Esta proposta de atividade de Ciências da Natureza é destinada aos estudantes do 9º ano dos anos finais do Ensino Fundamental
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS
A palavra “radioatividade” causa espanto – especialmente se você for morador do Estado de Goiás, já que aqui ocorreu o maior acidente radioativo do país. O acidente com o Césio-137, ocorrido em Goiânia em 1987, é um evento trágico que ressalta a importância do conhecimento sobre a radioatividade e as medidas de proteção radiológica.
O acidente em Goiânia teve suas raízes nas ações imprudentes de pessoas não treinadas na manipulação de materiais radioativos. Duas cápsulas contendo Césio-137 foram encontradas em um equipamento médico abandonado. Quando essas cápsulas foram abertas, liberaram uma quantidade significativa de material radioativo. As consequências deste acidente foram devastadoras: pessoas foram expostas à radiação, resultando em doenças graves, mortes e a necessidade de evacuação e de descontaminação de áreas afetadas. O acidente expôs a falta de conscientização e regulamentação adequadas sobre a manipulação segura de materiais radioativos.
A radioatividade é uma propriedade intrínseca de certos elementos químicos que emitem radiações ionizantes, capazes de causar danos às células vivas. Portanto, a proteção radiológica é fundamental em diversas aplicações, como na medicina diagnóstica e no tratamento de doenças.
Na medicina, ondas de radiação ionizante, como os raios X, desempenham um papel crucial no diagnóstico de condições médicas, permitindo a visualização de estruturas internas do corpo. O avanço tecnológico tornou os equipamentos mais seguros e eficazes, reduzindo a exposição à radiação. Além disso, a ressonância nuclear magnética (RNM) e o ultrassom são técnicas valiosas que não envolvem radiação ionizante, proporcionando diagnósticos precisos.
No tratamento de doenças, a radioterapia usa radiações ionizantes para direcionar células cancerígenas. A cirurgia a laser é menos invasiva, e a tecnologia baseada em luz, como infravermelho e ultravioleta, encontra aplicações em tratamentos e análises médicas.
O avanço tecnológico na medicina tem permitido diagnósticos mais precisos, tratamentos menos invasivos e recuperação mais rápida. No entanto, a tragédia em Goiânia nos lembra que o conhecimento sobre radioatividade e medidas de segurança são fundamentais para evitar acidentes e garantir o uso seguro das radiações, equilibrando o custo-benefício das aplicações radiológicas em benefício da saúde humana.
QUESTÃO 1
As ondas desempenham um papel fundamental na medicina diagnóstica e no tratamento de doenças, impulsionando avanços significativos. Sobre elas, é possível afirmar que
(A) raio-X e radioterapia são procedimentos que utilizam radiações não-ionizantes.
(B) na ressonância nuclear magnética é necessário o uso de radiações ionizantes.
(C) o infravermelho e o ultravioleta são partes do espectro eletromagnético.
(D) na cirurgia ótica a laser e ultrassom são utilizadas radiações do tipo ionizantes.
QUESTÃO 2
Se as radiações ionizantes podem causar alterações celulares, por que mesmo assim elas são usadas, inclusive, em tratamentos de saúde? Explique esse aparente paradoxo. Utilize como exemplo pacientes em tratamento oncológico.
QUESTÃO 3
Certamente você já ouviu falar sobre o acidente com o Césio-137, na capital de Goiás, o maior acidente radioativo do país, que ocorreu há mais de 35 anos. Sobre ele, responda às questões a seguir. Como sugestão, ouça ao podcast a seguir:
Link podcast: https://www12.senado.leg.br/radio/1/conexao-senado/2022/09/13/dedo-de-prosa-cesio-137-tragedia-em-goiania-completa-35-anos
A) Escreva resumidamente o ocorrido.
B) Você acha que, de alguma forma, houve falhas no controle dessa contaminação? Explique.
C) Em quanto tempo, aproximadamente, o material radioativo relativo ao Césio-137 não oferecerá mais riscos à população?
QUESTÃO 4
Como formas de proteção dos efeitos das radiações ionizantes, como o Césio-137, podemos citar (a) minimizar/evitar a exposição, (b) manter a distância da fonte de radiação e (c) usar blindagem. Sobre este último item, podemos citar como materiais que blindam as radiações ionizantes
(A) ouro e diamante.
(B) aço e alumínio.
(C) chumbo e concreto.
(D) água e níquel.
SAIBA MAIS
Qual é a relação entre o Césio e o Chumbo? O vídeo da professora Mariana Araguaia apresentará essa resposta. Vamos assisti-lo?
Autoria: | Mariana Araguaia |
Formação: | Ciências Biológicas |
Componente Curricular: | Ciências da Natureza |
Habilidade: | (EF09CI06-B) Analisar informações sobre o acidente com o Césio-137, ocorrido em Goiânia, discutir as causas e consequências. (EF09CI06-C) Reconhecer a importância da radioatividade e as medidas de proteção radiológica. (EF09CI07-A) Identificar as aplicações das ondas na medicina diagnóstica, em raios X, ultrassom, ressonância nuclear magnética, discutindo o papel do avanço tecnológico no tratamento de doenças: radioterapia, cirurgia ótica a laser, infravermelho, ultravioleta. |
Referências | BRASIL. Radioterapia. Instituto Nacional de Câncer. Disponível em <https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/radioterapia>. Acesso em 19/09/2023. CARNEVALLE, M. R. Araribá mais Ciências: 9º ano: ensino fundamental: anos finais. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. 272 p. FARIA, Adriano; CARVALHO, Jeziel. Dedo de Prosa: Césio-137, tragédia em Goiânia completa 35 anos. Rádio Senado. Disponível em <https://www12.senado.leg.br/radio/1/conexao-senado/2022/09/13/dedo-de-prosa-cesio-137-tragedia-em-goiania-completa-35-anos>. Acesso em 19/09/2023. GOIÁS. Documento Curricular para Goiás – Ampliado. Volume III Ensino Fundamental Anos Finais. Disponível em <https://sme.goiania.go.gov.br/site/index.php/institucional/documentos-oficiais-2/category/27-documentos-gerais>. Acesso em 31/08/2023. ______. Documento Curricular para Goiás – Ampliado – Cortes Temporais. CONSED; UNDIME, 2019. p. 143. Disponível em: <sme.goiania.go.gov.br/site/index.php/institucional/documentos-oficiais-2>. Acesso em 31/08/2023. HIRANAKA. R. A. B.; HORTENCIO, T. M. A. Inspire Ciências: 7º ano: ensino fundamental: anos finais. 1. ed. São Paulo: FTD, 2018. 256 p. |