Esta proposta de atividade de Arte/Dança é destinada aos estudantes do 4º Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
Imagem 1: Disponível em: https://flic.kr/p/b71kvt Charlie Llewellin. Acesso em 09, abr. 2024.
O Contato Improvisação, uma técnica de dança que floresceu ao longo de mais de três décadas, é muito mais do que simplesmente mover o corpo. É uma prática que transcende a mera execução de passos, mergulhando fundo na comunicação humana, na consciência corporal e na interação com o ambiente circundante.
No cerne do Contato Improvisação está o diálogo. Um diálogo que se desenrola em múltiplos níveis e direções: do indivíduo consigo mesmo, com seu próprio corpo; do corpo com o espaço ao redor; e do corpo de um dançarino com o de outro, quando se relacionam fisicamente.
A essência da improvisação é vital aqui. É a capacidade de estar presente, consciente das escolhas e da fluidez dos movimentos. Essa técnica não se desenvolve a partir de padrões pré-determinados, mas sim da sensação, da relação sensorial e motora. Assim, a improvisação não é caótica, mas sim organizada por meio de regras básicas, algumas estabelecidas desde o início e outras desenvolvidas com o tempo e a experiência.
Momento de uma aula de Contato Improvisação em grupo.
Imagem 2: Disponível em: https://flic.kr/p/b71nSP Charlie Llewellin. Acesso em 09, abr. 2024.
Dar e receber peso, seguir os pontos de contato, relaxar, cair e rolar – são algumas das diretrizes fundamentais. Estas regras não apenas promovem a consciência corporal e o cuidado mútuo, mas também estimulam a espontaneidade, generosidade e cooperação.
O Contato Improvisação não busca o virtuosismo ou a competição. Em vez disso, valoriza a cooperação e a aprendizagem mútua. Mesmo os dançarinos mais experientes mantêm uma mentalidade de principiante, reconhecendo que há sempre algo novo para aprender, seja com um iniciante ou com um veterano.
Momento de uma aula de Contato Improvisação em grupo.
Imagem 3: Disponível em: https://flic.kr/p/b71L22 Charlie Llewellin. Acesso em 09, abr. 2024.
A prática do Contato Improvisação é uma celebração da diversidade – de corpos, experiências e habilidades. Cada indivíduo traz consigo uma riqueza única para a dança, e é nessa diversidade que reside a verdadeira beleza e riqueza dessa forma de movimento.
Por meio de jams sessions abertas ao público, o Contato Improvisação se estabelece como uma arte social, democrática e inclusiva. É um convite para dançar, compartilhar e aprender, honrando tanto a sabedoria acumulada quanto a infinita capacidade de crescimento e descoberta em cada interação.
QUESTÃO 1
Por que o Contato Improvisação é descrito como uma prática que transcende a mera execução de passos?
QUESTÃO 2
Qual é a importância da mentalidade de principiantes e experientes para os praticantes de Contato Improvisação?
QUESTÃO 3
São algumas das diretrizes fundamentais do Contato Improvisação:
( A ) Seguir um padrão pré-estabelecido de movimentos.
( B ) Competir por prêmios e reconhecimento.
( C ) Dar e receber peso, seguir os pontos de contato, relaxar, cair e rolar.
( D ) Ignorar a diversidade de experiências e habilidades dos participantes.
QUESTÃO 4
No Contato Improvisação é enfatizado como essencial
( A ) a competição entre os dançarinos.
( B ) a repetição de padrões pré-determinados de movimentos.
( C ) a cooperação e a aprendizagem mútua.
( D ) a exclusão de dançarinos iniciantes nas jams sessions.
| Autoria: | Eurim Pablo |
| Formação: | Educação Física e Mestre em Performances Culturais |
| Componente Curricular: | Arte/Dança |
| Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: | (EJAAD0405) Criar, jogar e improvisar movimentos dançados de modo coletivo, buscando ampliar a experiência artística em dança através de propostas temáticas |
| Referências: | BIZERRIL, J. Dança e dialogia: etnografando o contato e improvisação. Cadernos de dança: revista de estudos antropológicos da dança e do corpo, 2003. FORTIN, Sylvie. Educação somática: Novo ingrediente da formação prática em dança. Tradução Márcia Strazacappa. Nouvelles de Dance, 28, p. 15-30, 1996. GIL, José. Movimento Total: O corpo e a dança. São Paulo, Iluminuras, 2004. LE BRETON, D. O corpo acessório In: Adeus ao corpo: antropologia e sociedade, 2003. OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos criativos. Petrópolis: Vozes, 1987. SOARES, Andresa. Improvisação e dança: conteúdos para a dança na Educação Física. Universidade Federal de Santa Catarina: Florianópolis, 1998. |