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História – Brasil Colônia: interesses coloniais e movimentos de resistência

Olá, estudante. Esta videoaula de História do 8º ano foi veiculada na TV no dia 01/12/2021 (Quarta-Feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.

Nesta aula apresentaremos e discutiremos os conceitos de revoltas nativistas e emancipacionistas. Exemplificaremos essas revoltas e suas motivações e localização espacial.

Temática – História – Brasil Colônia: interesses coloniais e movimentos de resistência. Disponível em: <https://blogdoenem.com.br/revoltas-coloniais-nativistas-enem/>. Acesso em: 03 de Novembro de 2021.

Assista a videoaula abaixo, com a temática – História – Brasil Colônia: interesses coloniais e movimentos de resistência

HISTÓRIA | 8º ANO | ENSINO FUNDAMENTAL | PROF.: UILSON DUARTE

Brasil Colônia: interesses coloniais e movimentos de resistência

Quem invade quer determinar as regras, monopólios e lucros. Durante a colonização do Brasil, várias foram os obstáculos e arbitrariedades impostas por Portugal, fazendo com que se formassem grupos contrários a tais autoritarismos.

E foi desse modo que aconteceram as chamadas Revoltas Nativistas, quem aqui vivia se desagradou e foi para a luta. As rebeliões coloniais deixaram suas marcas na  História e aconteceram em várias regiões do Brasil, muitas demonstrando a insatisfação dos nativos em relação às decisões da Coroa.

Disponível em:<https://blogdoenem.com.br/revoltas-coloniais-nativistas-enem/>. Acesso em: 09 Novembro 2021.

 O que foram as Revoltas Nativistas?

As Revoltas Nativistas foram idealizadas por políticos e pela elite que viviam no Brasil ao longo do período colonial, principalmente nos séculos XVII e XVIII.

Foi uma maneira que encontraram de bater de frente com a Coroa portuguesa para reivindicarem soluções para situações que estavam saindo do controle, como:

* concessão de terrenos para colonos e aventureiros que aqui chegavam;

* extração de recursos naturais, como borracha e pau-brasil;

* tráfico de indígenas.

Ao observarem os abusos, houve um olhar para o que se chamou na época de contradições da colonização. Dentro dessa premissa, as revoltas foram marcantes.

Elas também foram antagônicas aos impostos que eram cobrados pelo que se produzia, inclusive com valores sendo repassados a espanhóis e holandeses.

Deste modo, muitos nativos discordaram da situação e começaram a mobilizar confrontos e até mesmo tentativas de impor governos paralelos ou em busca da autonomia política. Foram tentativas tímidas, pois o que movia mesmo era a intenção de demonstrar a insatisfação quanto aos mandos da Coroa.

Contexto histórico

O Brasil Colônia é um momento histórico que vai de 1530, quando houve a missão exploradora de Martim Afonso de Souza, a 1815, data em que o território se torna oficialmente pertencente ao Reino de Portugal.

Trata-se de um período em que aconteceram invasões das terras, disseminando aldeias e índios de várias tribos, como Tamoios, Tupinambás, Tupi-Guarani, entre outras.

Diante das riquezas naturais, como madeira, borracha, minérios e açúcar, os europeus encontraram solo fértil para enriquecerem ainda mais, explorando as terras por meio da força.

No entanto, o poder da Corte Portuguesa já era praticado desde 1530. Quando chegou, exerceu domínio tanto sobre os índios quanto com a posse das terras, ordenando regras às atividades econômicas, principalmente na Capitania de Pernambuco e de Minas Gerais.

Dessa maneira, o Brasil foi dividido inicialmente em 14 capitanias, administradas por membros da nobreza de confiança do rei português João III.

No entanto, o modelo não vigorou, durando apenas 16 anos. Restaram apenas as capitanias de Pernambuco e de São Vicente, locais onde se iniciou o processo de colonização.

Mas havia uma grande dificuldade de administração por conta justamente das diferenças entre os europeus e os povos daqui. Aliadas às regras impostas, as Revoltas Nativistas acabaram sendo uma consequência natural do choque cultural.

Principais Revoltas Nativistas

Vamos conhecer mais detalhes das principais revoltas?

Disponível em:<https://www.facebook.com/profpaulokruger/photos/ol%C3%A1-pessoas-segue-um-mapa-mental-sobre-as-revoltas-nativistas-que-%C3%A9-abordado-no-/376668152988499>. Acesso em 09 novembro 2021.

Aclamação de Amador Bueno

Ao longo da União Ibérica (1580-1640), o reino português estava sob controle da Espanha e da Holanda. Esses povos, então,ocuparam o nordeste brasileiro e ainda  invadiram a África, fornecendo escravos para cá.

No entanto, a Capitania de São Vicente sofria com a escassez de escravos africanos. Foi quando os fazendeiros e bandeirantes paulistas tornaram a escravidão indígena em um grande negócio.

Com a restauração do trono português, a Coroa começou a expandir o comércio dos escravos para outras nações, trazendo restrições ao tráfico tanto de negros quanto de índios na colônia.

Dessa maneira, a Capitania de São Paulo se rebelou e elegeu o Capitão-Mor Amador Bueno como rei, em busca do rompimento com Portugal e com a Dinastia de Bragança. O que não resolveu o problema em si, pois o rico fazendeiro permaneceu fiel ao rei.

Pintura a óleo “Aclamação de Amador Bueno”, de Oscar Pereira da Silva, datada de 1909

Disponível em:<https://blogdoenem.com.br/revoltas-coloniais-nativistas-enem/>. Acesso em: 09 Novembro 2021

Revolta de Beckman

Essa revolta ocorreu em São Luís do Maranhão e teve como liderança a elite agrária comandada pelos irmãos Manoel e Tomás Beckman, em 1684.

Eles reivindicavam a extinção da Companhia de Comércio do Maranhão, que cobrava preços abusivos pelo açúcar e algodão, além de deter o monopólio dos produtos. Também queriam a proibição da pregação indígena em missões jesuíticas.

Os irmãos tomaram o poder local, expulsaram os padres e a companhia comercial. Ao ir a Portugal, Tomás foi preso e degredado, enquanto seu irmão foi detido pelas tropas portuguesas, sendo executado.

Guerra dos Mascates

Depois  do afastamento dos holandeses da Capitania de Pernambuco, em 1654, a situação dos senhores de engenho ficou comprometida, pois se encerraram os financiamentos dos bancos da Holanda.

Assim, a Câmara de Olinda decidiu aumentar os impostos, comprometendo as finanças dos comerciantes, também conhecidos como mascates, o que deu nome à Guerra dos Mascates.

Ao vivenciaram uma crise econômica, acabaram se unindo e iniciaram o protesto que durou um ano, indo de 1710 a 1711.

Guerra dos Emboabas

Ocorrida dois anos antes da dos Mascates, a Guerra dos Emboabas aconteceu na Capitania de Minas Gerais e foi uma batalha entre os estrangeiros e os bandeirantes paulistas.

O termo “emboaba” é concernente aos gringos que chegavam ali à procura de metais preciosos. Então, a guerra teve como motivo a contenda pelas minas de ouro.

A ideia dos bandeirantes era supervisionar a procura do minério, retirando o poder da Coroa Portuguesa. O desfecho foi a separação das Capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Revolta de Vila Rica

Também conhecida como Revolta Felipe dos Santos, ela aconteceu na Capitania de Minas Gerais e foi gerada pela revolta de líderes políticos contra a Coroa.

A causa foi a exigência de alta carga de impostos e teve o tropeiro Felipe dos Santos como principal líder. O desfecho foi a divisão da Capitania de São Paulo e um maior controle na exploração do ouro, em 1720.

Principais Revoltas Emancipatórias

Os movimentos emancipacionistas, ou rebeliões coloniais, foram movimentos conspirativos, de bases iluministas, que objetivavam a conquista da independência do Brasil. Eram rebeliões cujo objetivo era o de separação política, diferentemente dos Movimentos Nativistas que tinham um caráter local e um baixo grau de definição ideológica, não revelavam uma consciência mais ampla da dominação colonial e nem apresentavam propostas alternativas a elas, mas talvez tenham sido elas o impulso. Durante o século XVII, iniciaram-se as primeiras manifestações contra a metrópole, dando origem aos movimentos emancipacionistas.

Abaixo segue um mapa mental exemplificando duas das principais revoltas emancipacionistas. Observe:

Disponível em:<https://www.facebook.com/profpaulokruger/photos/ol%C3%A1-pessoas-segue-um-mapa-mental-sobre-as-revoltas-nativistas-que-%C3%A9-abordado-no-/376740169647964>. Acesso em: 09 Novembro 2021

Atividades

Questão 1 – Determine o que diferencia uma revolta nativista de uma revolta emancipacionista?

Questão 2 – Quais foram e onde ocorreram as principais revoltas nativistas?

Questão 3 – Quais foram as influências da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana?

Questão 4 – Releia os dois primeiros parágrafos  sobre as revoltas nativistas e emancipacionistas. Após a leitura identifique os motivos para as revoltas.


Habilidades estruturantes: (EF08HI05) Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas.
Referências:BOULOS JÚNIOR, Alfredo. Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2015.
DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018.
VICENTINO, Cláudio Teláris história, 6° ano: Ensino Fundamental,anos finais /Cláudio vicentino, José Bruno Vicentino. 1. Ed. São Paulo: Ática, 2018.