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Tempo- Disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/tempo/482677/recursos/231317

História – E num piscar de olhos, o tempo passou

Olá, educando(a)! Esta videoaula de História para o Agrupamento E (5º ano), do Ciclo da Infância, foi veiculada na TV no dia 10/09/2021 (sexta-feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.

Tempo- Disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/tempo/482677/recursos/231317

Nesta aula, você aprenderá um pouco mais sobre as formas de contar a passagem do tempo, por meio da marcação do tempo indígena e africano. Também estudará sobre a transmissão de saberes, como aconteceu a comunicação através dos tempos. Afinal, estamos sempre buscando entender os registros de memória numa caminhada pelo passado para compreender um pouco mais sobre como se formou a cultura que temos no presente e as projeções possíveis para o futuro. Boas descobertas!

Assista à videoaula da professora Jussarinha sobre esta temática.

História | Turma E | 5º Ano | Ciclo da Infância

Os primeiros registros humanos foram os desenhos que os habitantes daqui viam e faziam naquele tempo. Eles começaram a registrar nas paredes das cavernas.

Fonte: Buriti Mais História/Organizadora Editora Moderna; Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável: Lucimara Regina de Souza Vasconcelos – 1ed.- Sao Paulo: Moderna, 2017.

Sabemos que há nessas imagens representações dos gestos dessas pessoas e uma comunicação sobre tudo o que lhes cercavam. Aqui já  temos alguns registros da memória do passado, acontecimentos do presente e planejamentos para o futuro, que formaram ao longo dos tempos, a  cultura humana.

A história da escrita começou com os nossos antepassados que se abrigavam em cavernas e ali viviam com seus descendentes. Naquele tempo, ainda não existiam registros escritos de comunicação. Porém, ela já  acontecia através de gestos das mãos e do olhar e desenhos nas paredes de seus abrigos, para os quais usavam tintas vermelhas retiradas da natureza, como da argila que é rica em hematita, um mineral constituído de ferro. Desde esse período já eram observadas as mudanças na passagem do tempo, os ciclos da lua e, assim, foi-se marcando comemorações importantes, ou seja, o tempo foi passando e sendo registrado.

Hoje, sabemos que o mês marca o ciclo de fases da lua, que dura cerca de 29 dias e 12 horas, que o ano marca o ciclo das estações, que dura cerca de 365 dias e 6 horas.

Os calendários nos trazem algumas curiosidades. Veja: os sumérios da antiga Mesopotâmia, atual Iraque, usavam um calendário de 12 meses lunares. Eles acrescentavam 1 mês extra a cada 4 anos. Esse calendário serviu de modelo para os calendários grego e judaico. Os egípcios, também usavam um calendário baseado na lua, depois inventaram um calendário que correspondia às estações. Dividiram o ano em 12 meses de 30 dias cada e no final do ano tinham 5 dias extras. Já os romanos tinham um ano lunar de 355 dias, mas, foram acrescentando meses extras e isso fez com que o calendário ficasse defasado em relação às estações.

No ano de 46 a.C., o líder Júlio César decidiu que a duração do ano seria de 365 dias e 6 horas e que há cada 4 anos teria 366 dias. Este calendário foi chamado de Juliano em homenagem ao seu criador e tinha 12 meses com a mesma duração do que temos hoje. Os maias e os astecas tinham os calendários mais desenvolvidos entre os nativos americanos. Estes calendários tinham um ciclo de 260 dias e um ano de 365 dias. O ano era dividido em 18 meses de 20 dias cada, com 5 dias acrescentados para completar cada ano.

É cada detalhe que ficamos confusos, às vezes, mas em 1582, o Papa Gregório XIII criou o calendário chamado de Gregoriano, do qual se retirou 10 dias do ano. Os países que não eram católicos demoraram para adotar este calendário. Porém, hoje é usado em quase todos os lugares do mundo. Atualmente, além do  calendário gregoriano, existem outros, e um que muito se destaca é o muçulmano, que é utilizado na maioria dos países árabes. É um calendário lunar com 12 meses de 30 ou 29 dias, aqui, nenhum mês é acrescentado e as festividades importantes podem acontecer em qualquer estação.

Fonte: Calendario muçulmano do séc XIX- Disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/calend%C3%A1rio/480881

Já o calendário chinês é utilizado junto com o Gregoriano na China, em Taiwan e nos países vizinhos. Os calendários hindu e judaico continuam sendo bases para fins religiosos.

             

Fonte: Calendários chinês e Hindu- Disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/calend%C3%A1rio/480881

Hoje, sabemos que várias unidades de tempo são iguais em quase todos os calendários. O dia é a unidade mais básica. O dia é definido como o tempo que a Terra leva para fazer uma rotação em torno do próprio eixo. Um conjunto de 7 dias é chamado de semana. Veja, como exemplo, o calendário da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia para o ano letivo de 2021.

 

Disponível em: https://www.sme.goiania.go.gov.br/site/index.php/institucional/calendario-2

No modelo de calendário que usamos atualmente, o ano marca o ciclo das estações. Sua duração é cerca de 365 dias e  6 horas, o tempo que a terra leva para percorrer em torno do sol. Ajustar os meses aos anos é um problema quando se trata de calendários. A dificuldade se dá porque o mês é lunar, mas o ano é solar. É preciso 12 ciclos da lua para se completar um ano. Esta diferença entre o tempo lunar e solar faz com que os meses tenham tamanhos diferentes.

Algo que é muito interessante e atiça nossa curiosidade é o fato de que, enquanto é dia em algumas partes da Terra, é noite em outras. Como podemos perceber recentemente na realização das Olimpíadas que foram realizadas no Japão. Enquanto atletas desempenhavam suas provas lá durante o dia, aqui no Brasil era noite.

Como a raça humana é muito estudiosa, dividiu-se o globo terrestre em 24 seções chamadas fusos horários, assim, os países que estiverem dentro de um mesmo fuso horário costumam ter o mesmo horário.

As linhas imaginárias na imagem acima separam os fusos horários. Elas seguem do polo norte até o polo sul. Quando as pessoas atravessam uma dessas linhas imaginárias, entram em um novo fuso horário. O horário muda. Países de grande dimensão territorial como o Brasil, estão divididos em vários fusos. Atualmente, temos 4 fusos horários em nosso país. Como podemos ver nesta seguinte imagem:

 

Fonte: Fusos horários no Brasil – Disponível em:https://escola.britannica.com.br/artigo/tempo/482677/recursos/183497

Você já sabe que, antigamente, as pessoas mediam o tempo olhando para o céu. Observavam o nascer e o pôr do sol, a lua crescer até ficar cheia. Desde aquele tempo, perceberam-se  mudanças na posição das estrelas e dos planetas e notavam que os dias ficavam mais curtos ou mais longos conforme o ciclo das estações. Assim, criou-se os calendários como já vimos, depois os relógios e por fim, o sistema único de medidas. Tudo isso é usado para medir a duração dos acontecimentos e, dessa forma, ajudar as pessoas a se localizarem em relação aos fatos ocorridos no passado e a ligação com o futuro.

Você percebeu que tudo o que estudou até aqui está se referindo a importância do registro, da marcação do tempo? É preciso que saibamos ao menos um pouco do nosso passado, para nos localizarmos no presente e planejarmos o futuro. Os fatos e marcos históricos nos remetem às lembranças e conhecimentos dos povos. 

O tempo para os povos indígenas

Disponível em: https://escola.britannica.com.br/pesquisa/imagens/indios%20plantando/recursos/148788

Nossos irmãos indígenas, são um poço de sabedoria. O tempo indígena é elaborado pelo próprio índio, de acordo com sua vivência, de acordo com as fases da vida, nascimento, rituais de passagem, aprendizagem, envelhecimento e morte, visando sempre a coletividade. Assim, eles marcam seu tempo sem separar-se da natureza ou da sociedade. Seus marcadores são aprendidos de acordo com a ciclagem das ocorrências, e claro, sem perderem a perspectiva cultural. O tempo indígena é o mesmo dos bichos, da natureza. O passado e o futuro são vividos no presente com intervalos, dimensões, velocidade, início e fim diferenciados, porém tudo baseado em suas crenças e vivências.

O tempo para os povos africanos

Os povos africanos demarcavam seu tempo pela repetição das estações do ano. Não conheciam as divisões em meses. Marcavam o tempo de acordo com eventos comunitários. O dia começava ao nascer do sol e terminava quando as pessoas se recolhiam para dormir. Sem preocupação com horário. O dia era dividido em períodos como “de manhã cedo, de tardinha”. Enquanto a mulher controlava a duração de sua gestação, o homem controlava seus cultivos, seus plantios. As ocorrências cíclicas da natureza são normais, para eles, o que escapa desta normalidade é visto com preocupação e medo, como eclipse, enchente e até nascimento de gêmeos, pois isso é um fato excepcional.

O africano tem uma sabedoria muito próxima à dos indígenas, talvez por terem sidos considerados os primeiros habitantes do continente.

Relembrando a aula

Nessa aula, você estudou sobre o tempo, a forma de o marcarmos e, assim, evitar o esquecimento de fatos, acontecimentos e eventos no decorrer da existência humana; a marcação de lembranças pessoais, como nascimentos, morte, festejos nos calendários. Também estudou sobre a inteligência humana em perceber a influência da lua e do sol no desenvolvimento terreno. Viu, ainda, sobre os fusos horários que determinam as horas em cada lugar e algumas curiosidades da marcação de tempo dos indígenas e africanos.

Atividade

Questão 1. Escreva um texto sobre o seu tempo de vida. Fazendo uma linha do tempo, fale sobre seus antepassados: avós maternos e paternos, seus pais e você: Quando nasceu, como foi até hoje, quais acontecimentos te marcaram? Por quê? Como e onde você vive, com quem? Enfim, escreva sua história através do seu tempo de vida.

Questão 2. Baseando-se nesta aula, responda em seu caderno: Como você define o calendário atualmente usado? Por que ele tem 365 dias e 6 horas de duração? Converse em suas redes sociais com seus colegas e professores sobre a importância de marcar o tempo.


Habilidade estruturante:(EF05HI08) Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas sociedades, incluindo os povos indígenas originários e os povos africanos.
Referências:Buriti Mais História/Organizadora Editora Moderna; Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável: Lucimara Regina de Souza Vasconcelos – 1ed.-Sao Paulo: Moderna,2017.
https://escola.britannica.com.br/artigo/calend%C3%A1rio/480881 https://escola.britannica.com.br/artigo/tempo/482677 https://escola.britannica.com.br/artigo/tempo/482677/recursos/183500 https://escola.britannica.com.br/artigo/tempo/482677/recursos/183497 https://escola.britannica.com.br/artigo/tempo/482677/recursos/231317 https://www.gazetadigital.com.br/editorias/opiniao/marcadores-de-tempo-indigena/227430 https://escola.britannica.com.br/pesquisa/imagens/indios%20plantando/recursos/148788  
https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/BZgDYKY47Nn3gdPDwRTzCLf/?lang=pt

Professor, essa aula segue a Matriz Curricular das Habilidades Estruturantes 2021-2021. Foi elaborada no ano de 2020, com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia da Covid-19 e segue as orientações de flexibilização curricular para o biênio 2020/2021 (Ofício Circular 147/2020 Dirped).