Esta proposta de atividade de Geografia com base no DC/GO – Ampliado e é destinada aos estudantes do 7º Ano do Ensino Fundamental Anos Finais.
Fluxos populacionais brasileiros
Ao longo do tempo a população brasileira tem deslocado- se ao longo do vasto território que forma o nosso país, as migrações internas no Brasil são motivadas principalmente por fatores econômicos e naturais. Os fluxos populacionais internos do Brasil desempenham um papel fundamental na dinâmica demográfica e socioeconômica do país. Desde o período colonial até os dias atuais, ocorreram diversos fluxos migratórios internos, que têm alterado a distribuição da população brasileira.
As migrações internas no Brasil intensificaram- se em meados do século XX com a industrialização e a modernização do país que impulsionou o êxodo rural e a migração para os centros urbanos em busca de emprego e oportunidades. As regiões Nordeste e Norte foram as que mais repulsam pessoas, ou seja, forneceram migrantes para outras regiões, enquanto as regiões Sul e Sudeste atraíram a maior parte dessas pessoas devido ao desenvolvimento industrial e à concentração de empregos.
Por volta de 1950 os empregos gerados pela industrialização, especialmente na região sudeste, atraiu diversos migrantes nordestinos. As secas prolongadas, o difícil acesso à terra, a dificuldade em encontrar empregos e a baixa qualidade vida alinhada à pouca perspectiva de melhora motivaram os deslocamentos do povo nordestino.
Já nos anos de 1970 após a construção de Brasília (1960) em um ousado projeto de interiorização do Brasil, associado a alteração da fronteira agrícola brasileira coloca a região centro- oeste e norte em evidência atraindo migrantes de diferentes partes do Brasil.
No entanto, os fluxos migratórios internos também geraram desafios de ordem social e econômica. O acelerado e expressivo crescimento da população urbana resultou em problemas de infraestrutura, habitação precária e falta de serviços públicos adequados.
No final do século XX e início do século XXI o Brasil vivencia a migração de retorno, um quantitativo expressivo de migrantes nordestinos deslocam- se de volta ao nordeste em decorrência das dificuldades vivenciadas na região sudeste e pelo maior dinamismo econômico gerado na região nordeste em decorrência das políticas de desenvolvimento regional e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Além disso, a descentralização econômica, concentrada no centro – sul, e o fortalecimento das capacidades locais têm sido discutidos como alternativas para tentar lidar com os desafios decorrentes dos fluxos populacionais internos.
RESPONDA ÀS QUESTÕES
QUESTÃO 1
Observe o quadro Retirantes pintado por Candido Portinari em 1944 e aponte quais relações podemos estabelecer com os fluxos migratórios internos do Brasil em meados do século XX.
QUESTÃO 2
De acordo com a charge assinale a alternativa correta.
(A) A charge retrata a facilidade da ascensão econômica que as pessoas encontram na região sudeste, terra de oportunidades.
(B) O primeiro quadrinho diz respeito à migração internacional vivenciada pelos nordestinos em meados do século XX.
(C) Todos migrantes nordestinos conseguiram êxito econômico na região sudeste.
(D) O segundo quadrinho faz menção a migração de retorno vivenciada nos anos 2000.
QUESTÃO 3
Dentre os fatores repulsivos encontrados no nordeste, a charge destaca:
(A) Dinamismo econômico
(B) Oferta de emprego
(C) As secas prolongadas
(D) Animosidade do governo
QUESTÃO 4
Ao longo da história o Brasil vivenciou diversos fluxos migratórios internos, entre eles em meados do século XIX e início do século XX foram os mais intensos. Sabendo disso, descreva qual região cedeu mais migrantes e qual recebeu o maior quantitativo de migrantes ao longo desse período e escreva os fatores atrativos da região que mais recebeu migrantes e os repulsivos da que mais cedeu.
Autoria: | Ailton Silva |
Formação: | Geografia |
Componente Curricular: | Geografia |
Habilidades: | (EF07GE02-A) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil. |
Referências | ADAS, M; ADAS, S. Expedições Geográficas: 7° ano. 3° Edição. São Paulo: Moderna, 2018. BRAGA, F. G. Migração Interna e Urbanização no Brasil Contemporâneo: Um estudo da Rede de Localidades Centrais do Brasil (1980/2000). Diponível em:<https://www.researchgate.net/profile/Fernando-Braga-7/publication/238666090_Migracao_Interna_e_Urbanizacao_no_Brasil_Contemporaneo_Um_estudo_da_Rede_de_Localidades_Centrais_do_Brasil_19802000/links/56eb030f08ae9dcdd82a6cd9/Migracao-Interna-e-Urbanizacao-no-Brasil-Contemporaneo-Um-estudo-da-Rede-de-Localidades-Centrais-do-Brasil-1980-2000.pdf>. Acesso em: 30, mai. 23. NARITOMI, J. Herança Colonial, Instituições & Desenvolvimento: Um estudo sobre a desigualdade entre os municípios Brasileiros. 2007. Dissertação (Mestrado em Economia) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Disponível em:<https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10615/10615_1.PDF>. Acesso em: 03, mai. 23. PERILLO, S. R; PERDIGÃO, M. L. Percursos migratórios no Estado de São Paulo: uma análise do período 1995-2000. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/spp/a/rJ9G8YJjrDYnKZHqBcc7smd/?lang=pt>. Acesso em: 30, mai. 23. IPEA. Migrações internas nos decênios 1990 e 2000 em UFs selecionadas: mudanças e continuidades. Disponível em:<https://www.ipea.gov.br/redeipea/index.php?option=com_content&view=article&id=106:migracoes-internas-nos-decenios-1990-e-2000-em-ufs-selecionadas-mudancas-e-continuidades&catid=89:projetos-de-pesquisa&Itemid=206>. Acesso em: 30, mai. 23. |