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Geografia – Lutas sociais contemporâneas urbanas.

Olá! Esta aula de Geografia é destinada a educandos da 6ª Série da Eaja.

Temática – Geografia – Lutas sociais contemporâneas Urbanas. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos>. Acesso em: 05/08/2021.

Na aula de hoje você aprenderá sobre as lutas sociais contemporâneas urbanas. Para se estabelecer em determinado espaço geográfico ou para garantir a sobrevivência, por muitos momentos, a luta social é um caminho de conquistas. As lutas/movimentos sociais urbanos levam em conta seus espaços de atuação, distribuídos pelo território brasileiro.


Assista a videoaula abaixo, com a temática – Geografia – Lutas sociais contemporâneas Urbanas.

6ª SÉRIE | Eaja |GEOGRAFIA| PROF.: WERLLEN

Analisando as lutas sociais contemporâneas Urbanas.

As ações dos movimentos sociais são condicionadas às suas realidades. Seja urbana ou rural, geralmente ligada à luta por direitos que deveriam ser adquiridos, mas não o são. Problemáticas urbanas geralmente são diferenciadas das rurais. A proposta de hoje é mostrar as diferentes ações e organizações dos movimentos sociais na cidade. A cidade tem-se constituído, ao longo da história, no principal local das lutas sociais. Elas são a expressão dos conflitos entre capital e trabalho.

Vamos entender o que é luta social e sua importância 

O termo luta social está diretamente relacionado aos movimentos sociais. O que são movimentos sociais?

São ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam formas distintas de a população se organizar e expressar suas demandas (cf. Gohn, 2008). Na ação concreta, essas formas adotam diferentes estratégias que variam da simples denúncia, passando pela pressão direta (mobilizações, marchas, concentrações, passeatas, distúrbios à ordem constituída, atos de desobediência civil, negociações etc.) até as pressões indiretas. Na atualidade, os principais movimentos sociais atuam por meio de redes sociais, locais, regionais, nacionais e internacionais ou transnacionais, e utilizam-se muito dos novos meios de comunicação e informação, como a internet.

Os movimentos aglutinam bases, assessores e lideranças e têm estreitas relações com uma série de outras entidades sociopolíticas como partidos e facções políticas -legais ou clandestinas -, igrejas, sindicatos, ONGs – nacionais e internacionais – , setores da mídia e atores sociais formadores de opinião pública, universidades, parlamentares municipais, estaduais e federais; setores da administração governamental; e até pequenos e médios empresários etc. , articulados em redes sociais com interesses comuns. Rev. Mediações, Londrina, v. 5, n. 1, p. 11-40, jan./jun. 2000 13.

Vamos destacar a luta por moradia. Este é um exemplo de luta social urbana um objetivo bastante comum da ação de movimentos sociais encontrados em espaço urbano, ou seja, a luta pela manutenção de suas moradias ou mesmo para obtenção de casas para quem não tem ou mesmo não pode pagar um aluguel. Um destaque necessário é que as comunidades/favelas apresentam precariedade nas condições de sobrevivência para tal população.  Será que eles têm direitos? Sim, moradia faz parte dos direitos sociais, está na constituição Federal, no Artigo 6º, vejam na íntegra:

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Artigo único. O art. 6º da Constituição Federal de 1988 passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”(NR)

Brasília, em 15 de setembro de 2015.

Há um movimento social organizado, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), seu foco está na moradia urbana, ocupando prédios, loteamentos e casas para forçar negociações com o governo para garantir o direito de uma moradia, para sua sobrevivência familiar na cidade.

Nas regiões metropolitanas, parte da população considerada pobre reside nos chamados aglomerados subnormais (assentamentos irregulares com residências precárias, popularmente conhecidos como favela, comunidade, grotão, mocambo, entre outros). Entretanto, pobreza urbana e moradias precárias, com carência de infraestrutura, têm sido fenômenos cada vez mais observados também nas cidades médias e pequenas.

Atualmente, os problemas mais comuns encontrados nos centros urbanos são: insuficiência ou baixa qualidade de hospitais, escolas, creches, centros de lazer e cultura; precariedade nos serviços públicos de saneamento básico (fornecimento de água tratada e encanada, coleta e tratamento de esgoto), habitação, coleta de lixo, iluminação e pavimentação; deficiência e precariedade do sistema de transporte coletivo (como ônibus, metrôs e trens suburbanos), além dos frequentes congestionamentos nas principais vias de circulação; elevados índices de violência urbana (furtos, roubos, sequestros, tráfico de drogas e assassinatos), que atingem principalmente os jovens nas cidades grandes e médias; conflitos e disputas territoriais nas ruas e em áreas abandonadas, associadas ao tráfico e à comercialização de drogas.

Os movimentos ou lutas sociais têm surgido das contradições que se expressam no cotidiano da população na sua condição de moradores. . Trata-se de problemas sociais novos que, expressando contradições próprias das sociedades capitalistas, não se explicam somente pelo ângulo da oposição entre capital e trabalho. Representam, antes de tudo, efeitos das distorções e das desigualdades decorrentes de uma aplicação desigual dos recursos públicos empregados no desenvolvimento e manutenção dos aglomerados urbanos. 

Espaço e movimentos sociais urbanos

A diferenciação na organização espacial da grande cidade latino-americana é notável. Em relação às áreas residenciais, há bairros, habitados por uma população de alto nível de renda – proprietários dos meios de produção e assalariados bem-remunerados -, que a par das belas e luxuosas residências, dispõem de uma boa infraestrutura e serviços adequados: água, esgoto, luz, calçamento, praças, parques, clubes, policiamento, comércio de luxo, os melhores consultórios e clínicas médicas, e excelentes escolas. Estes bairros localizam-se, normalmente, nos setores ou áreas de alto preço da terra.

Em oposição a estes bairros, há outros habitados por uma população de baixo nível de renda, constituída por operários não-qualificados, humildes empregados do setor terciário, subempregados e desempregados, que vivem em favelas dispersas pelo espaço urbano, em conjuntos habitacionais construídos pelo Estado, ou em precárias casas autoconstruídas pela própria população em suas horas de repouso e lazer.  

No contexto, o Estado encarrega-se de prover os equipamentos de consumo coletivo para todo o espaço urbano. No entanto, aos olhos da população de baixo nível de renda, o Estado representa uma instituição que não cumpre seus deveres, não atende às crescentes necessidades coletivas de certas áreas da cidade, visto até como um adversário que procura romper modos de vida enraizados em certos locais. Do livro: Região e Organização Espacial, de Roberto Lobato Corrêa.

ATIVIDADES

Com base no texto, responda as atividades a seguir:

Questão 01 – O que são movimentos sociais?

Questão 02 – De acordo com o artigo 6º da Constituição Brasileira, quais são os direitos sociais?

Questão 03 – Escreva o nome de 03 dos principais problemas sociais urbanos.


Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: (EAJAGE0602) Analisar as lutas sociais contemporâneas urbanas e rurais. 
Referências:Constituição federal, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc90.htm>. Acesso em:27 de fevereiro de 2021.
DELLORE, Cesar  Brumini. Araribá Mais: Geografia. Editora Moderna, 1ª Ed, São Paulo, 2018. 6º ao 9º . PNLD 2020.
Ferrari, Antonio C. Nunes. Espaços e movimentos sociais. Disponível em:<https://www.sabernarede.com.br/espaco-e-movimentos-sociais-urbanos/>.  Acesso em: 28 de fevereiro de 2021.
Gohn, Maria da Glória. 500 anos DE LUTAS SOCIAIS NO BRASIL: movimentos sociais, ONGs e terceiro setor. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/viewFile/9194/7788>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2021.