História – Os períodos monárquicos e republicanos da Roma Antiga

Esta proposta de atividade de HISTÓRIA é destinada aos estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental anos iniciais.

Fonte: Sandro Botticelli: A História de Lucretia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucr%C3%A9cia_(Roma)#:~:text=Lucr%C3%A9cia%20(%3F,um%20reino%20para%20uma%20rep%C3%BAblica.>. Acesso em 19 de set. de 2024.

Os períodos monárquicos e republicanos da Roma Antiga

A Roma Antiga passou por diversas fases ao longo de sua história, sendo duas delas a Monarquia e a República. Essas fases foram marcadas por diferentes formas de organização política e social que moldaram a sociedade romana e influenciaram civilizações futuras. Compreender essas características é essencial para entender a complexa trajetória da Roma Antiga.

Período Monárquico (753 a.C. – 509 a.C.)

Roma teria sido fundada, segundo a lenda, por Rômulo em 753 a.C. A Monarquia romana foi um período inicial da civilização romana, caracterizado pelo governo de reis. Durante essa fase, Roma era governada por sete reis, alguns lendários, que exerciam tanto o poder militar quanto o religioso.

Organização política

O rei tinha poderes amplos e era o líder militar, chefe religioso e administrador da justiça. Abaixo do rei, existia o Senado, uma assembleia composta pelos patrícios, os grandes proprietários de terra. Embora o Senado aconselhasse o rei, não tinha poder para impor suas decisões. Outra instituição importante era a Assembleia Curiata, que representava os cidadãos e podia ser convocada para decisões políticas e religiosas, mas sua influência era limitada.

Organização social

A sociedade era dividida em patrícios, que eram os nobres, grandes proprietários de terras, e os plebeus, que eram os camponeses, artesãos e comerciantes com menos direitos políticos. Existia também a escravidão, embora não tão massiva quanto nas épocas posteriores.

A queda da Monarquia Romana

A Monarquia terminou em 509 a.C. quando o último rei, Tarquínio, o Soberbo, foi deposto em meio a revoltas populares. Esse evento marcou a transição para a República.

Período Republicano (509 a.C. – 27 a.C.)

Com a queda da Monarquia, Roma se tornou uma República, e a estrutura de governo passou a ser mais complexa e voltada para o equilíbrio entre as classes sociais, embora com grandes disputas de poder.

Cícero denuncia Catilina no Senado Romano por Cesare Maccari

Fonte: Pintura de Cesare Maccari. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cicero_Denounces_Catiline_in_the_Roman_Senate_by_Cesare_Maccari_-_3.jpg>. Acesso em 18 de set. de 2024.

Organização política

Magistraturas: O poder executivo era exercido por magistrados, entre eles os dois cônsules, eleitos anualmente, que tinham poderes administrativos e militares. Eles substituíram o rei como chefes do governo.

Senado: Durante a República, o Senado tornou-se a principal instituição política de Roma. Seus membros eram patrícios e, com o tempo, alguns plebeus ricos também. O Senado aconselhava os magistrados e exercia grande influência nas decisões políticas e militares.

Assembleias: As assembleias populares, como a Assembleia das Centúrias e a Assembleia Tribal, foram criadas para dar voz aos cidadãos. No entanto, o poder dos patrícios continuou prevalecendo, gerando descontentamento entre os plebeus.

Conflitos sociais e expansão

Conflito de Ordens: Um aspecto marcante da República foi a luta entre patrícios e plebeus, conhecida como “Conflito das Ordens”. Os plebeus reivindicavam mais direitos políticos e, após várias décadas de disputas, conseguiram conquistas como o acesso a cargos públicos e a criação do Tribunal da Plebe.

Conquista Romana

Fonte: Conquista Romana da Itália. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Roman_conquest_of_Italy_(pt).svg>. Acesso em 19 de set. de 2024.

Expansão territorial: A República foi marcada por uma grande expansão militar, que resultou na conquista de vastos territórios e na transformação de Roma em uma potência no Mediterrâneo. Isso também trouxe mudanças sociais, como o aumento da escravidão e o surgimento de uma classe de ricos proprietários de terras.

Legado e impacto dos períodos Monárquico e Republicano de Roma

Os períodos monárquico e republicano de Roma foram marcados por profundas transformações políticas e sociais. Na Monarquia, o poder era centralizado nas mãos dos reis e dominado pelos patrícios. Na República, houve um esforço para equilibrar o poder entre patrícios e plebeus, mas a concentração de poder nas mãos da elite continuou, gerando conflitos internos. Essas fases não só moldaram a história de Roma, mas também influenciaram o desenvolvimento de sistemas políticos em civilizações posteriores.

RESPONDA ÀS QUESTÕES

QUESTÃO 01

A divisão entre patrícios e plebeus criou muitas tensões em Roma Antiga. Pensando nas conquistas que os plebeus conseguiram ao longo do tempo, como o direito de eleger seus próprios representantes, você acha que essas mudanças melhoraram a vida de todos os romanos? Explique.

QUESTÃO 02

Na Roma Antiga, os plebeus lutaram por direitos políticos, como a criação do Tribuno da Plebe para representá-los. Hoje, em muitas sociedades, diferentes grupos também lutam por mais direitos e igualdade. Pensando nisso, você consegue identificar alguma semelhança entre as lutas dos plebeus na Roma Antiga e as lutas de grupos que buscam mais direitos na atualidade? Como essas lutas impactam a sociedade?

QUESTÃO 03

A Monarquia terminou em 509 a.C. quando o último rei, Tarquínio, o Soberbo, foi deposto em meio a revoltas populares. Esse evento marcou a transição para a República. Sendo assim, a principal mudança política na transição de Roma do período monárquico para o republicano foi

(A) o poder do rei foi ampliado, dando mais autonomia aos nobres.

(B) o governo que passou a ser liderado por dois cônsules, eleitos anualmente.

(D) o Senado, que foi extinto e substituído por uma Assembleia de Comerciantes.

QUESTÃO 04

(A) plebeus, homens escravizados e mulheres que foram eleitos pelo povo, escravos e soldados.

(B) comerciantes das áreas urbanas de Roma e agricultores latifundiários, indicados pelo rei.

(D) aristocratas romanos que exerciam influência política por meio de cargos vitalícios.

Autoria:	Prof. Me.: Gabriel Ramos Paiva
Formação:	Licenciatura em Geografia; Bacharelado em Geografia; Licenciatura em Pedagogia; Mestre em Geografia pelo IESA-UFG.
Componente Curricular:	História
DCGO – AMPLIADO (1º corte) Habilidades:	(EF06HI11) Caracterizar o processo de formação da Roma Antiga e suas configurações sociais políticas nos períodos monárquico e republicano.
Matriz de habilidades essenciais:	Identificar as principais características sociais e políticas dos períodos monárquicos e republicanos da Roma Antiga.
Referências:	CORASSIN, Maria Luiza. O Cidadão Romano na República. Projeto História, São Paulo, n.33, p. 271-287, dez. 2006. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/revph/article/download/2295/1389.Acesso>. Acesso em 18 de set. de 2024.