Esta proposta de atividade de CIÊNCIAS DA NATUREZA é destinada aos estudantes do 5º período da Educação de Jovens e Adultos – EJA
BIOMAS BRASILEIROS
É frequente ouvirmos que a Amazônia é nosso patrimônio e que o Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica precisam ser mais conservados – não é mesmo? Além da beleza cênica, os biomas brasileiros atuam diretamente no ciclo hidrológico, apresentam espécies cuja sobrevivência depende da integridade de seus ambientes, são moradia e fonte de matéria-prima para comunidades tradicionais, contêm princípios ativos utilizados no tratamento de doenças, enfim!
A Amazônia possui um clima equatorial úmido, alimentado por suas chuvas frequentes. Abriga inúmeras espécies, como a arara-azul, o boto-cor-de-rosa e a sucuri. Nas sombras das árvores gigantes, plantas medicinais de potencial ainda desconhecido aguardam ser descobertas.
O Cerrado, muitas vezes chamado de savana brasileira, é caracterizado por estações de chuvas abundantes e de secas rigorosas. O lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o pequizeiro fazem parte desse sistema. Um bosque típico, com árvores de troncos retorcidos e cerrados densos, desabrocha com uma miríade de flores durante a estação chuvosa, alimentando uma rede complexa de interações ecológicas.
Na Caatinga, o bioma árido, as plantas e animais prosperam sob a influência de longos períodos de seca. O mandacaru e o tatu-bola são exemplos notáveis, em uma vegetação espinhosa. Seus rios, perenes, oferecem refúgio para uma vida aquática que floresce rapidamente durante as chuvas.
A Mata Atlântica é um tesouro biológico que cobre encostas montanhosas e faixas litorâneas. Sua topografia variada resulta em microclimas distintos, abrigando espécies como o mico-leão-dourado, o muriqui e a palmeira-juçara. Muitas espécies endêmicas enfrentam ameaças constantes devido à fragmentação do habitat.
As Pradarias e Mata de Araucárias também têm papéis essenciais. As pradarias, com vastas extensões de gramíneas, são o lar de animais como o tamanduá-bandeira e o tatu-peba. A Mata de Araucárias, encontrada principalmente na região Sul, abriga espécies como o pinhão e o papagaio-de-peito-roxo.
Nossos ecossistemas únicos são a base de nossa herança natural, contribuindo para a saúde do planeta e fornecendo inspiração e informações para pesquisadores, conservacionistas e artistas.
São chamados de domínios morfoclimáticos as áreas geográficas que apresentam um bioma predominante, com suas típicas características relacionadas ao solo, relevo, clima, vegetação, animais e demais seres vivos. No Brasil, consideramos a existência de seis domínios morfoclimáticos (Amazônico, Atlântico, das Araucárias, das Caatingas, das Pradarias e do Cerrado); e também de áreas de transição. Observe a imagem a seguir para responder às questões 1 e 2.
QUESTÃO 1
Ao completar a legenda da imagem 1, com o nome da cada um dos domínios morfoclimáticos brasileiros, temos, respectivamente:
(A) Amazônico, Atlântico, das Araucárias, das Caatingas, das Pradarias e do Cerrado.
(B) Amazônico, do Cerrado, Atlântico, das Caatingas, das Araucárias e das Pradarias.
(C) Amazônico, Atlântico, do Cerrado, das Araucárias, das Caatingas e das Pradarias.
(D) Atlântico, do Cerrado, das Caatingas, Amazônico, das Pradarias e das Araucárias.
QUESTÃO 2
Nomeie as áreas de transição A, B e C situadas na imagem 1.
QUESTÃO 3
Observe as duas colunas. Acrescente a letra referente ao bioma (primeira coluna) à sua descrição (segunda coluna):
(A) Amazônia (B) Caatinga (C) Cerrado (D) Mata Atlântica (E) Mata de Araucárias (F) Pantanal Mato-Grossense (G) Pradarias/Pampas | ( ) Maior bioma brasileiro. Clima quente e úmido, com chuvas na maior parte do ano. Árvores de grande e menor porte. Solo pobre em nutrientes. Espécies típicas: castanheira e peixe-boi. ( ) Segundo maior bioma brasileiro. Clima quente e seco. Estação seca de maio a setembro e estação chuvosa de outubro a abril. Árvores com tronco retorcido. Solo ácido, rico em alumínio. Espécies típicas: pequizeiro e lobo-guará. ( ) Clima quente e úmido, com chuvas ao longo do ano. Solo raso e pobre em nutrientes. Espécies típicas: orquídeas e mico-leão-dourado. ( ) Clima semiárido; quente e seco. Estação seca, com vegetação esbranquiçada; e estação chuvosa, com plantas com folhas e flores. Solo pedregoso. Espécies típicas: mandacaru e ararinha-azul. ( ) Clima quente, com verão chuvoso e inverno seco. Há constantes inundações, permitindo maior fertilidade do solo no período de seca. Espécies típicas: ingazeiro e tuiuiú. ( ) Temperaturas altas no verão e baixas no inverno, com geadas. Paisagem homogênea e plana. Solo fértil. Apresenta ambientes alagados (banhados) próximo ao litoral. Espécies típicas: gramíneas e veado-campeiro. ( ) Clima úmido, com temperaturas mais baixas. Chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Solo profundo e fértil. Espécies típicas: pinheiro-do-paraná (araucária) e gralha-azul. |
A ordem correta de preenchimento é, respectivamente:
(A) C, A, B, D, E, F e G.
(B) C, A, D, B, E, F e G.
(C) A, B, D, C, F, E e G.
(D) A, C, D, B, F, G e E.
QUESTÃO 3
Ilustre uma paisagem típica do bioma Cerrado, contendo alguns representantes animais e vegetais típicos da região. Não se esqueça de colorir e de inserir legenda, indicando os seres vivos que considerou no seu desenho.
QUESTÃO 4
Tão importante quanto conhecer as características da vegetação de um bioma é reconhecer algumas espécies animais que vivem ali. Dessa maneira, para cada animal indicado a seguir, escreva o nome do bioma no qual ele representa:
A) Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)
B) Peixe-boi (Trichechus inunguis)
C) Tuiuiú (Jabiru mycteria)
D) Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
E) Caboclinho-de-barriga-vermelha (Sporophila hypoxantha)
F) Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii)
QUESTÃO 5
Na questão anterior, são encontrados alguns exemplos de espécies endêmicas, como a ararinha-azul e o peixe-boi.
A) O que são espécies endêmicas e por que elas tendem a ser mais vulneráveis ao risco de extinção?
B) Quais são as principais ameaças que podem afetar essas espécies e a biodiversidade em geral?
QUESTÃO 6
Leia, abaixo, uma adaptação do texto “Escravidão no Brasil Colonial”, de Daniel Neves:
Na fase inicial da colonização brasileira, a escravização indígena foi um componente crucial da exploração colonial. Os colonizadores europeus buscaram mão de obra para atividades econômicas, resultando na captura e escravização de indígenas para a extração de recursos e produção de açúcar. Essa prática, muitas vezes violenta, teve impactos devastadores nas populações indígenas, incluindo perdas culturais e doenças introduzidas pelos europeus.
Ao longo do tempo, a escravização indígena cedeu lugar à escravidão africana, conforme a demanda por mão de obra crescia. Embora tenha ocorrido essa transição, o legado da escravização indígena deixou marcas de resistência na sociedade, na cultura e na política brasileira, ressaltando a complexidade das relações coloniais e seus impactos até os dias atuais.
OpenAI. Bate-papo GPT. Disponível em https://chat.openai.com. Acesso em 28/08/2023.
Situações de vulnerabilidade envolvendo povos indígenas são relatadas desde a época em que Brasil foi descoberto – ou conquistado – por Portugal.
A) Na atualidade, quais são as problemáticas enfrentadas por tais comunidades tradicionais?
B) Como indígenas e demais povos e comunidades tradicionais contribuem para a conservação dos biomas?
C) Realize uma breve pesquisa, fazendo um levantamento de etnias indígenas que vivem no Cerrado brasileiro.
D) Para você, o uso de meios tecnológicos na produção industrial e agrícola impactaram de que maneira as comunidades tradicionais?
E) Em duplas, escrevam um breve manifesto direcionado à população apontando a urgência de se proteger os povos da floresta. Para tal, busquem imagens e argumentos consistentes, como notícias e dados estatísticos.
SAIBA MAIS
Quais são as principais ameaças aos biomas brasileiros? O vídeo a seguir, da professora Mariana Araguaia, aponta os principais desafios relacionados à conservação de tais ecossistemas. Assista com atenção.
Autoria | Mariana Araguaia |
Formação | Ciências Biológicas |
Componentes Curriculares | Ciências da Natureza |
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento | (EJACI0502) Caracterizar os biomas brasileiros de acordo com os aspectos físicos, correlacionando tais características à fauna e flora endêmicas |
Referências | BRASIL. Panorama e Desafios para os Povos Indígenas Diante do Coronavírus. EPSJV Fiocruz. Disponível em <https://www.epsjv.fiocruz.br/podcast/panorama-e-desafios-para-os-povos-indigenas-diante-do-coronavirus>. Acesso em ago. 2022. ______. UFT recebe demandas de comunidades quilombolas. Universidade Federal do Tocantins. Disponível em <https://ww2.uft.edu.br/index.php/es/ultimas-noticias/11314-uft-ouve-demandas-de-comunidades-quilombolas>. Acesso em ago. 2022. CARNEVALLE, Maíra Rosa. Araribá Mais Ciências: 7º ano. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. GOIÂNIA. Documento Curricular para a Rede Municipal de Goiânia – EJA. Secretaria Municipal de Educação e Esporte de Goiânia, 2023. 235p. Disponível em https://sme.goiania.go.gov.br/site/index.php/institucional/documentos-oficiais-2/category/24-eja?download=425:documento-curricular-para-a-rme-de-goiania-eja. Acesso em 23/03/2023. HIRANAKA, Roberta Aparecida Bueno; HORTENCIO, Thiago Macedo de Abreu. Inspire Ciências: 7º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2018. ISPN. Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado. Disponível em <https://ispn.org.br/biomas/cerrado/povos-e-comunidades-tradicionais-do-cerrado/>. Acesso em ago. 2022. KANINDÉ. Líder Indígena Aponta Principais Desafios dos Índios Brasileiros. Disponível em <https://www.kaninde.org.br/lider-indigena-aponta-principais-desafios-dos-indios-brasileiros/>. Acesso em ago. 2022. |