Esta proposta de atividade de GEOGRAFIA é destinada aos estudantes do 8° Ano do Ensino Fundamental Anos Finais.
África: Dominação europeia
Assim como ocorreu na América, por volta de 1500, a colonização europeia alcançou o continente africano em 1884, isso mesmo, ainda que a África seja considerada um dos berços da civilização, não foi poupada dos interesses imperialistas das potências europeias. Com a expansão da industrialização, a necessidade por matéria-prima leva a partilha da África pelos europeus, o que conhecemos por neocolonialismo.
Entre os séculos XV e XVI, no período das grandes navegações, os europeus realizaram feitorias na África. As feitorias podem ser compreendidas como entrepostos comerciais que facilitam o contato entre os europeus e os reinos africanos. Os feitores eram pessoas escolhidos pela cora para administrar as feitorias, esse modelo garantiu o controle informal dos europeus sobre os povos africanos.
Em meados do séc. XIX, no período do capitalismo industrial, a necessidade por matéria-prima levam as potências da época a estabelecerem colônias na África, Ásia e Oceania, o que conhecemos por neocolonialismo. Nesse contexto, o continente africano foi dividido entre as potências europeias.
A Conferência de Berlim, em 1884, marca o início da colonização e do domínio formal dos europeus sobre o território africano. As potências europeias dividiram a África conforme os seus interesses, a partilha da África estabeleceu fronteiras arbitrarias que não respeitavam a cultura dos povos africanos e os territórios já estabelecidos. Os europeus introduziram na África os plantations, modelo agrícola baseado em monocultura para exportação, pautando apenas os interesses dos colonizadores.
Em 1945, haviam apenas quatro países africanos independentes: África do Sul, Egito, Etiópia e Libéria. As consequências da Conferência de Berlim, como o traçado de fronteiras e a exploração intensiva, foram nocivas ao continente africano e continuam a influenciar suas dinâmicas políticas e sociais no século XXI.
Questão 01
Ao longo dos séculos XV e XVI, os europeus estabeleceram feitorias no território africano. As feitorias podem ser compreendidas como
(A) colônias estabelecidas para explorar recursos naturais e promover o domínio formal pelos europeus.
(B) plantations dedicadas à monocultura de exportação.
(C) entrepostos comerciais que facilitavam o contato entre europeus e os povos africanos.
(D) centros de ensino e catequese para educar e evangelizar a população local.
Questão 02
Na primeira vez que a Marselhesa foi entoada na Copa do Brasil, Karim Benzema ficou calado. O artilheiro e principal jogador da seleção francesa escolheu não cantar o hino nacional de seu país em um protesto silencioso contra a xenofobia presente na letra e na sociedade multicultural da França.
Benzema, como milhões de franceses, é filho de imigrantes de uma das colônias que o país teve no século 20, no caso dele, a Argélia.
Fonte:https://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/06/por-que-benzema-nao-canta-o-hino-da-franca.html
Qual relação podemos estabelecer entre a reportagem e a Conferência de Berlim?
QUESTÃO 03
A Conferência de Berlim, realizada em 1884, trouxe consequências que ainda hoje podem ser percebidas no território africano. Essa conferência
(A) trata- se de um acordo entre as potências europeias para interromper a colonização da África.
(B) foi uma reunião para discutir os conflitos entre as colônias na América e na África.
(C) marcou a partilha da África entre as potências europeias, estabelecendo fronteiras arbitrárias.
(D) resultou no acordo entre as potências africanas para promover a independência dos países africanos.
QUESTÃO 04
Aponte as razões pelas quais apenas quatro países africanos eram independentes em 1945, destacando os efeitos do colonialismo para o continente africano.
Habilidade: | (EF08GE20-A) Compreender as diversas identidades do continente americano e africano e as interculturalidades originadas pelo processo histórico de ocupação. |
Referências: | ADAS, M; ADAS, S. Expedições Geográficas: 8° ano. 3° Edição. São Paulo: Moderna, 2018. ALMEIDA, M. Z. C. M; PEREIRA, N. C; SANTOS, R. C. A população negra na capitania de Goyazes entre 1500 a 1800. Disponível em:<https://www.anais.ueg.br/index.php/semanahistoriacoracoralina/article/download/13202/9740/>. Acesso em: outubro de 2022. FELINTO, M. A escravidão no Brasil durou 300 anos. Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/5/12/folhinha/4.html>. Acesso em: outubro de 2022. MARQUESE, R. B. A dinâmica da escravidão no Brasil: resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/nec/a/xB5SjkdK7zXRvRjKRXRfKPh/abstract/?lang=pt>. Acesso em: outubro de 2022. PORTAL da cultura afro-brasileira. Disponível em: <https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/index.php>. Acesso em: agosto de 2021. SCHRODER, A. A era da escravidão. Disponível em:<https://super.abril.com.br/especiais/a-era-da-escravidao/>. Acesso em: outubro de 2022. |