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História – Os refugiados e a procura de segurança

Esta proposta de atividade de HISTÓRIA é destinada aos estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental

A questão dos refugiados é mundial e deve ser tratada por todos os países. As pessoas que são obrigadas a deixar seus países por conflitos, guerras ou catástrofes têm o direito à dignidade e devem ser respeitadas.

VAMOS RESPONDER ALGUMAS QUESTÕES?

 Disponível em:https://pixabay.com/pt/photos/shinkiari-paquist%c3%a3o-acampamento-81770/. Acesso em 13 dez. 2022

QUESTÃO 1

Leia o trecho da notícia a seguir:

Sem perspectiva frente à escassez de postos formais de trabalho e à miséria que assola de forma crônica o Haiti, centenas de haitianos buscam sair do país que, desde 2010,  tenta  se  reerguer  do  terremoto  e,  há  dez  anos,  vive  sob  tutela das  tropas  da  Minustah  (Missão  das  Nações  Unidas  para  a  Estabilização  no  Haiti). O  Brasil  é  um  dos países preferidos. A imagem do Brasil diante dos olhos haitianos é povoada de elementos distintos, mas que carregam um traço comum de esperança. Enquanto alguns pensam no Brasil como o país do futebol, outros enxergam no vizinho regional a chance de realizar sonhos e poder ajudar aqueles que ficam no país castigado pelo desemprego.Com mais de 70% da população sem emprego, muitos trabalham no setor informal da  economia,  vendendo  comida,  café,  roupa,  frutas,  combustível  e  carvão  nas  ruas  para conseguir cerca de 1,5 dólar por dia.

GOMBATA, Marsílea. Cansados da miséria crônica, haitianos buscam nova vida no Brasil. Carta Capital 8 ago. 2014. Disponível em: <www.cartacapital.com.br/internacional/cansados-da-miseria-cronica-haitianos- tentam-migrar-para-o-brasil-em-busca-de-uma-nova-vida-9882.html>.

  1. O texto se refere a refugiados vindos de que país? Consulte um mapa e informe em qual continente ele está localizado.
  2. Após a leitura do texto, quais as razões fazem com que os refugiados retratados na notícia deixem seu país natal?

QUESTÃO 2

Os refugiados quando chegam a um novo país, encontram uma realidade cultural totalmente diversa. 

  1. Em sua opinião, quais as principais dificuldades que os refugiados encontram na adaptação quando chegam a um novo país?
  2. Como a população local pode auxiliar os refugiados no período de adaptação?

QUESTÃO 3

Leia o relato de uma criança refugiada:

Avril D., 10 anos, venezuelana 

Origem: Maturin (Venezuela) 

Destino: Boa Vista (Roraima) 

“Eu vim com meus pais e meu irmão da Venezuela até Roraima de ônibus, quando tinha oito anos. No meio do caminho, os policiais pararam o ônibus para revistar nossas coisas. Eu estava dormindo tão gostoso e eles me acordaram. Foi a única coisa que não gostei da viagem, que foi muito legal e bonita. Na Venezuela faltava comida. Minha mãe não aguentava mais, ela queria comer e me dar leite, porque eu era bebê, mas não era sempre que conseguia. Havia gente morrendo de fome nas ruas. Quando a gente saía de casa, os ladrões do tráfico de drogas podiam pegar a gente. Era muito perigoso e eu tinha muito medo. A escola lá também era ruim. Não havia professores bons como aqui, nem merenda. Meu avô venezuelano chegou há três semanas no Brasil, bem na hora do almoço. Quando ele viu a mesa posta, perguntou se aquela comida era para a semana toda. A gente falou que era só o almoço para a nossa família de cinco pessoas e ele ficou emocionado. Lá, ele comia muito pouco e não havia café da manhã – só almoço e janta. Eu luto Karatê desde os 4 anos. Esse esporte é muito popular na Venezuela – há escolas a cada esquina. No Brasil é mais futebol, mas eu consegui uma bolsa para praticar aqui e já ganhei muitas medalhas – tenho umas 60 no total. Em julho vou para o Rio de Janeiro com meu técnico competir. Viram que eu era muito boa lutando e me chamaram. Continuo falando espanhol, mas me enrolo todinha. Falo mais português, é mais fácil para mim. Não sinto falta da Venezuela, só de parte da minha família que ainda está lá, como a minha tia. Se já era difícil há dois anos quando eu morava lá, imagina agora que a crise está muito pior! Não sinto falta dos meus amigos de lá porque aqui fiz muita amizade. Eu tenho muitos amigos brasileiros e cinco ou seis venezuelanos. A gente vai para a escola e brinca todo dia! Eu gosto daqui porque tem mais vida e comida. A única coisa que eu não gosto é que em Boa Vista não tem muita calçada com asfalto. Quero continuar morando no Brasil e mudar um dia para Santa Catarina porque eu gosto muito do frio.”

Fonte: JORNAL JOCA. Conheça a história de 5 crianças refugiadas no Brasil. Disponível em https://www.jornaljoca.com.br/conheca-a-historia-de-5-criancas-refugiadas-no-brasil/. Acesso em 13 dez. 2022.

  1. Quais as dificuldades que a criança aponta em seu relato ao chegar ao Brasil?
  2. O que a criança gostou ao chegar ao Brasil?
  3. Por quais motivos a criança necessitou sair de seu país?

SAIBA MAIS

Canal Lorena Guimarães de Oliveira “Migração – Depoimento 3” Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=oHEjdVW3Qeg&feature=youtu.be Acesso em: 18 dez 2022

Canal ONU “Refugiados – Vidas interrompidas” Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mQxV64-5sBI Acesso em 18 Dez 2022

ACESSE OS MATERIAIS REFERENTES A ESSA ATIVIDADE CLICANDO AQUI: https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/propostas_didaticas/propostas-didaticas-historia-4o-ano/


Componente Curricular:História
Habilidade:
(EF04HI11) Analisar, na sociedade em que vive, a existência ou não de mudanças associadas à migração (interna e internacional).
Referências
ACNUR BRASIL. Refugiados. Disponível em https://www.acnur.org/portugues/quem-ajudamos/refugiados/#:~:text=S%C3%A3o%20pessoas%20que%20est%C3%A3o%20fora,direitos%20humanos%20e%20conflitos%20armados.. Acesso em 13 dez. 2022.

CHARLIER, Anna Maria; SIMIELLI, Maria Elena. Ápis história, 4º ano : ensino fundamental, anos iniciais. 2. ed. São Paulo : Ática, 2017.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. De onde vêm os refugiados. Disponível em: https://www.youtube.com/shorts/hjx3bpcADJw. Acesso em 13 dez. 2022.

TV BRASIL. Brasil é o segundo país que mais acolhe refugiados no mundo . Disponível em. https://www.youtube.com/watch?v=JNVWidHllzU. Acesso em 13 dez. 2022.