História – Os movimentos de resistência dos trabalhadores no Século XIX

Esta proposta de atividade de História é destinada aos estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental anos iniciais.

Fonte: A Greve, Robert Koehler. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:%22Der_Streik%22_von_Robert_Koehler.jpg>. Acesso em 28 de out. de 2024.

Os movimentos de resistência dos trabalhadores no Século XIX

A partir do século XIX, o avanço da industrialização trouxe grandes mudanças nas condições de trabalho e de vida dos trabalhadores. Com longas jornadas, salários baixos e péssimas condições de trabalho, os operários passaram a se organizar em movimentos de resistência, formando, sindicatos e partidos políticos que lutavam por melhores direitos e condições. Esses movimentos trouxeram mudanças importantes e se adaptaram aos desafios da modernidade, mantendo um papel relevante até hoje.

Primeiro congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores

Fonte: Primeiro congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:International-founding-1864.jpg>. Acesso em 28 de out. de 2024.

Origens dos movimentos de resistência no século XIX

No contexto da Revolução Industrial, o trabalho nas fábricas era extremamente árduo. Em busca de lucros, os empresários impunham cargas de trabalho excessivas, salários ínfimos e condições precárias. A resposta dos trabalhadores foi a união: surgiram os primeiros sindicatos, grupos organizados que buscavam pressionar os empregadores por direitos básicos, como redução da jornada e melhores salários.

A revolução industrial

Fonte: Nant e Glo, Monmouthshire, Gastineau, Henry G., 1791-1876. Lacey, Samuel, fl. 1818-1857. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nant_y_Glo,_Monmouthshire_(1131349).jpg>. Acesso em 28 de out. de 2024.

Ao lado dos sindicatos, começaram a surgir partidos políticos ligados aos interesses dos trabalhadores, como o Partido Socialista e, mais tarde, o Partido Comunista. Esses partidos defendiam a ideia de que os trabalhadores precisavam ter representação política para que suas reivindicações fossem ouvidas e respeitadas. No século XIX, esses movimentos eram frequentemente vistos como ameaças ao sistema capitalista e sofriam repressão violenta por parte dos governos e empresários.

A consolidação dos direitos trabalhistas e o papel dos sindicatos

Durante o século XX, muitos sindicatos conseguiram vitórias significativas, como a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, o estabelecimento de um salário mínimo e o direito a férias e descanso semanal. Na Europa e em países das Américas, os sindicatos cresceram e conquistaram um papel influente na sociedade, protegendo os direitos conquistados e promovendo melhorias.

A Greve

Fonte: A Greve, Robert Koehler. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:%22Der_Streik%22_von_Robert_Koehler.jpg>. Acesso em 28 de out. de 2024.

O crescimento dos partidos trabalhistas em várias democracias também foi essencial para garantir que leis favoráveis aos trabalhadores fossem criadas. Estes partidos, em geral, defendiam o controle estatal sobre setores estratégicos da economia, a ampliação dos direitos sociais e a diminuição das desigualdades. Em muitos países, os trabalhadores conquistaram acesso à saúde pública, à educação gratuita e à previdência social, resultado direto das lutas sindicais e políticas do período.

Desafios dos movimentos de resistência dos trabalhadores na atualidade

Na atualidade, a globalização e a tecnologia trouxeram novos desafios. Com a descentralização da produção, muitas empresas transferiram suas fábricas para países onde a mão de obra é mais barata, e essa mudança enfraqueceu os sindicatos em algumas regiões. Além disso, a expansão de empregos temporários, a terceirização e o aumento de trabalhadores autônomos dificultam a organização sindical, pois esses trabalhadores têm menos estabilidade e segurança no emprego.

Os partidos políticos trabalhistas, por outro lado, enfrentam a dificuldade de adaptar suas pautas às novas necessidades dos trabalhadores e à complexidade do mercado de trabalho globalizado. Diferentemente do século XIX, onde a luta sindical e trabalhista estava concentrada na busca de direitos básicos, hoje as discussões incluem temas como a regulamentação do trabalho remoto, os direitos dos trabalhadores de plataformas digitais e a luta contra a precarização do trabalho.

Comparação entre os movimentos do século XIX e os atuais

Embora os movimentos trabalhistas de ontem e de hoje compartilhem o objetivo de melhorar as condições de vida dos trabalhadores, as estratégias e as necessidades específicas se transformaram ao longo do tempo. No século XIX, a luta sindical estava focada em resistir à exploração extrema e obter condições de trabalho mínimas, enquanto hoje os sindicatos buscam adaptar as conquistas do passado a uma realidade de trabalho mais flexível e globalizado.

A precarização do trabalho

Por outro lado, tanto no passado quanto no presente, os trabalhadores continuam a se unir em busca de representação e justiça social. Mesmo que os problemas tenham mudado, a organização coletiva segue essencial para assegurar a proteção e ampliação dos direitos trabalhistas.

Os movimentos de resistência dos trabalhadores

A história dos movimentos de resistência dos trabalhadores, com a criação de sindicatos e partidos, reflete a luta contínua por melhores condições de vida e trabalho. Embora os contextos do século XIX e da atualidade sejam diferentes, as lutas permanecem significativas. Com novas questões surgindo na economia global e nos formatos de trabalho, os sindicatos e partidos políticos continuam a ter um papel fundamental, adaptando suas estratégias e reivindicações para responder aos desafios do mundo moderno.

RESPONDA ÀS QUESTÕES

QUESTÃO 01

De que forma os movimentos de resistência dos trabalhadores ajudaram a moldar direitos trabalhistas que perduram até a atualidade, e que importância esses direitos têm na sociedade moderna?

QUESTÃO 02

Como os movimentos de trabalhadores, ao longo do tempo, têm adaptado suas abordagens e lutas para enfrentar novas ameaças, como a automação e o trabalho temporário, no século XXI?

QUESTÃO 03

A partir do século XIX, o avanço da industrialização trouxe grandes mudanças nas condições de trabalho e de vida dos trabalhadores. Com longas jornadas, salários baixos e péssimas condições de trabalho, os operários passaram a se organizar em movimentos de resistência, formando, sindicatos e partidos políticos que lutavam por melhores direitos e condições. E uma das principais reivindicações dos primeiros sindicatos no século XIX, era

(A) o mento das férias de 30 para 90 dias e trabalho noturno.

(B) a diminuição da jornada de trabalho e melhores salários.

(D) o trabalho voluntário nas empresas e o aumento de impostos.

QUESTÃO 04

(A) do fortalecimento do poder das empresas sobre os empregados.

(B) da ampliação do debate sobre direitos e condições de trabalho.

(D) do impedimento do crescimento de novos sindicatos e movimentos sociais.

Autoria:	Prof. Me.: Gabriel Ramos Paiva
Formação:	Licenciatura em Geografia; Bacharelado em Geografia; Licenciatura em Pedagogia; Mestre em Geografia pelo IESA-UFG.
Componente Curricular:	História
DCGO – AMPLIADO (1º corte) Habilidades:	(GO-EF08HI23-C) Analisar os conceitos de imperialismo, holding, cartel, truste, bem como, os movimentos de resistência dos trabalhadores com a criação de sindicatos e partidos, comparando suas semelhanças e diferenças no século XIX e na atualidade.
Matriz de habilidades essenciais:	Identificar os movimentos de resistência dos trabalhadores com a criação de sindicatos e partidos, comparando as mudanças e permanências entre o século XIX e o tempo presente.
Referências:	COGGIOLA, Osvaldo. OS INÍCIOS DAS ORGANIZAÇÕES DOS TRABALHADORES. AURORA, ano IV, número 6, AGOSTO DE 2010. Disponível em: <https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/download/1227/1094>. Acesso em 28 de out. de 2024. FONTES, Virgínia. Capitalismo, imperialismo,movimentos sociais elutas de classes. Revista da Faculdade de Serviço Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaempauta/article/view/87/80>. Acesso em 28 de out. de 2024.