You are currently viewing ARTE – Meu quintal é maior que o mundo – Folhas do meu quintal

ARTE – Meu quintal é maior que o mundo – Folhas do meu quintal

Olá, estudante!
Esta videoaula de Artes foi veiculada na TV no dia 08/06/2021 (Terça-feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.


Estamos começando hoje um novo projeto: “Meu quintal é maior que o mundo”, para falar que o nosso quintal ou nossa casa podem ser maiores que o mundo (se tivermos muita criatividade).


Assista a videoaula abaixo, com a temática – Caderno do Artista

ARTES | 7º ANO | ENSINO FUNDAMENTAL | PROF.: POLLYANNA BRITO

Meu quintal é maior que o mundo

Estamos trabalhando em nosso caderno do artista. E a partir de hoje, vamos começar a explorar mais elementos. Talvez, nunca tenhamos passado tanto tempo em casa como agora. E sim, tem sido muito difícil! Dá saudades de visitar os amigos, brincar na rua, ir a   festas de aniversário, viajar… tantas coisas! E você?  Por isso, estamos começando uma série de aulas para falar que o nosso quintal, ou como a nossa casa pode ser maior que o mundo (Se tivermos muita criatividade)! Essa série de aulas inspira-se no poema de Manoel de Barros: 


           O apanhador de desperdícios

“Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo” 

– Manoel de Barros –


O que achou desse poema de Manoel de Barros?  Ele nos conta que o seu quintal é maior do que o mundo! E que presta atenção aos detalhes da vida! Passarinhos… e insetos! Há um universo inteiro dentro da sua casa!! Temos aprendido aqui que é possível fazer arte com os mais diversos materiais! 


Vik Muniz, Fotógrafo, desenhista, pintor e gravador nos ensina muito sobre isso. 

 Muniz é um dos mais renomados artistas plásticos brasileiros da atualidade. Suas obras são reconhecidas mundialmente pela criatividade na escolha de materiais inusitados. Ele possui trabalhos expostos nos principais museus de arte, como o Metropolitan, o Whitney e o MoMa, em Nova York, e o Reina Sofia, em Madrid. Cursou publicidade e propaganda na Fundação Armando Alvares Penteado, em São Paulo, e a partir de 1983 passou a viver e trabalhar em Nova York.

O artista busca na fotografia a expressão para questões de representação da realidade. Seu processo de trabalho consiste em compor as imagens com os materiais escolhidos – como restos de comida, sucata, resíduos de obras e açúcar, por exemplo – normalmente instáveis e perecíveis e fotografá-las. Nessas séries, as fotografias, em edições limitadas, são os produtos finais.  

Vik Muniz atua como ativista social e embaixador da Boa Vontade da Unesco desde 2011. Ele acredita que criar algo totalmente novo não deve fazer parte da ambição do artista, e que a arte dá significado à vida, permitindo uma visão mais lúdica do mundo e ensinando as pessoas a verem e a interpretarem melhor as suas realidades.

Em sua série Sugar Children (Crianças de Açúcar), de 1996, Vik organiza composições visuais de crianças (filhas de trabalhadores de uma plantação de açúcar em St. Kitts) que fotografou, utilizando para tanto, papel preto e vários tipos diferentes de açúcar.


Imagem 1: série Sugar Children (Crianças de Açúcar), de 1996. Vik Muniz.
Disponível em:https://www.culturagenial.com/vik-muniz-obras/,  Acessado em: 02 de junhol de 2021.

Vik fotografou essas crianças e depois reconstituiu os contornos usando somente açúcar, elemento que faz parte do cotidiano desses jovens. O açúcar é uma referência tanto a doçura e a pureza das crianças como ao material que as condena a pobreza. 

Em 1992 o artista passou as férias na ilha de St. Kitts e brincava com as crianças locais em uma praia de areia preta. Estas eram crianças de plantações de açúcar. No seu último dia elas o levaram para conhecer seus pais e o artista se surpreendeu com o quão tristes e cansados eles estavam. Como essas crianças se tornaram esses adultos? Concluiu, que a vida havia tirado a doçura deles. Esses retratos em açúcar agora estão em várias coleções importantes, mas também na pequena biblioteca da escola infantil de St. Kitts. “Eu devo muito a essas crianças” comenta o artista. 

Todos nascemos criativos, mas o fato, é que essa tal de criatividade precisa ser incentivada!  Nutrida! Que tal desenvolvermos uma atividade com folhas secas para deixarmos nosso caderno do artista ainda mais elaborado? Folhas que você pode encontrar no quintal, ou mesmo na rua de sua casa. Vamos ver alguns exemplos?! 


Folhas, Paisagem, Ponte, Iskele, Folhas Secas, Natureza
Imagem 2: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/folhas-paisagem-ponte-iskele-2313973/. Acessado em: 20 de abril de 2021.

Imagem 3

Imagem 4
Imagem 3 e 4: Producoes dos estudantes da Escola Municipal Recanto do Bosque. Lohana Carneiro Pereira. Turma D1 e Joao Victor Souza Lustosa. D1.

Imagem 5:
Producoes dos estudantes da Escola Municipal Recanto do Bosque. Ana Laura Sena. D2.
Imagem 6
Imagem 7
Imagem 6 e 7: Producoes dos estudantes da Escola Municipal Recanto do Bosque. Lays Fernandes. D2. Joyse Patricia.

 Atividade Agora é a sua vez! Elabore uma linda composição com folhas, a exemplo dos modelos acima, e crie uma narrativa, um pequeno texto de pelo menos um parágrafo, contando nos uma história sobre o desenho que criou. 

Vai lá! Solte sua imaginação! O artista agora é você! 


Professor, essa aula segue a Matriz Curricular das Habilidades Estruturantes 2021-2021. Foi elaborada no ano de 2020, com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia da Covid-19 e segue as orientações de flexibilização curricular para o biênio 2020/2021 (Ofício Circular 147/2020 Dirped).


Habilidade estruturante

(GO-EF07AR05-A) Distinguir, explorar, compreender e empregar diferentes formas de expressão artística, bidimensionais e tridimensionais, existentes, tais como desenhos: pinturas, gravuras, colagens, HQ, zines, memes, intervenções artísticas, dobraduras, esculturas, modelagens, instalações, vídeos, fotografias, performances, grafite, tecelagens, entre outras possibilidades expressivas. Fazer uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos, técnicas convencionais e não convencionais, enquanto componentes fundamentais para ampliar as experiências artísticas, assim como seu repertório imagético, estético e sensível nas produções em contexto. 

Referências – Texto elaborado com fins pedagógicos. Disponível em: https://www.fronteiras.com/portoalegre/conferencia/vik-muniz. Acessado em: 10 de abril de 2021.