Esta proposta de atividade de Ciências da Natureza é destinada aos estudantes do 7º ano dos anos finais do Ensino Fundamental.
IMUNIZAÇÃO PASSIVA E ATIVA
As vacinas e os soros são muito importantes na prevenção, ou tratamento, de doenças infecciosas. No caso dos soros, eles também podem ser requeridos em acidentes envolvendo seres humanos e animais peçonhentos, combatendo suas toxinas; e no fornecimento de anticorpos específicos para proteção contra infecções graves em pessoas com deficiências no sistema imunológico ou pacientes submetidos a transplantes de órgãos.
Ambos os imunizantes relacionam-se à disponibilização de anticorpos, combatendo os efeitos do ser vivo ou substância potencialmente perigosa. Por esse motivo, ao longo da história, foram essenciais na contenção de surtos, epidemias e pandemias. São, portanto, pilares fundamentais na batalha contra doenças infecciosas. Assim, é essencial compreender não somente seus pontos em comum, mas também as suas diferenças.
Imagine que você está planejando uma viagem para uma região em que a febre amarela é endêmica. Nesse sentido, é importante já ter recebido, ou providenciar o quanto antes, a vacina específica para essa doença. Isso porque, nessa situação, o sistema imunológico é exposto a uma proteína específica ou a uma versão enfraquecida, ou mesmo inativada, do vírus da febre amarela. Isso permite que seu corpo desenvolva uma resposta imune, produzindo anticorpos e células de memória capazes de combater o vírus caso você entre em contato com ele no futuro. Esse é um exemplo clássico de imunização ativa, em que o próprio corpo cria a defesa contra o agente infeccioso.
Agora, imagine que você se envolveu em um acidente ofídico, ou seja: foi mordido por uma serpente peçonhenta. Nesse caso, o soro entra em cena. Quando uma pessoa é exposta a um micro-organismo ou a uma toxina, como o “veneno” da cobra, o processo de imunização passiva é de grande valia. Isso significa que, em vez do seu organismo produzir seus próprios anticorpos, os soros fornecem anticorpos já prontos para, assim, neutralizarem a toxina.
Os anticorpos dos soros são obtidos de animais previamente imunizados ou de pessoas que receberam a vacina específica. Ao receberem o soro antiofídico, por exemplo, os anticorpos presentes nele agem rapidamente para combater as toxinas do veneno, salvando vidas em situações de emergência.
Para entender melhor a diferença entre imunização ativa e passiva, pense nas vacinas como a construção de um exército dentro do seu corpo. Com a vacinação, seu corpo aprende a reconhecer e a combater os invasores por conta própria, preparando-se para futuros ataques. Por outro lado, os soros são como chamar os reforços imediatos, quando o inimigo já está dentro das fronteiras, fornecendo anticorpos prontos para o combate.
No cotidiano, podemos observar essas diferenças em diversas situações. Por exemplo, durante a pandemia da Covid-19, as vacinas foram uma das principais estratégias para controle da doença, estimulando a imunidade da população. Por outro lado, ao ser mordido por um mamífero, há risco de que o indivíduo tenha sido exposto ao vírus da raiva. Assim, é essencial a administração do soro antirrábico, evitando o comprometimento do sistema nervoso central.
Em resumo, as vacinas e os soros desempenham papéis essenciais na proteção contra doenças infecciosas, mas operam de maneiras diferentes. Compreender essas diferenças é crucial para uma abordagem eficaz na prevenção e tratamento de doenças, fortalecendo nossa capacidade de debater, compreender e enfrentar os desafios da saúde pública.
QUESTÃO 1
Você já ouviu falar sobre o Instituto Butantan? Leia a seguir sobre ele
A) O que são imunobiológicos?
B) Qual é a importância dos imunobiológicos na contenção de surtos de doenças?
C) Você acha que, no caso da Covid-19, a ampla administração de imunobiológicos contribuiu para o controle da pandemia? Justifique a sua resposta.
QUESTÃO 2
Veja a seguir as vacinas que são produzidas pelo Instituto Butantan
Sobre o processo de imunização no nosso organismo, por meio da vacinação, podemos afirmar que
(A) é uma forma de prevenção de doenças.
(B) deve ser tomada em várias doses.
(C) é ministrada somente em gotas.
(D) nenhuma vacina é desenvolvida no Brasil.
QUESTÃO 3
Agora, conheça os soros produzidos pelo Instituto Butantan
Sobre o processo de imunização no nosso organismo, por meio do soro, avalie as frases a seguir:
I. É um meio de prevenção contra doenças.
II. Consiste no fornecimento de anticorpos já produzidos.
III. Confere tratamento de algumas doenças e intoxicações.
IV. Trata-se de imunização ativa.
Podemos afirmar que são corretas as frases
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) III e IV.
QUESTÃO 4
Para cada uma das situações-problema, cite se a pessoa deverá recorrer ao soro ou à vacina:
A) Henrique foi mordido por um cachorro desconhecido, com a boca espumando. Para evitar a raiva, ele deverá recorrer à/ao: ____________________________ .
B) Felipa é bióloga, e irá trabalhar com morcegos. Para evitar a raiva, caso seja mordida por um desses animais, ela deverá recorrer à/ao: ____________________________ .
C) Na infância, Elda teve poliomielite. Ela está grávida e planeja que, para evitar que seu bebê não passe pela mesma situação, ele deverá recorrer à/ao: ____________________________ .
D) César pisou em um prego que estava no atalho em que ele pegou para chegar mais rápido até sua casa. Para evitar o tétano, ele deverá recorrer à/ao: ____________________________ .
E) Iris, na sua chácara, foi ofendido por uma serpente peçonhenta: a coral-verdadeira. Além de lavar o machucado com água e sabão ele deverá ir ao hospital para recorrer à/ao: ____________________________ .
SAIBA MAIS
Quando falamos em doenças, as infecções são aquelas provocadas por micro-organismos. A professora Mariana Araguaia apresentará a você algumas expressões utilizadas no contexto de tais afecções. Que tal conferir?
Autoria | Mariana Araguaia |
Formação | Ciências Biológicas |
Componente Curricular | Ciências da Natureza |
Habilidade | (EF07CI10-B) Comparar o mecanismo de ação de soro e vacina, diferenciando a imunização ativa da passiva. |
Referências | BRASIL. Calendário de Vacinação. Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/calendario. Acesso em 13/03/2024. ______. Conheça o Calendário Nacional de Vacinação. Fiocruz. Disponível em https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/3330-conheca-o-calendario-nacional-de-vacinacao. Acesso em 13/03/2024. ______. Por que nem todas as vacinas podem ser em gotinhas? Portal do Butantan. Disponível em https://butantan.gov.br/bubutantan/por-que-nem-todas-as-vacinas-podem-ser-em-gotinhas. Acesso em 13/03/2024. CARNEVALLE, M. R. Araribá mais Ciências: 6º ano: ensino fundamental: anos finais. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. 272 p. GOIÁS. Documento Curricular para Goiás – Ampliado. Volume III Ensino Fundamental Anos Finais. Disponível em https://sme.goiania.go.gov.br/site/index.php/institucional/documentos-oficiais-2/category/27-documentos-gerais. Acesso em fev. 2022. ______. Documento Curricular para Goiás – Ampliado – Cortes Temporais. CONSED; UNDIME, 2019. p. 143. Disponível em: . Acesso em 31/08/2023. HIRANAKA. R. A. B.; HORTENCIO, T. M. A. Inspire Ciências: 6º ano: ensino fundamental: anos finais. 1. ed. São Paulo: FTD, 2018. 256 p. |