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Ciências da Natureza – Vacinas e imunização artificial ativa

Esta proposta de atividade de Ciências da Natureza é destinada aos estudantes do 7º ano dos anos finais do Ensino Fundamental


Imagem 1. ภาพของjes2ufoto. Person Getting Vaccine from Vial. Canva. Download em 10/03/2025.

VACINAS E IMUNIZAÇÃO ARTIFICIAL ATIVA

As vacinas convencionais são ferramentas essenciais na prevenção de doenças. No Brasil, campanhas de vacinação permitiram a erradicação da poliomielite (paralisia infantil) e da varíola. Desde o nascimento, os bebês são beneficiados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que os protegem contra doenças como meningite tuberculosa e hepatite B. Afinal, como diz o ditado: “prevenir é melhor do que remediar”.

Analise os dois conceitos a seguir:

  • Vacina convencional (ou profilática, ou preventiva):

Uma preparação que estimula o sistema imunológico no combate a agentes causadores de doenças. Ela contém componentes desses micro-organismos, que podem estar enfraquecidos, inativados ou ser apenas partes específicas, incapazes de causar a doença, mas suficientes para estimular o organismo a se defender.

  • Imunização artificial ativa:

Ocorre quando introduzimos especificamente um antígeno (substância que provoca resposta imunológica) no organismo. Isso faz com que o sistema imunológico produza anticorpos e células de memória, preparando o corpo para futuras exposições ao patógeno real.

Portanto, podemos inferir que as vacinas profiláticas são um exemplo de imunização artificial ativa. Outros exemplos de imunização artificial ativa incluem: 

  • Vacinas terapêuticas: Ao contrário das vacinas convencionais, que previnem doenças, algumas são destinadas a tratar problemas já existentes, como HIV e alguns cânceres.
  • Vacinas contra venenos e toxinas: Algumas pesquisas buscam criar vacinas que ajudem o corpo a se proteger do veneno de serpentes peçonhentas ou outras toxinas perigosas, como o veneno do escorpião amarelo.
  • Vacinas para alergias: Quem tem alergia a pólen, poeira ou picadas de insetos pode fazer um tratamento chamado imunoterapia alérgica. Nesse caso, pequenas quantidades da substância que causa alergia são aplicadas no corpo de forma controlada, até que o sistema imunológico aprenda a lidar melhor com ela.

Em todas essas situações, o corpo recebe uma pequena “amostra” do patógeno ou de suas partes, mas sem causar a doença. Assim, ele aprende a se defender e cria uma memória imunológica, que faz com que a resposta contra o problema seja mais rápida e eficiente no futuro.

Exemplos de vacinas profiláticas:

  • Vacinas inativadas: contêm micro-organismos mortos, como as vacinas contra a gripe e a hepatite A.
  • Vacinas atenuadas: utilizam micro-organismos vivos, mas enfraquecidos, como as vacinas contra sarampo e febre amarela.
  • Vacinas de subunidades: contêm partes específicas do patógeno, como proteínas ou açúcares, a exemplo da vacina contra hepatite B.
  • Vacinas conjugadas: ligam partes do patógeno a proteínas transportadoras para melhorar a resposta imunológica, como a vacina contra Haemophilus influenzae tipo B.
  • Vacina de RNA mensageiro: As vacinas de RNA mensageiro fornecem ao corpo um “manual genético” para produzir uma proteína do patógeno, o que ativa o sistema imunológico.

Quando muitas pessoas estão imunizadas, o patógeno encontra menos oportunidades para se espalhar, protegendo também aqueles que não podem receber a vacina. Esse efeito é chamado de imunidade coletiva, e ajuda a manter toda a comunidade mais segura.

QUESTÃO 1

A imunização artificial ativa consiste em

(A) receber anticorpos prontos por meio de soro, como no caso do tétano.

(B) ser exposto ao patógeno naturalmente, desenvolvendo depois imunidade.

(C) receber o antígeno, estimulando especialmente a produção de anticorpos.

(D) Utilizar medicamentos antivirais para combater uma infecção já instalada.

QUESTÃO 2

Kayo Henrique tem 3 meses de idade e ainda não pode receber certas vacinas, como a da febre amarela. Avalie as alternativas a seguir, a respeito de contextos que pode auxiliá-lo na proteção contra doenças evitáveis

I. A imunidade coletiva protege João, pois a maioria das pessoas ao seu redor está vacinada.

II. Ele pode tomar todas as vacinas sem riscos, independentemente da idade.

III. Apenas anticorpos passados pela mãe durante a gestação são suficientes para protegê-lo.

IV. João deve receber soros imunológicos para todas as doenças até completar 1 ano.

A alternativa correta é a de número

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(IV) IV.

QUESTÃO 3

Analise as vacinas a seguir

Imagem 1. ARAGUAIA, Mariana. Vacinas. Canva. Criado em 13/03/2025.

Todas são vacinas profiláticas, exceto a vacina

(A) contra gripe e resfriado.

(B) contra a hepatite B e C.

(C) terapêutica contra câncer. 

(D) contra a febre amarela.

QUESTÃO 4

Sua amiga, Kelly Kristina, disse o seguinte: “Eu sou jovem e saudável, então não preciso tomar vacina.”

A) Qual é o nome dado a essa imunidade coletiva?

B) Como o ato de se vacinar ajuda a proteger outras pessoas, como bebês e idosos?

QUESTÃO 5

Um jovem atleta teve COVID-19 e meses depois sofreu uma inflamação cardíaca. Isso quer dizer que 

(A) a COVID-19 pode causar complicações cardiovasculares, mesmo em pessoas jovens. 

(B) apenas idosos podem ter problemas cardíacos após a ocorrência de infecções virais.

(C) essa inflamação só ocorre em quem tem predisposição genética para doenças cardíacas.

(D) A vacinação contra COVID-19 causa mais inflamação cardíaca do que a doença em si.

QUESTÃO 6

Um novo vírus se espalhou rapidamente pelo mundo e os cientistas precisam criar uma vacina eficaz. Há três opções:

  • Vacina inativada: segura, mas precisa de reforço anual.
  • Vacina de RNA mensageiro: rápida de produzir, mas requer armazenamento especial.
  • Vacina atenuada: oferece imunidade duradoura, mas pode ser arriscada para pessoas imunossuprimidas.

Qual dessas opções você escolheria e por quê? Justifique sua escolha considerando os prós e contras de cada uma.

QUESTÃO 7

No Brasil, algumas doenças como sarampo e poliomielite estavam praticamente erradicadas, mas voltaram a surgir em algumas regiões. O que pode explicar esse retorno? Como isso poderia ser evitado?

QUESTÃO 8

Durante a pandemia da COVID-19, muitas pessoas ficaram em dúvida sobre a rapidez no desenvolvimento das vacinas. O que permitiu que as vacinas fossem desenvolvidas tão rapidamente? Você acredita que esse avanço pode beneficiar outras áreas da medicina no futuro?

QUESTÃO 9

Imagine que você viu a seguinte manchete na internet: “Urgente!!! Vacinas contêm chips rastreadores que controlam a mente das pessoas!”

A) O que você faria ao ver essa notícia? Explique.

B) Como poderia investigar se ela é verdadeira ou falsa? Quais estratégias você usaria para identificar informações confiáveis sobre saúde?

QUESTÃO 10

Crie um personagem que representa o sistema imunológico e um vilão que representa uma doença infecciosa.

  • Dê um nome e poderes ao seu herói.
  • Como ele combate o vilão com a ajuda da vacina?
  • Você pode responder em forma de texto ou desenhar.

SAIBA MAIS

Conviver com a Covid-19 nos fez lidar com um palavreado bem específico, como “lockdown” e “pandemia”. Mas, afinal, o que é pandemia? Há alguma relação com endemia, ou mesmo epidemia? E os surtos: são somente os psicóticos ou essa palavra tem outro significado relacionado à saúde? Tais respostas você encontra no vídeo a seguir, da professora mariana Araguaia!

Canal Mariana Araguaia. Pandemia, surto, epidemia e endemia. Disponível em https://youtu.be/tyK4-Qp8trc. Acesso em out. 2022.

Autoria:Prof.ª M.ª Mariana Araguaia
Formação:Ciências Biológicas
Componente Curricular:Ciências da Natureza
Habilidades:(EF07CI10-A) Definir e explicar o que e vacina, identificando o principio de imunização artificial ativa.
Referência:ANDRADE, Cynthia de Paula; HUTH, Hugo. Vacina contra o veneno do escorpião amarelo. Ciência para todos – UFMG. Disponível em <https://www.ufmg.br/cienciaparatodos/wp-content/uploads/2012/03/01-vacinacontraovenenodoescorpiaoamarelo.pdf>. Acesso em 10/03/2025.

CARNEVALLE, M. R. Araribá mais Ciências: 7º ano: ensino fundamental: anos finais. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. 272 p. Acesso em 03/02/2025.
GOIÁS. Documento Curricular para Goiás – Ampliado. Volume III Ensino Fundamental Anos Finais. Disponível em <https://tinyurl.com/bdcn9bpn>. Acesso em 03/02/2025.

______. Documento Curricular para Goiás – Ampliado – Cortes Temporais. CONSED; UNDIME, 2019. p. 143. Disponível em: <https://tinyurl.com/mszn79ds>. Acesso em 03/02/2025.

HIRANAKA. R. A. B.; HORTENCIO, T. M. A. Inspire Ciências: 7º ano: ensino fundamental: anos finais. 1. ed. São Paulo: FTD, 2018. 256 p. Acesso em 03/02/2025.

PFIZER. Saiba tudo sobre Vacinas. Disponível em <https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/vacinas-tambem-podem-tratar-entenda-a-diferenca-entre-imunizantes-profilaticos-e-terapeuticos>. Acesso em 10/03/2025.

TAVARES, Aline. Vacinas também podem tratar: entenda a diferença entre imunizantes profiláticos e terapêuticos. Portal do Butantan. Disponível em <https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/vacinas-tambem-podem-tratar-entenda-a-diferenca-entre-imunizantes-profilaticos-e-terapeuticos>. Acesso em 10/03/2025.