Esta atividade de Língua Portuguesa tem como base as sequências didáticas propostas pelo Programa Aprender Sempre, da SME-Goiânia, com base no DC/GO – Ampliado e está destinada a estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental.
A intertextualidade acontece quando um determinado texto faz referência a outro, ou a uma situação e/ou acontecimento pré-existente. Em linhas gerais, a intertextualidade é a relação entre textos. Essa referência pode ser explícita ou implícita, ou seja, pode aparecer escrita no texto ou subentendida nas entrelinhas dele.
Dizemos que há intertextualidade explícita quando a relação entre os textos está na superfície do texto, isto é, quando é clara e fácil de ser identificada pelo leitor. Em geral, estabelece uma relação direta com o texto original, ou seja, aquele em que o autor se inspirou para fazer referência, não exigindo um tipo de conhecimento prévio profundo do conteúdo.
Em contrapartida, a intertextualidade implícita pode ser difícil de ser identificada pelo leitor. Sua relação com o texto-base/original é indireta, logo, pode não ser tão clara, não aparecendo na superfície do texto. Isso exige do leitor um conhecimento prévio sobre o conteúdo.
A relação entre os textos pode acontecer de variadas formas. Algumas delas podem ser notadas nas paródias, citações e paráfrases, por exemplo.
Uma paródia pode ser a recriação ou uma nova versão de outra obra escrita, artística, fílmica etc. Basicamente, o diálogo estabelecido com a obra original é, predominantemente, cômico, irônico, crítico, cujas alterações de um conto ou de um quadro, por exemplo, remetem o interlocutor a reconhecer a produção original. Há uma variedade de gêneros textuais que podem ser parodiados, tais como literatura de cordel, tirinhas, poemas, músicas e filmes.
A citação é uma técnica muito usada em textos jornalísticos, acadêmicos, argumentativos e outros, quando há uma cópia fiel de trechos textuais do autor citado. Quando a citação direta do autor é adaptada, isto é, escrita ou dita de outra forma, com outras palavras, mas preservando-se a ideia principal do texto original, temos uma paráfrase. É possível parafrasear obras de arte, textos acadêmicos, músicas, entre outros.
Assista à videoaula do professor Marlon Santos com essa temática.
Responda às questões a seguir.
Observe a seguinte imagem para responder às questões 1 a 3.
QUESTÃO 1
Observando a imagem, é possível relacioná-la diretamente com a história
(A) Branca de Neve.
(B) Rapunzel.
(C) Cinderela.
(D) A Bela Adormecida.
QUESTÃO 2
Quais elementos da imagem se relacionam com a história indicada na questão anterior?
QUESTÃO 3
A intertextualidade acontece quando um determinado texto faz referência a outro, ou a uma situação e/ou acontecimento pré-existente. Essa referência pode ser explícita ou implícita, ou seja, pode aparecer escrita no texto ou subentendida nas entrelinhas dele. No caso da imagem acima, essa referência é explícita ou implícita? Por quê?
Leia os seguintes textos para responder às questões 4 e 5.
Texto 1
A valsa
Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co’as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!…
— Não negues,
Não mintas…
— Eu vi!…
Abreu, Casimiro de. As Primaveras. São Paulo: Ática, 2007, p. 94
Texto 2
A janta
Tu, ontem,
Na janta
A pança,
Enchias
Com alfaces
Brilhosas,
Formosas,
Sem vivo
Pouquito
Molhim;
Na janta,
Tão sonsa,
Não vias
Galinhas,
‘Spaguete,
Croquete,
Picanha,
Farofa,
Geleia
E pudim!
Quem dera
Que saibas
As vezes
Que pratos
Eu louco
Repeti!
Não dera
Nem tempo
De chegar
Em casa…
Que piriri!…
Elaborado pela equipe do NEC/SME – Goiânia
QUESTÃO 4
A partir da leitura dos textos 1 e 2, responda:
A) Explique qual é a situação narrada no texto 1 e no texto 2.
B) Explique como a intertextualidade entre os dois textos acontece.
C) Por que, no texto 2, a palavra “espaguete” está escrita em uma contração?
D) No texto 2, as palavras “pouco” e “molho” estão flexionadas no diminutivo de maneira incorreta, conforme a norma-padrão da língua. Como se justifica o emprego dessa variedade informal da língua no referido texto?
QUESTÃO 5
No último verso do texto 2, a expressão “Que piriri!” significa:
(A) “Que vergonha”.
(B) “Que dor de cabeça”.
(C) “Que dor de barriga”.
(D) “Que bagunça”.
Autoria: | Marlon Santos |
Formação: | Letras – Português |
Componente curricular: | Língua Portuguesa |
Habilidades estruturantes: | (EF89LP05) Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de recurso a formas de apropriação textual (paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou indireto livre). (EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses textos literários e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, Artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e entre o texto original e paródias, trailer honesto, vídeos-minuto, vidding, dentre outros. |
Referências: | GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Educação. Aprender Sempre. 6° ao 9º ano – Ensino Fundamental; Língua Portuguesa; 3° Bimestre; Goiânia, 2022. |