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Arte/Artes Visuais – Retratos e Identidades na Arte

Esta proposta de atividade de ARTE/ARTES VISUAIS é destinada aos estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental.

Disponível em  https://sl1nk.com/eBC73 Acesso em 01, out. 2025.

Retratos e Identidades na Arte

Um retrato é uma representação de uma pessoa, pode ser um desenho, uma pintura, uma fotografia ou qualquer forma de arte visual. Mas não se trata apenas de mostrar como alguém é por fora; o retrato também revela sentimentos, pensamentos, memórias e aspectos da personalidade daquele indivíduo.

Disponível em https://l1nq.com/alW5n Acesso em 01, out. 2025.

Já a identidade é aquilo que faz cada pessoa única: suas experiências, sua cultura, seus valores e a forma como se relaciona com o mundo. Na arte, retrato e identidade caminham juntos, porque retratar alguém é também refletir sobre quem essa pessoa é e o que ela representa.

Disponível em https://sl1nk.com/jv2la Acesso em 01, out. 2025.

O artista goiano Alberto Tolentino usa a figura humana como ponto de partida para suas obras. Em suas pinturas e desenhos, surgem rostos, corpos e personagens que não são apenas retratos de pessoas específicas, mas formas de falar sobre o ser humano de maneira mais ampla.

      Imagem cedida pelo artista

Para isso, Tolentino utiliza arquétipos, personagens simbólicos que mostram modos de ser universais. Esses arquétipos não têm nome, mas carregam sentimentos, atitudes e histórias que qualquer pessoa pode reconhecer.

Imagem cedida pelo artista

Outro aspecto importante em seu trabalho é a memória. Tolentino se inspira em lugares por onde passou, em pessoas que conheceu ou em experiências vividas. Mesmo quando não se retrata diretamente, ele considera que sempre há um autorretrato simbólico em suas obras, porque cada criação guarda um pouco de suas lembranças e de sua forma de ver o mundo. Além disso, suas telas misturam o real e o imaginário: são figuras humanas reconhecíveis, mas cercadas de cores, luzes e sombras que criam atmosferas quase de sonho.

                                                   Imagem cedida pelo artista

Outros artistas também exploram retrato e identidade de maneiras distintas. A brasileira Rosana Paulino, por exemplo, trabalha com a figura humana para refletir sobre a memória e a história da população negra no Brasil.

Fonte: PAULINO, Rosana. A costura da memória. Curadoria Valéria Piccoli, Pedro Neri, textos Juliana, 2018.

Em muitas obras, ela utiliza fotografias antigas de mulheres negras, intervindo nelas com costuras ou colagens, para falar das marcas deixadas pela escravidão e pelo racismo. Seu trabalho nos convida a olhar para questões sociais presentes no cotidiano e a pensar em como a arte pode ser uma forma de resistência.

Fonte: SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Bordado e transgressão: questões de gênero na arte de Rosana Paulino e Rosana Palazyan. Revista Proa, v. 2, p. 1-19, 2010. Acesso em 01, out. 2025.

No México, Frida Kahlo se destacou por seus autorretratos intensos. Ela pintava a si mesma rodeada de símbolos da cultura mexicana, mas também de elementos ligados às suas dores e experiências pessoais. Ao mesmo tempo em que mostrava sua identidade individual, revelava um orgulho coletivo de sua cultura.

Disponível em https://stockcake.com/i/frida-with-horse_1374338_916239 Acesso em 01, out. 2025.

Ao aproximarmos Tolentino, Paulino e Frida, percebemos que cada artista, em seu tempo e lugar, transforma a figura humana em um meio de contar histórias. Seja por meio de arquétipos universais, da memória coletiva ou da experiência pessoal, todos mostram que a arte é também uma forma de falar de quem somos.

E aqui entra o papel de quem observa: olhar uma obra de arte não significa apenas ver “um rosto bonito” ou “uma cena diferente”. É preciso se perguntar: o que essa imagem me faz sentir? Que histórias posso imaginar a partir dela? Qual a relação entre essa obra e a minha própria vida, a minha comunidade, a sociedade em que vivo?

Quando aprendemos a olhar assim, percebemos que a arte amplia o nosso repertório de imagens e nos ajuda a compreender o mundo e a nós mesmos de outra maneira.


ASSISTA AO VÍDEO SOBRE “RETRATOS E IDENTIDADES NA ARTE”

Canal Estúdio Conexão Escola. “Artes Visuais – Retratos e Identidades na Arte – 8º ano – EF”. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=no3oyuxagRQ Acesso em 07, out. de 2025.

RESPONDA AS QUESTÕES

QUESTÃO 1

Os retratos na arte não mostram apenas a aparência física de uma pessoa, mas também revelam sentimentos e aspectos de sua identidade. De acordo com o texto, retrato e identidade caminham juntos porque

(A) representam somente a beleza exterior de quem é retratado.
(B) mostram o indivíduo apenas como uma figura simbólica e distante.
(C) revelam a aparência e a essência de quem é representado.
(D) apresentam exclusivamente memórias pessoais do artista.

QUESTÃO 2

Entre os artistas brasileiros citados que dialogam com a cultura popular, podemos destacar

(A) J. Borges com suas xilogravuras do cordel, Mestre Vitalino com a cerâmica figurativa e Os Gêmeos com o grafite urbano.

(B) Anita Malfatti com suas obras modernistas, Lygia Clark com experimentações e Tarsila do Amaral com o Abaporu.

(C) Aleijadinho com esculturas em pedra-sabão, Victor Brecheret com obras modernistas e Alfredo Volpi com bandeirinhas.

(D) Cândido Portinari com suas pinturas murais, Tomie Ohtake com abstrações e Hélio Oiticica com instalações sensoriais.

QUESTÃO 3

De que maneira o retrato pode ajudar a compreender não apenas a aparência de uma pessoa, mas também aspectos de sua identidade e de sua história?

QUESTÃO 4

Como as obras de artistas como Alberto Tolentino, Rosana Paulino e Frida Kahlo mostram que a arte pode ser uma forma de falar sobre experiências individuais e coletivas?


AutoriaVeruska Bettiol
FormaçãoArtes Visuais
Componente CurricularArte/Artes Visuais
Objetos de conhecimento/ConteúdosContextos e Práticas: Formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas
Habilidade(GO-EF08AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas goianos, brasileiros e estrangeiros, de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais, bem como cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar, de interpretar e ampliar o seu repertório imagético.
Referências BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 2005.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Global, 2001.
HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura Visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2006.
TOURINHO, Irene. Cultura popular e artes visuais. Revista Visualidades, v. 9, n. 1, 2011.