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História – Antiguidade Clássica: para quê e para quem?

Esta é uma proposta de atividade de História com base no DC/GO – Ampliado e é destinada aos estudantes do 6º Ano do Ensino Fundamental Anos Finais.

Antiguidade Clássica: para que e para quem?

O conceito de antiguidade clássica, que abrange principalmente as civilizações grega e romana, tem sido historicamente valorizado como uma fonte de inspiração para a compreensão da cultura, política, filosofia e arte. No entanto, ao trazer esse conceito para os dias de hoje, é crucial problematizar a sua relevância e examinar como a idealização dessa era pode ser limitadora e excludente.

O Discóbolo de Míron, uma das mais conhecidas obras da arte grega. Cópia em bronze da Gliptoteca de Munique.

Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_da_Gr%C3%A9cia_Antiga#/media/Ficheiro:Roman_bronze_copy_of_Myron%E2%80%99s_Discobolos,_2nd_century_CE_(Glyptothek_Munich).jpg>. Acesso em: 27 dez. 2023.

Em primeiro lugar, a noção de antiguidade clássica frequentemente evoca imagens de democracia ateniense e de grandiosidade romana, deixando de lado as complexidades e as contradições dessas sociedades. A ênfase excessiva em aspectos positivos pode levar a uma simplificação da compreensão histórica, obscurecendo questões como a escravidão, a exclusão de mulheres e a falta de participação política para grande parte da população.

Pont du Gard, França

Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_da_Roma_Antiga#/media/Ficheiro:Pont_du_gard.jpg>. Acesso em: 27 dez. 2023.

Além disso, ao se apegar à antiguidade clássica como um ideal cultural, pode-se negligenciar as contribuições significativas de outras culturas e civilizações ao longo da história. Isso perpetua uma perspectiva eurocêntrica que marginaliza as experiências e realizações de grupos não europeus, contribuindo para uma narrativa global desigual.

Ilustração From the Cape to Cairo de Udo Keppler. Britânia carrega uma grande bandeira branca escrita “Civilização” e avança sobre indígenas, que portam uma bandeira escrita “Barbárie”.

Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Eurocentrismo#/media/Ficheiro:From_the_Cape_to_Cairo_-_Keppler._LCCN2010652189.jpg>. Acesso em: 27 dez. 2023.

Outro ponto a ser considerado é como a idealização da antiguidade clássica pode ser utilizada de forma seletiva para justificar agendas políticas contemporâneas. Políticos e movimentos podem se apropriar de símbolos e valores da antiguidade clássica para legitimar suas posições, muitas vezes ignorando o contexto original e reinterpretando esses elementos de acordo com suas próprias narrativas. Além disso, a própria ideia de “antiguidade” pode ser questionada quando aplicada aos dias de hoje. A rapidez das mudanças sociais, tecnológicas e culturais nos tempos modernos cria um contraste marcante com a estabilidade percebida na antiguidade clássica. A aplicação literal dos conceitos daquela época para os dias de hoje pode ser anacrônica e inadequada.

Em síntese, problematizar o conceito de antiguidade clássica para os dias de hoje requer uma análise crítica das simplificações, exclusões e apropriações que frequentemente acompanham essa idealização. É fundamental reconhecer a diversidade de experiências históricas, culturais e sociais, questionando a narrativa unidimensional que muitas vezes é associada à antiguidade clássica.

Questão 1

A democracia foi criada em Atenas, porém nem todos eram considerados cidadãos, e apenas uma pequena parcela da população tinha participação política. Quem era considerado cidadão em Atenas?

Questão 2

Identifique quem era:

  1. Patrício 
  2. Plebeu na sociedade romana.

Questão 3

A Democracia que vivemos em nosso país é diferente da Democracia Grega. Faça uma pesquisa sobre as diferenças, anote- as e compartilhe com seus colegas suas conclusões.

Questão 4

Para você qual é a importância do voto em nossa sociedade? 

Questão 5

Quais ações podemos tomar como cidadãos, para aperfeiçoar a nossa sociedade democrática?

Questão 6

A democracia ateniense, frequentemente citada como um marco na história política, foi caracterizada por uma forma de participação direta dos cidadãos nas decisões do Estado. Contudo, ao analisar esse sistema, é possível levantar questões críticas sobre sua natureza inclusiva e participativa.

Como podemos problematizar a natureza democrática da Atenas antiga?

(A) Inclusão Excludente

(B) Decisões Unilaterais

(C) Estabilidade Temporária

(D) Limitações Tecnológicas

Questão 7

O debate contemporâneo sobre os modelos de democracia transcende a dicotomia entre democracia representativa e participativa, explorando novas abordagens para a governança e a participação cidadã.

Como as sociedades modernas estão extrapolando os limites dos conceitos tradicionais de democracia representativa e participativa?

(A) Democracia Direta Virtual

(B) Democracia Deliberativa

(C) Participação em Redes Sociais

(D) Democracia Ecológica

      SAIBA MAIS

Aperte o play e se divirta com o conhecimento, descobertas e desafios propostos neste vídeo.

Canal Uilson Duarte. ” Atividade 6 – Antiguidade Clássica para quê e para quem?”. Disponível em: <https://youtu.be/TU7VPNOXNZ4>. Acesso em: 29 abr. 22.”

Acesse os materiais referentes a essa atividade clicando aqui:hhttps://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/propostas_didaticas/propostas-didaticas-historia-6-ano/


Autoria:Prof. Esp.: Uilson Silva Duarte
Formação:Licenciado em História e Pedagogia
Componente Curricular:História
Habilidade:(EF06HI09) Discutir o conceito de Antiguidade Clássica, seu alcance e limite na tradição ocidental, assim como os impactos sobre outras sociedades e culturas.
(GO-EF06HI09-A) Identificar e comparar os aportes culturais, científicos, sociais e econômicos do Ocidente Clássico com as antigas civilizações da Antiguidade Africana, do Oriente e das Américas.
Referências:Franco Júnior, Hilário, A Idade Média, nascimento do ocidente. — São Paulo: Brasiliense, 2005.
Funari, Pedro Paulo. Grécia e Roma. – 6. ed. – São Paulo: Contexto, 2018.História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas / Leandro Karnal (otg.)-6. ed., 1ª Reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2010.
Perry, Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo; tradução Beatriz Sidou.–São Paulo: Brasiliense, 2000.