Esta é uma proposta de atividade de História com base no DC/GO – Ampliado e é destinada aos estudantes do 6º Ano do Ensino Fundamental Anos Finais.
A decolonialidade.
A decolonialidade é um conceito que emerge como resposta crítica ao legado do colonialismo, questionando as estruturas de poder estabelecidas durante os períodos de dominação europeia sobre outras regiões do mundo. Essa abordagem busca desconstruir as narrativas eurocêntricas e desafiar as hierarquias culturais, sociais e políticas que foram historicamente imposta às nações consideradas subalternas pelos europeus.
Disponível em:<https://medium.com/@coletivodecolonial/decolonizando-por-thyago-nunes-570829a03e85>. Acesso em: 02 jan. 2024
Em sua aplicação prática, a decolonialidade se manifesta em diferentes áreas, incluindo a academia, as políticas públicas e os movimentos sociais. No âmbito acadêmico, por exemplo, vemos um esforço crescente para revisitar a história a partir de perspectivas não eurocêntricas, reconhecendo e valorizando as contribuições das civilizações e culturas consideradas subalternas. Nas políticas públicas, a decolonialidade incentiva a revisão de práticas que reproduzem desigualdades estruturais, promovendo a inclusão e a justiça social. Isso inclui a reavaliação de sistemas legais, educacionais e econômicos que foram moldados pelo colonialismo. Além disso, a decolonialidade desempenha um papel vital nos movimentos sociais que buscam a autonomia e a afirmação das identidades culturais subalternas. Esses movimentos lutam contra a imposição de valores eurocêntricos e buscam resgatar e preservar suas tradições, línguas e formas de organização social. A importância da decolonialidade para as nações consideradas subalternas pelos europeus reside na possibilidade de reverter as injustiças históricas e promover uma compreensão mais equitativa e respeitosa entre diferentes culturas. Ao desafiar as estruturas coloniais, a decolonialidade oferece um caminho para a construção de sociedades mais inclusivas, onde as diversas contribuições culturais são reconhecidas e valorizadas.
Mapas animados para estudar história da África / Eliesse dos Santos Teixeira Scaramal. – Goiânia : FUNAPE : UFG/Ciar, 2011. p. 63.
Em síntese, a aplicação da decolonialidade não apenas questiona o passado colonial, mas também busca criar um futuro mais justo e igualitário, onde as nações subalternas possam reivindicar sua autonomia e contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento global, sem serem subjugadas por narrativas hegemônicas.
Questão 1
Quais relações podemos estabelecer entre o mapa, o texto introdutório da atividade e a decolonialidade? Escreva suas conclusões em seu caderno.
Questão 2
Observe o mapa abaixo:
Quais informações podemos inferir sobre o continente africano observando apenas este mapa? Compartilhe suas reflexões com seus colegas.
Questão 3
Sobre a “Decolonialidade” lemos essa afirmação:
Criticando a suposta universalidade atribuída ao conhecimento ocidental e o predomínio da cultura ocidental […]
O que essas frases revelam sobre os saberes dos povos ameríndios e africanos no contexto da colonização europeia?
Questão 4
Faça uma pesquisa sobre o “Caminho do Peabiru” anote partes que você considerar interessantes e compartilhe com sua turma.
Questão 5
A discussão sobre a necessidade da decolonialidade tem ganhado destaque no cenário acadêmico e social, refletindo a urgência de repensar estruturas historicamente moldadas pelo colonialismo. A busca por uma abordagem que questione e desconstrua as influências coloniais em diversas esferas da vida torna-se crucial para promover a justiça social e a equidade.
Por que a decolonialidade é considerada uma abordagem necessária nos estudos contemporâneos?
(A) Para promover a superioridade de uma cultura sobre as outras.
(B) Para perpetuar as hierarquias e estruturas coloniais existentes.
(C) Para questionar e desconstruir as influências coloniais presentes em diversas áreas.
(D) Para fortalecer as narrativas coloniais e preservar tradições antigas.
Questão 6
Ao longo da história, a ideia de superioridade civilizatória europeia foi propagada, influenciando as relações entre nações e contribuindo para hierarquias sociais e políticas. Problematizar esse conceito é essencial para desafiar perspectivas eurocêntricas.
Como o conceito civilizatório europeu impactou as relações entre as nações ao longo da história?
(A) Reforçando a ideia de que as culturas europeias são intrinsecamente superiores, justificando práticas coloniais.
(B) Promovendo a valorização equitativa de todas as culturas, independentemente de sua origem.
(C) Tendo um impacto neutro, sem influenciar as relações entre as nações.
(D) Limitando-se a uma perspectiva exclusiva, sem afetar as dinâmicas globais.
SAIBA MAIS
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Acesse os materiais referenstes a essa atividade clicando aqui: https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/propostas_didaticas/propostas-didaticas-historia-7o-ano/
Autoria: | Prof. Esp.: Uilson Silva Duarte |
Formação: | Licenciado em História e Pedagogia |
Componente Curricular: | História |
Habilidade: | (EF07HI03) Identificar aspectos e processos específicos das sociedades africanas e americanas antes da chegada dos europeus, com destaque para as formas de organização social e o desenvolvimento de saberes e técnicas.(GO-EF07HI03-C) Localizar as civilizações ameríndias, Incas, Maias, Astecas, antes da chegada dos europeus, comparando-os com povos e sociedades europeias, quanto ao sistema monetário e de escrita, forma de marcação do tempo, comércio, circulação de produtos e mercadorias. |
Referências: | DE ACOSTA, José. História Natural e moral das Indias. In: DE FREITAS, Gustavo. 900 textos e documentos de História. [S. l.]: Platano, 2020. SILVÉRIO, Valter Roberto Síntese da coleção História Geral da África: Pré-História ao século XVI / coordenação de Valter Roberto Silvério e autoria de Maria Corina Rocha, Mariana Blanco Rincón, Muryatan Santana Barbosa. – Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013. VIANA, Larissa. História da América I. Fundação CECIERJ-CEDERJ.História da América através de textos seleção, organização e introdução Jaime Pinsky … [et al.1.5? ed. — São Paulo : Contexto, 1994. MIGNOLO, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.32, n.94, janeiro de 2017. QUIJANO, Aníbal. Colonialidad y Modernidad/Racionalidad. Perú Indígena, v. 13, no 29, p.11–20, 1992. |