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História – O Mercantilismo e a Emergência do Capitalismo.

Olá, estudante ! Esta videoaula de História do 7º ano foi veiculada na TV no dia 02 de Novembro de 2021 (Terça-Feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.

Serão apresentados e debatidos os conceitos de mercantilismo, absolutismo e capitalismo. Problematizaremos essas interações em nossa contemporaneidade.

Temática – História – O Mercantilismo e a Emergência do Capitalismo. Disponível em: <https://cafecomsociologia.com/gallery/charges-sobre-capitalismo/>. Acesso em: 06 de Outubro de 2021.

Assista a videoaula abaixo, com a temática – História – O Mercantilismo e a Emergência do Capitalismo.

HISTÓRIA | 7º ANO | ENSINO FUNDAMENTAL | PROF.: UILSON DUARTE

O Mercantilismo e a Emergência do Capitalismo.

Iniciaremos nossa aula de hoje analisando um mapa mental sobre “Absolutismo e Mercantilismo”. Peço que observem atentamente e façam as conexões sobre: 

Quando? Onde? Como?

Pela análise do mapa mental podemos perceber que o rei utilizava de poder absoluto no controle do Estado e do povo. Sustentava a nobreza e recebia apoio desta e da burguesia. No campo econômico o mercantilismo dava sustentação a essa prática.

Como já foi dito, não é possível estabelecer uma data fixa para quando os fatos históricos aconteceram. Mesmo com a existência do “Absolutismo e do Mercantilismo”, contradições começaram a existir e no século XVIII eclode como um movimento filosófico, intelectual e científico que contrariou as bases do Antigo Regime. Começando na Inglaterra e tendo seu auge na França. Vale lembrar que o iluminismo representou a forma da burguesia interpretar o mundo.

Acompanhem no vídeo abaixo a definição de iluminismo e suas características.

Vídeo: “O iluminismo” no canal Project H, no site YouTube.

Link do vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=GLDoXc0rFxQ>.

Alguns conceitos chaves são necessários para a melhor compreensão do iluminismo, liberalismo e de suas características. Para tanto, observe as definições a seguir:

Trechos de definições do Dicionário Houaiss da língua portuguesa para palavras relacionadas ao Iluminismo e do liberalismo

iluminismo s.m.1 movimento intelectual do século XVIII, caracterizado pela centralidade da ciência e da racionalidade crítica no questionamento filosófico, o que implica recusa a todas as formas de dogmatismo, esp. o das doutrinas políticas e religiosas tradicionais; Filosofia das Luzes, Ilustração, Esclarecimento, Século das Luzes.

liberalismo s.m. 1 ECON FIL POL doutrina baseada na defesa da liberdade individual, nos campos econômico, político, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas do poder estatal […] econômico ECON aplicação das doutrinas do liberalismo à economia, que se exprime pela defesa de mercados competitivos, em obediência ao princípio de que a lei da oferta e da procura é a única que deve influir na produção, no consumo e no mecanismo dos preços.[…].

liberdade s.f.  grau de independência legítimo que um cidadão, um povo ou uma nação elege como valor supremo, como ideal 2 p.ext. conjunto de direitos reconhecidos ao indivíduo, isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei <l. religiosa> <l. de pensamento> […] 7 p.ext. possibilidade que tem o indivíduo de exprimir-se de acordo com sua vontade, sua consciência, sua natureza […].

neoliberalismo […] ECON POL 2 doutrina, desenvolvida a partir da década de 1970, que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo […].

progresso s.m. 1 ação ou resultado de progredir 2 movimento para a frente; avanço <após um dia de marcha, verificamos que o p. havia sido pequeno> […] 4 mudança de estado (de algo) que o move para um patamar superior; crescimento, desenvolvimento, aumento […].

razão s.f. (sXIII) 1 faculdade de raciocinar, apreender, compreender, ponderar, julgar; a inteligência <o homem tem o uso da r.> […] 8 FIL faculdade intelectual e linguística que distingue o ser humano dos outros animais 9 FIL faculdade humana da linguagem e do pensamento, voltada para a apreensão cognitiva da realidade, em contraste com a função desempenhada pelos sentidos na captação de percepções imediatas e não refletidas do mundo externo […].

Podemos ressaltar a grande importância desse movimento pois ele influenciou uma série de movimentos na Europa e fora dela que abalaram definitivamente o Antigo Regime ao longo dos séculos XVIII e XIX, como por exemplo a Independência dos EUA  e a Revolução Francesa; E é a base do pensamento contemporâneo em muitas sociedades ocidentais, no que diz respeito à organização política, econômica e social. 

Liberalismo Econômico

O liberalismo econômico é uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, rejeitando o intervencionismo estatal, o que significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas pelas empresas e indivíduos e não pelo Estado ou por organizações coletivas. As teses do liberalismo econômico foram criadas no século XVI com a clara intenção de combater o mercantilismo, cujas práticas já não atendiam às novas necessidades do capitalismo, sendo seu pressuposto básico a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma.

O criador da teoria mais aceita na economia moderna foi Adam Smith, economista britânico, apontando como as nações iriam prosperar sob tal sistema. Nela ele confrontou as ideias de Quesnay e Gournay, afirmando que a desejada prosperidade econômica e a acumulação de riquezas não são concebidas pela atividade rural e nem comercial. Para Smith o elemento de geração de riqueza está no potencial de trabalho sem ter o estado como regulador e interventor. Outro ponto fundamental é o fato de que todos os agentes econômicos são movidos por um impulso de crescimento e desenvolvimento econômico, que poderia ser entendido como uma ambição ou ganância individual, que no contexto macro traria benefícios para toda a sociedade, uma vez que a soma desses interesses particulares promoveria a evolução generalizada, um equilíbrio perfeito.

Adam Smith teve também grande influência na derrubada da teoria mercantilista. Desmistificou a importância do ouro e da prata, equiparando esses metais às demais mercadorias.

Enquanto o liberalismo econômico favorece os mercados sem restrições por parte do governo, afirma também que o Estado tem um papel legítimo no fornecimento de bens públicos, segundo Smith.[3] O liberalismo econômico é também geralmente considerado contrário às ordens não-capitalistas, como o socialismo, socialismo de mercado e economias planificadas, as quais ainda estudarão.

Características do liberalismo econômico

Utilizem o mapa mental abaixo para poder identificar e compreender as características do liberalismo econômico. 

Imagem 1 – liberalismo econômico

A partir da crise do sistema feudal temos a emergência de outro sistema econômico, o capitalismo.

O capitalismo originou-se na Europa entre os séculos XVI e XVII, sucedendo o feudalismo como sistema econômico e foi estimulado pela intensificação das atividades comerciais originárias das grandes navegações.  

O capitalismo basicamente está dividido em três fases, respectivamente:

1- Capitalismo comercial (Séc. XVI e XVI)

Foi a primeira forma de capitalismo, surgiu a partir do mercantilismo e foi baseado em relações de exploração comercial entre a Europa e suas colônias na América, África e Ásia. Nesse período, as principais potências europeias: Portugal, Espanha, Holanda e França enriqueceram por meio da exploração de novos povos e terras. Essa fase foi sustentada principalmente pelo trabalho escravo, comercialização de manufatura e exploração de recursos naturais das colônias. Enquanto Portugal e Espanha se renderam ao metalismo, ideia de que era necessário acumular metais preciosos, França e Inglaterra se modernizaram e se industrializaram e passaram a polarizar a disputa pela hegemonia global.

2-Capitalismo industrial (Séc. XVIII e XIX)

O capitalismo industrial basicamente é a fase que as mercadorias trocadas entre colônias e metrópoles são substituídas de manufatura por produtos industrializados, ou seja, produzidos por máquinas de forma exponencial. O capitalismo industrial criou uma produtividade absurda sob a promessa de melhorar a qualidade de vida, diminuir os custos de produção e criar uma nova era de prosperidade e progresso. No entanto, o resultado não foi bem esse, houve um aumento da desigualdade social e ampliou-se a degradação do meio ambiente, alguns dos aspectos criticados nas charges.

3- Capitalismo financeiro (Meados do século XX)

Já o capitalismo financeiro  surgiu em torno de 1881, a partir do vienense R. Hilferding. Ele percebeu que o capitalismo tende a ser monopolista e é necessário realocar capitais para conquistar monopólios. Nessa fase do capitalismo, o valor é atribuído não apenas às mercadorias, mas também à especulação em torno das relações que se estabelecem com essas mercadorias. Em outras palavras, tudo tornou-se passível de apostas e valorização.

Charges sobre capitalismo. Café com Sociologia, 2021. Disponível: <https://cafecomsociologia.com/gallery/charges-sobre-capitalismo/>. Acesso em: 05 de Setembro de 2021.

Revisão

Nesta aula conceituamos Absolutismo e analisamos a estrutura econômica que era a base de tal poder. Analisamos e caracterizamos o iluminismo e liberalismo. Percebemos que essas mudanças prepararam o caminho para a emergência do capitalismo e apresentamos as fases do sistema capitalista com algumas de suas principais características.

Charges sobre capitalismo. Café com Sociologia, 2021. Disponível: <https://cafecomsociologia.com/gallery/charges-sobre-capitalismo/>. Acesso em: 05 de Setembro de 2021.

Atividade

Questão 1 –  Leia o texto extraído da Constituição Brasileira de 1988, posteriormente Identifique e transcreva do texto, dois princípios da Constituição Brasileira que contrariam a sociedade do Antigo Regime na França.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;

II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (…). 


Habilidades estruturantes:(EF07HI17) Discutir as razões da passagem do mercantilismo para o capitalismo.
(GO-EF07HI17-A) Compreender que a modernidade possui suas próprias estruturas, lógica, ciência, saberes, cultura, comércio, política, bem como que a Europa e os territórios ocupados sofreram transformações nos campos: econômico, social, político e cultural, por meio de rupturas e continuidades.
Referências: BOULOS JÚNIOR, Alfredo. Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2015.
DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018.
VICENTINO, Cláudio Teláris história, 7° ano: Ensino Fundamental, anos finais /Cláudio vicentino, José Bruno Vicentino. 1. Ed. São Paulo: Ática, 2018.