Esta atividade de Língua Portuguesa tem como base as sequências didáticas propostas pelo Programa Aprender Sempre, da SME-Goiânia, com base no DC/GO – Ampliado e está destinada a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental.
Para escrever bons textos narrativos, há uma série de estratégias e recursos linguísticos da língua portuguesa que o escritor pode utilizar. O emprego de sinônimos, antônimos e homônimos colabora para o enriquecimento da linguagem, confere profundidade aos personagens e auxilia na construção de ambientes e atmosferas narrativas mais ricas e envolventes.
A sinonímia se refere à relação entre palavras que têm significados semelhantes ou idênticos, os sinônimos. Esses termos podem ser intercambiáveis em determinados contextos sem alterar significativamente o sentido da mensagem. Por exemplo:
“Casa” e “lar” são sinônimos, ambos significam o lugar onde alguém mora.
“Rápido” e “veloz” são sinônimos, ambos expressam alta velocidade.
A antonímia, por sua vez, diz respeito à relação entre palavras com significados opostos ou contrários, os antônimos. Nesse sentido, os antônimos são termos que expressam ideias opostas. Exemplos incluem:
“Grande” e “pequeno” são antônimos, um representa tamanho considerável e o outro, diminuto.
“Frio” e “quente” são antônimos, um expressa baixa temperatura e o outro, alta temperatura.
Os homônimos são palavras que possuem a mesma forma, mas têm significados diferentes. Os casos de homonímia podem ser homógrafas (com grafia igual) ou homófonas (com pronúncia igual), mas têm sentidos distintos. Exemplos:
“Manga” pode ser uma fruta ou a parte de uma blusa.
“Banco” pode ser um assento ou uma instituição financeira.
A utilização da sinonímia, antonímia e homonímia possibilitam ao escritor uma gama mais ampla de escolhas vocabulares, permitindo a precisão na transmissão de emoções, ambientes e características dos personagens. Usar sinônimos ajuda a evitar repetições excessivas, criando variações e nuances no texto. Por outro lado, a antonímia pode ser utilizada para criar contrastes e tensões, ampliando os conflitos ou acentuando características opostas de personagens ou situações. Já os homônimos podem ser explorados de forma criativa, gerando trocadilhos, jogos de palavras e ambiguidades que despertam o interesse do leitor.
Responda às questões a seguir.
Leia o poema de Casimiro de Abreu para responder às questões 1 a 3.
Canção do Exílio I
Eu nasci além dos mares:
Os meus lares,
Meus amores ficam lá!
– Onde canta nos retiros
Seus suspiros,
Suspiros o sabiá!
.
Oh que céu, que terra aquela,
Rica e bela
Como o céu de claro anil!
Que seiva, que luz, que galas,
Não exalas
Não exalas, meu Brasil!
.
Oh! que saudades tamanhas
Das montanhas,
Daqueles campos natais!
Daquele céu de safira
Que se mira,
Que se mira nos cristais!
.
Não amo a terra do exílio,
Sou bom filho,
Quero a pátria, o meu país,
Quero a terra das mangueiras
E as palmeiras,
E as palmeiras tão gentis!
.
Como a ave dos palmares
Pelos ares
Fugindo do caçador;
Eu vivo longe do ninho,
Sem carinho;
Sem carinho e sem amor!
.
Debalde eu olho e procuro…
Tudo escuro
Só vejo em roda de mim!
Falta a luz do lar paterno
Doce e terno,
Doce e terno para mim.
.
Distante do solo amado
– Desterrado –
A vida não é feliz.
Nessa eterna primavera
Quem me dera,
Quem me dera o meu país!
ABREU, Casimiro de. As primaveras. Domínio público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000163.pdf>
QUESTÃO 1
O poema do poeta romântico Casimiro de Abreu versa sobre:
(A) a saudade que o eu lírico tem dos natais.
(B) a saudade que o eu lírico tem de sua terra, o Brasil.
(C) os amores além dos mares.
(D) as riquezas da terra do exílio.
QUESTÃO 2
Releia a seguinte estrofe do poema:
Oh que céu, que terra aquela,
Rica e bela
Como o céu de claro anil!
Que seiva, que luz, que galas,
Não exalas
Não exalas, meu Brasil!
(A) Reescreva a estrofe substituindo os adjetivos por antônimos.
(B) Que sentido foi obtido no texto que você alterou na questão anterior?
(C) Em uma eventual mudança dos adjetivos da estrofe, mas mantendo o mesmo sentido das palavras, quais sinônimos poderiam ser empregados no texto?
QUESTÃO 3
Releia a seguinte estrofe do poema:
Debalde eu olho e procuro…
Tudo escuro
Só vejo em roda de mim!
Falta a luz do lar paterno
Doce e terno,
Doce e terno para mim
Na estrofe acima, as palavras “olho” e “vejo” podem ser consideradas sinônimas. Levante hipóteses: Quais efeitos o emprego das duas formas causa no texto?
QUESTÃO 4
Leia o texto a seguir:
No interior daquela antiga fazenda, a avó preparava o doce de jaca com uma calma invejável. Enquanto a jaca cozinhava lentamente na panela, o neto corria pelo pomar, tentando pegar uma manga madura. A cada tentativa, uma risada escapava dos lábios do menino.
De repente, um barulho estrondoso ecoou pelo ar. O neto, surpreso, olhou para cima e viu um grande bando de aves cortando o céu. Eram os gansos, que migravam naquela época do ano.
— Vovó, olha os gansos passando! — exclamou o menino.
A avó, que ainda mexia o doce, olhou brevemente para cima e sorriu.
— Sim, eles sempre passam por aqui. É a natureza seguindo seu ciclo.
Enquanto isso, na varanda, um vaso de flores caiu sem aviso, assustando uma das galinhas do quintal. Com o susto, ela soltou um cacarejo estridente e correu para se esconder no galinheiro.
O menino ajudou a avó a recolher os cacos do vaso enquanto ela terminava o doce de jaca. Ao final, a cozinha estava perfumada com o aroma doce e delicioso que se espalhava pelo ar.
Uma palavra homônima retirada do texto acima é:
(A) manga.
(B) sempre.
(C) menino.
(D) grande.
Autoria: | Marlon Santos |
Formação: | Letras – Português |
Componente Curricular: | Língua Portuguesa |
Habilidade: | (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto do campo Artístico-Literário, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto). |
Referências: | GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Educação. Aprender Sempre. 6° ao 9º ano – Ensino Fundamental; Língua Portuguesa; 4° Bimestre; Goiânia, 2023. |