº 260, Centro
Telefone: 3933-1731 / 3933-1735

Biblioteca Sesc Universitário
Endereço: Avenida Universitária, n° 1749, Setor Universitário
Telefone: 3522-6100

Faculdade Padrão
Endereço: Avenida Anhanguera, esquina com Rua do Algodão, Setor Rodoviário
Telefone: 3576-2262

Biblioteca Faculdades Alfa
Endereço: Avenida Perimetral Norte, nº 4129, Setor Vila João Vaz
Telefone: 3272-5023

Irmãos Orientedo Instituto Histórico e Geográfico de Goiás
Endereço: Avenida 82 c/ Avenida 85, nº 455, Setor Sul
Telefone: 3224-4622

Nas escolas da Rede Municipal de Educação de Goiânia temos as salas de leitura, que são ambientes organizados para os estudantes lerem e interagirem sobre esse universo. 

A biblioteca pode ser transformada em um ambiente mágico se você, leitora/leitor, der asas à imaginação por meio da leitura do texto literário. Já imaginou ler histórias que te apresentam outras realidades que você jamais imaginou, como um mundo encantado, cheio de aventuras e mistérios? Ou refletir sobre realidades tão próximas a você, te levando a pensar e questionar situações dentro da nossa sociedade, como o preconceito, culturas diferentes e tecnologia, por exemplo? A literatura pode ampliar nossos olhares, sejam eles a respeito dos contextos sociais e históricos de nossa sociedade ou, inclusive, sobre nós mesmos. Como é bacana poder conhecermos a nós mesmos a partir de uma história, não é verdade?

Conheça, a seguir, um pouco sobre algumas histórias e autores da literatura brasileira e universal.

“A ilha perdida”, de Maria José Dupré

Maria José Dupré foi uma escritora brasileira, nascida no Paraná, em 1898. Ela faleceu em 1984. Consagrou-se como escritora com a publicação do livro “Éramos seis”, que se tornou, inclusive, telenovela. 

O livro “A Ilha Perdida” conta a história de Henrique e Eduardo, dois irmãos que estão passando as férias na fazenda do padrinho, lá em Taubaté, no interior de São Paulo. Eles descobrem que ali perto há uma ilha que ninguém visita, é chamada de Ilha Perdida. Eles encontram uma canoa, preparam tudo escondido, e partem ao encontro da ilha. Ao chegarem lá, são surpreendidos por uma enchente, que acaba levando a canoa embora. Presos na ilha, os irmãos vivem uma série de aventuras e perigos.

“Bisa Bia, Bisa Bel”, de Ana Maria Machado”

Ana Maria Machado é uma jornalista, pintora e escritora brasileira que há mais de 40 anos escreve e traduz lindas histórias, principalmente, para crianças e jovens. Uma delas é esta.

Este livro de Ana Maria Machado conta a história de uma menina que aprende a conviver consigo mesma. Certo dia, Bel encontra uma foto de sua bisavó nas coisas de sua mãe. A partir daquele momento, ela começa a imaginar como seria sua bisavó, a relação entre ambas e, por meio da imaginação, passam a conversar, refletir como era a vida no tempo de sua bisavó e no tempo de Bel. Com essa leitura, podemos refletir sobre as mudanças no papel da mulher na sociedade, as mudanças internas pelas quais todos nós passamos e a importância da memória em nossa formação, por exemplo.  

Leia o trecho dessa narrativa logo a seguir.

Sabe? 

Vou lhe contar uma coisa que é segredo. Ninguém desconfia. É que Bisa Bia mora comigo. Ninguém sabe mesmo. Ninguém consegue ver. 

Pode procurar pela casa inteira, duvido que ache. Mesmo se alguém for bisbilhotar num cantinho da gaveta, não vai encontrar. Nem se fuçar debaixo do tapete. Nem atrás da porta. Se quiser, pode até esperar uma hora em que eu esteja bem distraída e pode espiar pelo buraco da fechadura do meu quarto. Pensa que vai conseguir ver Bisa Bia? 

Vai nada… 

Sabe por quê? É que Bisa Bia mora comigo, mas não é do meu lado de fora. Bisa Bia mora muito comigo mesmo. Ela mora dentro de mim. E até pouco tempo atrás, nem eu mesma sabia disso. Para falar a verdade, eu nem sabia que Bisa Bia existia.

A primeira vez, bem que Bisa Bia estava escondida. Só apareceu por causa das arrumações da minha mãe. 

Minha mãe é gozada. Não tem essas manias de arrumação que muita mãe dos outros tem, ela até que vai deixando as coisas meio espalhadas na casa, um bocado fora do lugar, e na hora em que precisa de alguma coisa quase deixa todo mundo maluco, revirando pra lá e pra cá. Mas de vez em quando ela cisma. Dá uma geral, como ela diz. Arruma, arruma, arruma, dois, três dias seguidos… Tira tudo do lugar, rasga papel, separa roupa velha que não usa mais, acha uma porção de coisas que estavam sumidas, joga revista fora, manda um monte de bagulho para a gente usar na aula de arte na escola. E sempre tem umas surpresas para mim — como um colar todo colorido e brilhante que um dia ela achou e me deu para brincar. 

Pois foi numa dessas arrumações, quando minha mãe estava dando uma geral, que eu fiquei conhecendo Bisa Bia. Parecia até a história da vida do gigante, que minha tia conta. Sabe? Aquela história que diz assim: dentro do mar tinha uma pedra, dentro da pedra tinha um ovo, dentro do ovo tinha uma vela e quem soprasse a vela matava o gigante. Claro que não tinha gigante nenhum na arrumação geral da minha mãe. Nem ovo. Mas até que tinha uma vela cor-de-rosa, do bolo de quando eu fiz um ano e que ela guardava de recordação, dentro de um sapatinho velho de neném, de quando eu era pequeninha. Mas eu lembrei da história do gigante porque a gente podia contar a história de Bisa Bia assim: dentro do quarto da minha mãe tinha um armário, dentro do armário tinha uma gaveta, dentro da gaveta tinha uma caixa, dentro da caixa tinha um envelope, dentro do envelope tinha um monte de retratos, dentro de um retrato tinha Bisa Bia. 

Mas no começo eu não sabia. Cheguei da escola e vi a porta do quarto aberta, a porta do armário aberta, a gaveta aberta, e minha mãe sentada no chão, descalça, toda despenteada, com uma caixa fechada na mão. Dei um beijo nela e olhei para a caixa. Era a coisa mais linda do mundo, toda de madeira, mas madeira de cores diferentes, umas mais claras, outras mais escuras, formando um desenho, uma paisagem, onde tinha um morro, uma casinha, um pinheiro, umas nuvens no céu. Aí minha mãe abriu a caixa e tirou de dentro, bem lá do fundo, um envelope de papel pardo, velho e meio amassado. 

— Que é que tem aí dentro, mãe? 

— Nem lembro mais, minha filha. Vamos ver. 

— Deve ser muita coisa, que o envelope está bem gordinho. 

E era mesmo. Um monte de retratos. Tinha um com umas pessoas sérias numa praça. Tinha outro com uma família toda, cheia de crianças e até um cachorro, bem debaixo da estátua do Cristo Redentor. Tinha mais um, de uma menina com dois laçarotes de fita na cabeça, no meio de uma planta esquisita, uma espécie de moita em forma de camelo, imagine só. Fiquei espantada: 

— Como é que pode, mãe, planta que parece bicho? 

— É que eles cortavam a moita assim, era moda, umas redondinhas, outras em feitio de poltrona, outras com formato de bicho. Era na Praça Paris, um lugar com laguinho e repuxo, chafariz que acendia colorido de noite. Parecia um balão d’água bem aceso no chão.

 — Como é que você sabia disso tudo? 

— Eu lembro, minha filha. Essa menina aí sou eu. 

— Não é possível. Você está brincando… 

Eu olhava para minha mãe e para o retrato da menina, achava meio gozado aquilo, minha mãe criança, brincando no galho de um camelo, pensando em balão d’água. E era meio esquisito, ela grande ali na minha frente, sentada no chão, explicando coisas, toda animada: 

— A gente ia de bonde, era ótimo, fresquinho, todo aberto. Às vezes tinha reboque. Quando a gente pagava a passagem, o motorneiro puxava uma cordinha e tocava uma campainha, aí mudava um número numa espécie de relógio que ficava lá no alto e marcava quantas pessoas viajavam no bonde.

[…]

MACHADO, Ana Maria. Bisa Bia, Bisa Bel. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2007, p.5-9.

Atividade

  1. Nesta atividade, você conheceu um pouco sobre o universo da literatura e sobre a biblioteca. Visite a biblioteca de sua escola e, com a ajuda da pessoa responsável por esse ambiente, procure um livro para realizar a leitura. Lembre-se de se informar se o livro pode ser emprestado para levar para sua casa. Se puder, faça a leitura dele com seus familiares e conversem sobre suas impressões a respeito da leitura.

Habilidade estruturante:(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do  imaginário  e  apresentam  uma  dimensão  lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
(EF69LP44-A) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários.
(EF69LP44-B) Reconhecer, em textos literários, formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas, considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
Referências:DUPRÉ, Maria José. A ilha perdida.41 ed. São Paulo: Ática, 2015.
MACHADO, Ana Maria. Bisa Bia, Bisa Bel. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2007.
https://diaonline.ig.com.br/aproveite/cidades/goiania/bibliotecas-em-goiania-uma-lista-de-locais-para-estudar-gratuitamente-2/?utm_source=Aproveite+a+cidade&utm_campaign=diaonline-author 
 https://www.goiasturismo.go.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/2-institucional/1658-sobre-o-centro-cultural-oscar-niemeyer  
https://conceitos.com/biblioteca/
 https://biblioo.info/afinal-o-que-e-uma-biblioteca/ 
https://www.goiania.go.gov.br/sobre-goiania/bibliotecas/ 

Professor, essa aula segue a Matriz Curricular das Habilidades Estruturantes 2021-2021. Foi elaborada no ano de 2020, com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia da Covid-19 e segue as orientações de flexibilização curricular para o biênio 2020/2021 (Ofício Circular 147/2020 Dirped).