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História – O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias: Eurocentrismo e a descolonização de saberes e conhecimentos de povos e culturas no contexto das grandes navegações.

Olá, educando (a). Esta videoaula de História foi veiculada na TV no dia 06/04/2021 (Terça-Feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade.

Nesta aula identificaremos o porquê Portugal foi pioneiro nas chamadas “Grandes Navegações” e analisaremos a mentalidade europeia quanto ao grande mar e o fim do mundo.

Temática – O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias: Eurocentrismo e a descolonização de saberes e conhecimentos de povos e culturas no contexto das grandes navegações. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:20000_squid_holding_sailor.jpg>.

Assista a videoaula abaixo, com a temática – O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias: Eurocentrismo e a descolonização de saberes e conhecimentos de povos e culturas no contexto das grandes navegações.

AGRUPAMENTO G | 7º ANO | CICLO DA ADOLESCÊNCIA |HISTÓRIA | PROF.: UILSON 

Impactos da modernidade e das Grandes Navegações

Essa transformação no pensamento gerou em muitos europeus um sentimento de superioridade. Eles passaram a acreditar que eram mais racionais, civilizados, cultos e evoluídos que os demais povos do mundo.

Na época das Grandes Navegações, a conquista e a dominação de povos nativos de outros continentes pelos europeus tinham respaldo dessa percepção de modernidade do século XVI, que colocava a Europa como modelo de civilização a ser seguido.

 AS GRANDES NAVEGAÇÕES OU EXPANSÃO MARÍTIMA 

Grandes Navegações é o nome dado ao conjunto de expedições marítimas realizadas principalmente por portugueses e espanhóis entre os séculos XV e XVI. Nessas expedições, os europeus se lançaram ao mar em busca de novos territórios, de especiarias e de metais preciosos. Até o início do século XV, o comércio de especiarias na Europa era quase todo feito por mercadores árabes e italianos.

De acordo com Amado e Garcia (1989, p. 14, apud Dias, 2020), “[No século XV], […] a Europa já negociava com o Norte da África e a Ásia, inclusive com o Extremo Oriente. Como as distâncias entre esses locais eram enormes e os europeus não controlavam sozinhos todas as rotas, havia uma série de intermediários no comércio. Os principais intermediários eram os árabes […], que traziam a maioria das mercadorias até as cidades italianas, como Veneza, Gênova, Pisa etc. Daí os produtos eram distribuídos por toda a Europa […]. Passando por tantas mãos, as mercadorias chegavam muito caras aos destinos. […]”Causas: busca de especiarias nas Índias; busca de metais preciosos; tentativa de romper o monopólio comercial das cidades italianas; expansão da fé cristã (justificativa); fortalecimento das monarquias nacionais e desenvolvimento da política mercantilista; Renascimento cultural; surgimento de novos aparelhos para a navegação (bússola, astrolábio, caravela, desenvolvimento da cartografia…);

Pioneirismo português:

centralização prematura;

burguesia mercantil atuante; 

posição geográfica estrategicamente favorável.

Fonte: DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. PNLD 2020.

As rotas das navegações

Os europeus desenvolveram uma tecnologia de navegação que permitiu a realização de grandes viagens marítimas. Observe, no mapa, as principais rotas das Grandes Navegações.

Fonte: DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. PNLD 2020.

  As principais viagens: 

1415: Ceuta (POR);

1498: Índias (via África) – Vasco da Gama (POR); 

1500: Brasil – Pedro Álvares Cabral (POR); 

1519: Circunavegação – Fernão de Magalhães (ESP); 

O caminho marítimo para as Índias

Portugueses e espanhóis foram os primeiros a tentar encontrar um caminho marítimo ligando a Europa e as Índias.

 A chegada ao sul da África

 Os portugueses fizeram grandes esforços para encontrar um caminho marítimo para as Índias. Eles enviaram várias expedições, que percorreram o litoral ocidental da África, entrando em contato com as populações locais e tomando conhecimento da geografia e das correntes marítimas. Isso possibilitou um aprimoramento dos mapas e abriu caminho para que novos marinheiros se aventurassem pelo oceano Atlântico. Conhecendo algumas informações básicas sobre o litoral africano e suas correntes marítimas, os portugueses foram cada vez mais longe, até que, em 1487, uma expedição comandada por Bartolomeu Dias ultrapassou o cabo das Tormentas, nome dado pelos portugueses a uma região no extremo sul do continente africano. Animado com a conquista, o rei português D. João II mudou o nome do lugar para cabo da Boa Esperança e investiu em uma nova expedição exploradora.

A chegada à América

Os reis espanhóis, por sua vez, apoiaram uma expedição que também tinha o objetivo de encontrar um caminho marítimo para as Índias. Comandada por Cristóvão Colombo, essa expedição saiu do porto de Palos, na Espanha, em agosto de 1492. Ele sabia que a Terra é redonda e acreditava que seria possível chegar às Índias navegando sempre na direção oeste. Em 12 de outubro, pouco mais de dois meses após a partida, Colombo desembarcou no território que acreditou se tratar das Índias. Ele, na verdade, estava equivocado, pois havia chegado a um continente até então desconhecido dos europeus, o qual, mais tarde, seria chamado América.

Observe a imagem e responda as questões em seu caderno!

Fonte: DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. PNLD 2020

O Tratado de Tordesilhas

Logo após a chegada de Colombo à América, os reis espanhóis tentaram garantir a posse do território para a Espanha. Eles recorreram ao papa Alexandre VI, que, em maio de 1493, publicou a chamada bula Inter Coetera. Essa bula estabelecia uma linha imaginária localizada a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde: as terras encontradas a leste dessa linha seriam portuguesas e as terras a oeste seriam espanholas. Insatisfeito com essa partilha, o rei de Portugal propôs que a linha divisória ficasse a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, aumentando a área de domínio português. Esse acordo, conhecido como Tratado de Tordesilhas, foi assinado pelos reis de Portugal e Espanha, em 1494.

Fonte: DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. PNLD 2020

A chegada às Índias

Poucos anos depois, em 1497, o governo português enviou uma nova expedição para tentar finalmente chegar às Índias por um caminho marítimo. Essa expedição, comandada por Vasco da Gama, atingiu seu objetivo, chegando à cidade de Calicute, na Índia, em 1498. Os portugueses negociaram com os indianos e voltaram para Portugal com os navios repletos de especiarias e artigos de luxo. Foram recebidos como verdadeiros heróis em sua terra natal.

 A chegada ao Brasil

Com o sucesso da expedição de Vasco da Gama, os governantes portugueses enviaram uma nova expedição para buscar especiarias e estabelecer contatos comerciais com os indianos. Essa expedição, composta por 13 embarcações, partiu de Portugal sob o comando de Pedro Álvares Cabral. Antes de chegar ao seu destino, no entanto, a expedição se afastou demais da costa africana e acabou chegando ao litoral do atual estado da Bahia, no Brasil, em 22 de abril de 1500. Os portugueses permaneceram neste território cerca de dez dias, fizeram contatos com os povos nativos e depois seguiram viagem rumo à Índia.

ATIVIDADES  

Questão 1 – Explique a concepção de modernidade para os europeus do século XVI e comente sobre os impactos dessa concepção para as populações não europeias.

Questão 2 – Explique o que foram as Grandes Navegações.

Questão 3 – Antes da descoberta do caminho marítimo para as Índias, como era feito o comércio de especiarias? Que povos controlavam esse comércio?

Questão 4– Quais foram as condições que tornaram possível a Portugal iniciar as Grandes Navegações?

Questão 5 – O que eram as Índias?


Habilidade estruturante: 
(EF07HI02) Identificar conexões e interações entre as sociedadesdo Novo Mundo, da Europa, da África e da Ásia no contexto das navegações e indicar a complexidade e as interações que ocorrem nos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.
Referências:BOULOS JÚNIOR, Alfredo. Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2015.
DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018.
AMADO, Janaína; GARCIA, Ledonias Franco. Navegar é preciso: grandes descobrimentos marítimos europeus. São Paulo: Atual, 1989. p. 14. (História em documentos). In. (DIAS, Adriana Machado Vontade de saber: história: 6° ano: ensino fundamental: anos finais / Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, Marco César Pellegrini. — 1. ed. — São Paulo: Quinteto Editorial, 2018. PNLD 2020.)