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Língua Portuguesa – Cidadezinha qualquer – Carlos Drummond de Andrade

Esta proposta de atividade de Língua Portuguesa é destinada aos estudantes do 5º Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA.


Fonte: Museum-digital.org Disponível em: <https://br.museum-digital.org/singleimage.php?imagenr=207>. Acesso em: 27 de junho de 2022.

CIDADEZINHA QUALQUER – CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

A grande maioria das cidades interioranas apresentam as mesmas características, são pacatas, com muitas árvores, poucas pessoas e claro uma pracinha simplória tomada por canteiros e bancos de descanso. A construção poética de Carlos Drummond de Andrade faz um retrato móvel de uma cidade do interior em seu referido poema intitulado: Cidadezinha qualquer.

Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras  

mulheres entre laranjeiras

pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar… as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus

Tomado pela captação da realidade, o lirismo de Carlos Drummond de Andrade evidencia a singularidade de um lugar extremamente comum nos interiores brasileiros, povoados, vilarejos e comunidades pequenas são lugares revistados como em cenário de um filme. O poema é constituído por três estrofes repletas de uma linguagem figurada e seus elementos são personificados, vivos numa constante, numa rotina provinciana. A segunda estrofe apresenta a repetição da palavra devagar evidenciando a forma vagarosa que caracteriza a rotina de uma cidade do interior. O eu lírico se projeta como um pintor que faz um desenho nítido repleto de imagens e situações complementares como casas e plantas.  Ao término do poema ocorre o emprego da frase: ” Eta vida besta, meu Deus.” A frase final revela um tom confessional, íntimo para com o leitor, uma forma de desabafo sobre o passar do tempo em uma cidade qualquer, ou seja, em uma cidade do interior onde tudo é lento e quase nada é relevante.

RESPONDA AS QUESTÕES

QUESTÃO 1

A primeira estrofe do poema compõe-se predominantemente de substantivos. Identifique-os e faça um desenho mental de como seria cada um deles dentro de uma pacata cidade do interior.

QUESTÃO 2

A rotina de uma cidadezinha do interior é sempre tomada pela calmaria, poucas pessoas e ninguém tem pressa. Localize no poema: Cidadezinha qualquer, expressões ou palavras que evidenciam está calmaria.

Fonte: Commons.wikimedia.org . Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rua_do_Conjunto_Arquitet%C3%B4nico_da_Cidade_de_Goi%C3%A1s,_Goi%C3%A1s,_Brasil.jpg >. Acesso em: 27 de junho de 2022.

QUESTÃO 3

O autor do poema é Carlos Drummond de Andrade. Em sua opinião, quem é o eu lírico?  Quem é a pessoa que tão bem descreveu “Cidadezinha qualquer”?

QUESTÃO 4

No verso: “pomar amor cantar”, há a presença de um recurso sonoro chamado:

(A) aliteração

(B) sinestesia

(C) assonância

(D) onomatopeia

QUESTÃO 5

“Um homem vai devagar.

  Um cachorro vai devagar.

  Um burro vai devagar.”

Os versos acima demonstram uma cena:

(A) bucólica em movimento rápido

(B) bucólica de forma estática

(C) bucólica em movimento contínuo

(D) bucólica em movimento lento


SAIBA MAIS

Com o intuito de abordar: a poesia de Carlos Drummond de Andrade assista ao vídeo que menciona algumas curiosidades sobre a pacata vida do interior e sua gente.

CANAL REGINA CACIA “Cidadezinha qualquer – Carlos Drummond de Andrade”. Disponível: <https://www.youtube.com/watch?v=DmOzeWiQusU> Acesso em: 27 jun 2022

Acesse os materiais referentes a essa atividade clicando aqui: https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/propostas_didaticas/propostas-didaticas-lingua-portuguesa-eja-7a-serie/


Autoria:Regina Cacia
Formação:Letras – Língua Portuguesa
Componente Curricular:Língua Portuguesa
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:

(EJALP0522) Compreender e analisar as características relacionadas à construção composicional de diferentes gêneros textuais/discursivos dos quatro campos de atuação, considerando a situação comunicativa    
Referencial teórico:
 M. AMARAL. Emilia. Língua Portuguesa: Ensino Médio. 2.ed. renov-São Paulo. FTD, 2005. – (Coleção Novas Palavras) 1° série

ANDRADE, C. D. Poesia Completa & Prosa. Rio de Janeiro: José Aguiar 1967.

ANDRADE, C. D. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Companhia das letras 2013.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2.ed.Rio de Janeiro. Nova fronteira, 1986.p.942.