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Geografia – Mundo do Trabalho: Indústrias.

Olá, educando (a)! Esta videoaula de Geografia foi veiculada na TV no dia 11 de Março de 2021 (Quinta-Feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.

Na aula de hoje falaremos sobre a industrialização. As indústrias trouxeram profundas alterações no processo produtivo, que por sua vez, implicaram em alterações nas relações de trabalho. Novas profissões surgiram e deixaram de existir ao longo dos últimos anos.

Temática – Mundo do Trabalho: Indústrias. Disponível em: <pixabay.com>.

Assista a videoaula abaixo, com a temática – Mundo do Trabalho: Indústrias.

AGRUPAMENTO I | 9º ANO | CICLO DA ADOLESCÊNCIA |GEOGRAFIA | PROF.: AILTON

As Revoluções Industriais e o trabalho

Os smartphones (celulares), as TVS, alguns alimentos e os automóveis são fabricados em indústrias. Até aqui parece que não tenho nenhuma novidade, mas você já pensou se as indústrias sempre existiram ou como as indústrias trouxeram transformações no trabalho?  

A transformação de recursos naturais em bens e produtos que atendem às nossas necessidades não é recente, ao longo da nossa história podemos destacar três formas de produção: o artesanato, a manufatura e a indústria. 

No período do artesanato a produção era feita em núcleos familiares e atendiam principalmente as necessidades mais básicas da própria família, como a confecção de roupas e utensílios domésticos. Sendo comum a troca do excedente produzido, algumas pessoas começam a enxergar no artesanato uma fonte de renda e para aumentar a sua produção ensinavam o ofício (habilidade de produzir algo) para aprendizes, aumentando a capacidade de produção e fazendo surgir novas profissões como alfaiates, marceneiros, ferreiros entre outras. 

A indústria surge logo em seguida e podemos compreendê-la como conjunto de atividades produtivas que transformam matérias- primas em produtos que vão ser consumidos por outras indústrias ou em uso doméstico. Acredite, as indústrias trouxeram alterações significativas nas relações de trabalho, na economia, na política e na organização da sociedade e por isso reconhecemos o período de surgimento das indústrias como Revolução Industrial.  

A Revolução Industrial marca a transição da produção manufaturada para a Maquinofatura, podendo ser compreendida em etapas. A Primeira Revolução Industrial ocorreu por volta de 1750, no Século XVIII, na Inglaterra, e foi marcada pela inserção das máquinas a vapor no processo produtivo, tendo o carvão mineral como principal fonte de energia e o ferro a matéria- prima.

Os países europeus e os Estados Unidos da América merecem destaque na Segunda Revolução Industrial, que ocorreu no início do Séc. XIX até meados do Século XX, podendo ser caracterizada pelo surgimento dos automóveis, do petróleo como fonte de energia, da eletricidade e de novos meios de comunicação como rádio e telefone, os modelos de administração científica das fábricas aumentaram o controle do processo produtivo gerando maiores lucros e reduzindo os custos de produção. 

É nesse período que as primeiras lutas por direitos trabalhistas começam a surgir com a organização de sindicatos que movimentavam um grande número de trabalhadores, durante a Primeira Revolução Industrial não havia direitos trabalhistas o que possibilitava a exploração da mão de obra nas fábricas, com longas jornadas de trabalho, baixos salários e ambiente insalubre. Muitos direitos trabalhistas que temos hoje foram conquistados ao longo desse período, ainda que no Brasil a legislação trabalhista mais garantista, ao trabalhador, foi criada apenas em 1943 durante o nosso processo de industrialização.

Em meados de 1950 surge a Terceira Revolução Industrial, em decorrência dos grandes avanços tecnológicos e científicos, também é conhecida como Revolução Técnico- Científica, pode ser compreendida pela inserção da tecnologia no campo científico que contribuiu para alteração do processo produtivo criando indústrias de alta tecnologia, destaca- se a genética, informática, as telecomunicações, surgimento da internet, robótica, entre outras. 

A desconcentração industrial, que leva o processo produtivo de produtos com menor valor agregado para países em desenvolvimento e a inserção de robôs nas fábricas, faz com que as indústrias desse período empreguem menor mão de obra, levando os trabalhadores a procurarem emprego no setor terciário da economia. 

Atualmente estamos vivendo a quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, esse seria o estágio mais avançado do processo de produção industrial. Caracterizamos esse período pelos significativos avanços na tecnologia da informação, no uso da inteligência artificial, surgimento das impressoras 3D, internet das coisas e big data.  A Indústria 4.0 tem o potencial de tornar o processo produtivo cada vez mais autônomo, tornando menor a utilização da mão-de-obra humana dentro das indústrias.  Observamos ao longo do texto que as Revoluções Industriais ocasionaram a substituição da mão-de-obra humana em consequência de avanços tecnológicos, esse fenômeno é conhecido como desemprego estrutural ou tecnológico. É normal que algumas profissões deixem de existir e outras surjam em decorrência das alterações provocadas pelas revoluções industriais.

Indústrias no Brasil e em Goiás

O processo de industrialização brasileiro ocorreu de forma tardia em meados de 1940, próximo ao início da terceira Revolução Industrial, a distribuição das indústrias pelo território não foi uniforme, havendo maior concentração na região sudeste o que gerou desigualdade quanto a industrialização das regiões brasileiras.  

O Estado de Goiás no início da industrialização brasileira pautava sua economia pela atividade agropecuária, apenas em meados dos anos 60 e 70 que assistimos maiores investimentos e incentivos para a industrialização de Goiás, esse período acompanha o processo de urbanização do nosso Estado. Ainda que haja diversas indústrias agropecuárias, as automobilísticas, farmacêuticas e de processamento de minérios  merecem destaque e vem aumentando a sua participação na composição do PIB (Produto Interno Bruto) goiano.  

As indústrias geram diversos empregos diretos e indiretos, sendo responsáveis pela dinâmica econômica de importantes cidades que compõem o Estado de Goiás.

Atividade

Questão 1. Leia o texto, Desemprego Estrutural, disponível no portal Todo Estudo e responda as questões abaixo registrando as respostas no seu caderno. 

Clique no Link para acessar o texto:

Questão 2. Quais são as causas do desemprego estrutural e como o desemprego tecnológico ocorre no Brasil? 

Questão 3. Você conhece alguém que foi demitido por consequência do desemprego estrutural? Como essa pessoa se recolocou no mercado de trabalho?


Habilidade estruturante

(EF09GE11-A) Relacionar as mudanças técnicas e científicasdecorrentes do processo de industrialização com as transformações notrabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasile em Goiás.
Referências:ADAS, M; ADAS, S. Expedições Geográficas: 9° ano. 3° Edição. São Paulo: Moderna, 2018.  FONSECA, R. A industrialização de Goiás: um caso de sucesso. Disponível em: <https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/14474/1/A%20industrializa%C3%A7%C3%A3o%20de%20Goi%C3%A1s_11_P_BD.pdf>. Acesso em: 01, fev de 2021.
Mundo Educação. Industrialização e trabalho. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/industrializacao-trabalho.htm>. Acesso em: 01, fev de 2021. Adaptado para fins pedagógicos.