Esta proposta de atividade de Ciências da Natureza é destinada aos estudantes do 7º ano dos anos finais do Ensino Fundamental

IMUNIZAÇÃO PASSIVA: OS SOROS TERAPÊUTICOS
Chamamos de imunidade a capacidade do corpo de se defender de agentes que causam doenças: os chamados antígenos, como vírus, bactérias e toxinas.
Quem atua nessa defesa são os glóbulos brancos (leucócitos). Eles produzem proteínas, denominadas anticorpos, que se ligam ao antígeno e o neutraliza.
Há duas formas de imunização: ativa e passiva. Na imunização ativa, o próprio corpo produz os anticorpos, desenvolvendo uma “memória imunitária” que o protege contra o mesmo agente no futuro. Isso ocorre naturalmente, após uma infecção, ou por meio da vacinação. Embora a proteção leve dias ou semanas para se formar, ela tende a ser duradoura. Já na imunização passiva, o organismo recebe anticorpos prontos, como os transmitidos da mãe para o bebê durante a gestação ou pela amamentação, ou ainda por meio da aplicação de um soro terapêutico. Nesse caso, trata-se de uma proteção de tratamento: age rápido, porém dura pouco porque o organismo não “aprende” a produzir.
Os soros terapêuticos, portanto, diferem das vacinas porque estas induzem a produção de anticorpos, prevenindo males. Já os soros contêm anticorpos prontos e são usados em situações de emergência, como acidentes com animais peçonhentos, intoxicações por toxinas bacterianas (tétano, difteria e botulismo) ou exposição ao vírus da raiva – sendo, portanto, tratamento.
No Brasil, há diferentes soros terapêuticos para tratamento de acidentes envolvendo serpentes peçonhentas. Observe o quadro 1:
| Serpente peçonhenta | Efeitos principais | Tipo de soro | 
| Jararaca, jararacuçu, urutu, surucucu e comboia (Gênero Bothrops) | Dor, inchaço, sangramento, risco de necrose | Antibotrópico | 
| Cascavel (Crotalus durissus) | Visão turva, fraqueza muscular, urina escura | Anticrotálico | 
| Surucucu (Lachesis muta) | Vômitos, dor abdominal, queda de pressão | Antilaquético | 
| Coral-verdadeira (Micrurus corallinus) | Paralisia muscular e risco respiratório | Antielapídico | 
Quadro 1. ARAGUAIA, Mariana. Soros ofidismo. Criado em 20/10/2025.
Há também os soros combinados, como o antibotrópico + antilaquético, usado em acidentes com jararacas ou surucucus; e o antibotrópico + anticrotálico, indicado em casos de ofidismo envolvendo jararacas ou cascavéis.
Quanto aos acidentes provocados por animais artrópodes, o quadro 2 indica o animal, efeitos principais das toxinas e tipo de soro:
| Animal | Efeitos principais | Tipo de soro | 
| Aranha-marrom (Loxosceles sp.) | Lesões na pele, destruição celular | Anti-aracnídico | 
| Aranha-armadeira (Phoneutria sp.) | Dor intensa e alterações autonômicas | Anti-aracnídico | 
| Escorpiões amarelo, marrom ou preto (gênero Tityus) e Aranha-marrom (Loxosceles sp.) | Dor intensa, suor, vômitos, lesões na pele e destruição celular | Antiescorpiônico Anti-aracnídico | 
| Lagarta-taturana (Lonomia obliqua) | Distúrbios de coagulação, risco de hemorragia | Antilonômico | 
Quadro 2. ARAGUAIA, Mariana. Soros artrópodes. Criado em 20/10/2025.
A produção dos soros antivenenos envolve as etapas apresentadas na Imagem 1. Vale ressaltar que os cavalos são escolhidos para a produção dos soros por possuírem grande volume de sangue e boa resistência a pequenas doses de toxinas, o que permite gerar grande quantidade de anticorpos sem prejuízo à saúde. Todo o processo é acompanhado por veterinários, seguindo protocolos de bem-estar animal, com alimentação adequada e períodos de descanso entre as etapas.

Quanto às toxinas bacterianas combatidas pelos soros terapêuticos, elas estão relacionadas às seguintes doenças:
- Tétano: causado pela bactéria Clostridium tetani, encontrada especialmente no solo. Ao penetrar em ferimentos profundos, libera a tetanospasmina, que atinge o sistema nervoso e causa contrações musculares intensas, rigidez e dificuldade para respirar e engolir. Sem tratamento, a morte pode ocorrer entre 5 e 10 dias, com mortalidade superior a 50%. Soro usado: antitetânico.
- Difteria: causada pela Corynebacterium diphtheriae, que se instala nas vias respiratórias e libera a toxina diftérica. Ela destrói células da garganta, formando uma placa espessa que dificulta a respiração e a deglutição. Pode atingir o coração e o sistema nervoso. Sem o soro antidiftérico, a morte pode ocorrer em 2 a 5 dias, com mortalidade de 5% a 20%, chegando a 50% em crianças pequenas. Soro usado: Antidiftérico.
- Botulismo: a Clostridium botulinum, presente em alimentos mal conservados. Produtos alimentícios enlatados, com estufamento na embalagem, podem também conter a bactéria. Sua toxina botulínica bloqueia a comunicação entre nervos e músculos, provocando fraqueza, visão dupla, fala arrastada e paralisia respiratória. Sem o soro antibotulínico e suporte médico, a mortalidade pode atingir 60% em poucos dias. Soro usado: Antibotulínico.
Finalmente, a raiva, também tratada com soro terapêutico, é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Ela é transmitida pela saliva de animais infectados, principalmente cães, gatos, morcegos e macacos, por meio de mordidas ou arranhões. O vírus migra lentamente pelos nervos até o cérebro, provocando inflamação cerebral. Os sintomas incluem febre, espasmos e dificuldade para engolir. Uma vez iniciados os sintomas, a raiva é quase sempre fatal, com sobrevida média de 2 a 10 dias. Soro usado: Antirrábico.
A produção dos soros para tratamento relacionado às toxinas bacterianas, assim como exposição ao vírus da raiva, envolve as etapas descritas ma Imagem 2.
Em 1899, um surto de peste bubônica, em Santos (SP), ressaltou a importância de produzir o soro antipestoso no Brasil. Importado da França, o custo e a demora dificultavam o combate à doença. Em 1900, foi criado o Instituto Soroterápico Federal, hoje a Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz) e, em 1901, o Instituto Soroterápico do Estado de São Paulo, hoje o Instituto Butantan. Este é a principal instituição produtora de soros do país, fornecendo 12 tipos diferentes de tais imunizantes.
Vale ressaltar que, em outubro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início de testes do soro anti-Covid em humanos; e, no início de 2024, entrou em processo de patente o soro antiapílico, contra a toxina da abelha africanizada (Apis melífera), desenvolvido por professores pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) de Botucatu, em parceria com profissionais do Instituto Vital Brazil e do Instituto Butantan.

e contra o vírus da raiva. Canva. Criado em 20/10/2025.
Assista à videoaula sobre imunização passiva: os soros terapêuticos:
RESPONDA ÀS QUESTÕES:
QUESTÃO 1
Durante uma aula de campo no Cerrado, um estudante observa uma serpente e comenta que ela é “venenosa”. O professor explica que, na verdade, o termo mais adequado é “peçonhenta”. O que diferencia um animal peçonhento de um venenoso é que o peçonhento
(A) injeta o veneno, enquanto o animal venenoso o elimina por meio das fezes.
(B) injeta a toxina e o venenoso causa intoxicação se for ingerido ou tocado.
(C) produz veneno na época reprodutiva, e o venenoso durante toda a vida.
(D) é inofensivo, e o venenoso é mortal independentemente da quantidade.
QUESTÃO 2
O Instituto Butantan desenvolveu o soro anti-Covid, ainda em fase de testes. Esse tipo de tratamento é classificado como imunização passiva porque
(A) estimula o corpo a produzir anticorpos contra o vírus.
(B) fornece anticorpos prontos que neutralizam o vírus.
(C) substitui a vacina e cria memória imunológica duradoura.
(D) atua na prevenção, sem tratar os casos já existentes.
QUESTÃO 3
Em uma comunidade rural, uma criança foi picada por escorpião. A família amarrou o braço com uma corda, fazendo um torniquete para “impedir o veneno de se espalhar”. Essa prática deve ser evitada porque o/a
(A) torniquete ajuda o soro a circular mais rápido pelo corpo.
(B) corda concentra o veneno e pode causar necrose no local.
(C) torniquete dissolve o veneno, anulando a necessidade do soro.
(D) soro só funciona com o torniquete, até a chegada ao hospital.
QUESTÃO 4
Um biólogo foi ofendido por uma jararaca e chegou ao hospital com dor, inchaço e sangramento no local. O médico informou que aplicaria o soro antibotrópico. É importante identificar corretamente o animal antes da aplicação porque
(A) o mesmo soro serve para todos os tipos de “venenos” de serpentes.
(B) cada “veneno” exige um soro específico para neutralizar suas toxinas.
(C) o soro é preparado com partes do animal, garantindo a imunização.
(D) essa informação ajuda a população a capturar e exterminar o animal.
QUESTÃO 5
Na produção dos soros, cavalos são usados para gerar anticorpos contra toxinas. Essa prática pode ser considerada ética e segura porque os/o
(A) cavalos recebem grandes doses de veneno para aumentar a eficiência dos soros.
(B) sangue é retirado diariamente, garantindo anticorpos contínuos sem sofrimento.
(C) animais recebem pequenas doses, são monitorados e descansam entre os ciclos.
(D) cavalos são sacrificados logo após a coleta, evitando o sofrimento prolongado.
QUESTÃO 6
Muitas pessoas acreditam que não precisam se vacinar contra tétano porque “não mexem com ferro enferrujado”. Explique por que essa crença é incorreta e quais cuidados devem ser mantidos para evitar o tétano.
QUESTÃO 7
Durante a pandemia, o Instituto Butantan testou o soro anti-Covid, mas a principal estratégia continuou sendo a vacinação. Explique por que o soro não substitui a vacina, mesmo que também envolva anticorpos.
QUESTÃO 8
Imagine que você precisa explicar o que é um soro terapêutico para crianças pequenas. Escreva uma explicação criativa usando comparações ou metáforas.
QUESTÃO 9
Em um pequeno município do interior, uma pessoa é levada ao hospital após acidente com uma lagarta-taturana (Lonomia). Nessa situação, o atendimento com soro deve ser
(A) pago, porque o soro é produzido por instituições particulares.
(B) gratuito, pois é distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
(C) restrito às capitais, por sempre depender de transporte aéreo.
(D) realizado imediatamente, com gelo, pomadas e analgésicos locais.
QUESTÃO 10
Desenhe um mapa ilustrado mostrando como o corpo se defende de doenças. Use símbolos ou personagens para representar os glóbulos brancos, os antígenos e os anticorpos. Depois, destaque no mapa onde entram as vacinas e os soros.
| Autoria: | Prof.ª M.ª Mariana Araguaia | 
| Formação: | Ciências Biológicas | 
| Componente Curricular: | Ciências da Natureza | 
| Objetos de conhecimento: | Programas e indicadores de saúde pública: Vacinas | 
| Habilidades: | (EF07CI10-B) Comparar o mecanismo de ação de soro e vacina, diferenciando a imunização ativa da passiva. | 
| Referências: | AGÊNCIA Brasil. Butantan recebe autorização para iniciar testes de soro anti-Covid. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-10/butantan-recebe-autorizacao-para-iniciar-testes-de-soro-anti-covid. Acesso em 29 out 2025. ______. Fiocruz faz 122 anos fabricando vacinas e remédios para todo o país. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-05/Fiocruz-faz-122-anos-fabricando-vacinas-e-remedios-para-todo-pais. Acesso em 29 out 2025. BRASIL. Animais peçonhentos. Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos. Acesso em 29 out 2025. ______. Animais peçonhentos – Hospitais de referência (Goiás). Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/hospitais-de-referencia/goias/view. Acesso em 29 out 2025. ______. Acidentes por abelhas. Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-abelhas. Acesso em 29 out 2025. ______. Acidentes por aranhas. Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-aranhas. Acesso em 29 out 2025. ______. Acidentes por escorpiões. Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-escorpioes. Acesso em 29 out 2025. ______. Acidentes por lagartas. Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-lagartas. Acesso em 29 out 2025. ______. Acidentes ofídicos. Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-ofidicos. Acesso em 29 out 2025. ______. Águas-vivas e caravelas. Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/aguas-vivas-e-caravelas. Acesso em 29 out 2025. ______. Sistema Único de Saúde (SUS). Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/sus. Acesso em 29 out 2025. CARNEVALLE, M. R. Araribá mais Ciências: 7º ano: ensino fundamental: anos finais. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. 272 p. Acesso em 29 out 2025. CLP – Centro de Liderança Pública. Fiocruz e Butantan: como elas se consolidaram na produção de vacinas. Disponível em https://clp.org.br/fiocruz-e-butantan-como-elas-se-consolidaram-na-producao-de-vacinas. Acesso em 29 out 2025. FAPESP. Butantan desenvolve soro contra coronavírus. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em https://revistapesquisa.fapesp.br/butantan-desenvolve-soro-contra-coronavirus. Acesso em 29 out 2025. FIOCRUZ. Imunobiológicos – trajetória científica de Oswaldo Cruz. Disponível em https://oswaldocruz.fiocruz.br/index.php/biografia/trajetoria-cientifica/no-instituto-oswaldo-cruz/imunobiologicos. Acesso em 29 out 2025. GALVÃO, Rodrigo. Fiocruz e Butantan: como se consolidaram as instituições-chave na produção de vacinas no Brasil. CLP – Centro de Liderança Pública. Disponível em https://clp.org.br/fiocruz-e-butantan-como-elas-se-consolidaram-na-producao-de-vacina. Acesso em 29 out 2025. GOIÁS. Documento Curricular para Goiás – Ampliado. Volume III Ensino Fundamental Anos Finais. Disponível em https://tinyurl.com/bdcn9bpn. Acesso em 29 out 2025. ______. Documento Curricular para Goiás – Ampliado – Cortes Temporais. CONSED; UNDIME, 2019. p. 143. Disponível em https://tinyurl.com/mszn79ds. Acesso em 29 out 2025. HIRANAKA, R. A. B.; HORTENCIO, T. M. A. Inspire Ciências: 7º ano: ensino fundamental: anos finais. 1. ed. São Paulo: FTD, 2018. 256 p. Acesso em 29 out 2025. INSTITUTO Butantan. Do veneno ao frasco: entenda como são fabricados os soros hiperimunes do Butantan. Disponível em https://butantan.gov.br/noticias/do-veneno-ao-frasco-entenda-como-sao-fabricados-os-soros-hiperimunes-do-butantan. Acesso em 29 out 2025. ______. Imunidade treinada: entenda o conceito que permite à BCG proteger contra diversas doenças. Butantan Educa. Disponível em https://butantan.gov.br/butantan-educa/imunidade-treinada-entenda-o-conceito-que-permite-a-bcg-proteger-contra-diversas-doencas-. Acesso em 29 out 2025. ______. Onde eu consigo o soro para picada de animais peçonhentos? Antivenenos produzidos pelo Butantan são distribuídos pelo SUS. Disponível em https://butantan.gov.br/noticias/onde-eu-consigo-o-soro-para-picada-de-animais-peconhentos-antivenenos-produzidos-pelo-butantan-sao-distribuidos-pelo-sus. Acesso em 29 out 2025. ______. Publicações educativas. Disponível em https://publicacoeseducativas.butantan.gov.br/. Acesso em 29 out 2025. ______. Soro anti-Covid do Instituto Butantan chega à fase final de testes em animais. CNN Brasil. Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/saude/soro-anti-covid-do-instituto-butantan-chega-a-fase-final-de-testes-em-animais. Acesso em 29 out 2025. ______. Soro contra veneno de abelhas tem resultados promissores nas fases iniciais do ensaio clínico. Disponível em https://butantan.gov.br/noticias/soro-contra-veneno-de-abelhas-tem-resultados-promissores-nas-fases-iniciais-do-ensaio-clinico. Acesso em 29 out 2025. ______. Soros. Disponível em https://butantan.gov.br/soros. Acesso em 29 out 2025. ______. Soros e vacinas. Disponível em https://butantan.gov.br/soros-e-vacinas/soros. Acesso em 29 out 2025. RIO de Janeiro. Soros produzidos pelo Instituto Vital Brazil. Governo do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em https://www.rj.gov.br/vitalbrazil/sorosproduzidos. Acesso em 29 out 2025. UNESP. Novo soro para tratamento de ataques de abelhas africanizadas tem patente reconhecida junto ao INPI. Jornal da Unesp, 2024. Disponível em https://jornal.unesp.br/2024/01/08/novo-soro-para-tratamento-de-ataques-de-abelhas-africanizadas-tem-patente-reconhecida-junto-ao-inpi. Acesso em 29 out 2025. | 

