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ARTE/ARTES VISUAIS: Grafite: A arte que ressignifica os espaços

Esta proposta de atividade de Arte/Artes Visuais é destinada aos estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental.

           Imagem cedida pelo artista Wes Gama

Grafite: A arte que ressignifica os espaços

Você já reparou em como alguns muros da cidade têm desenhos bem coloridos, cheios de formas, rostos ou frases? Aquilo é grafite. É uma arte que acontece nas ruas, feita por pessoas que usam tintas em spray ou pincéis para transformar espaços públicos em lugares com mais cor, significado e expressão.

Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Grafite_Indie_Hip_hop.jpg Acesso em 08, maio de 2025.

O grafite conta histórias, mostra ideias, fala sobre sentimentos e até sobre problemas que existem na sociedade. Muitas vezes, os artistas observam o que acontece no bairro, escutam o que as pessoas têm a dizer e, com base nisso, criam suas imagens. É uma arte que nasce do contato com o mundo ao redor.

Disponível em https://l1nq.com/42vuo Acesso em 08, maio de 2025.

Criar um grafite envolve várias etapas. O artista precisa pensar no que vai desenhar, planejar como será a pintura, escolher bem as cores e o lugar certo para fazer a arte.

Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eixo_Leste-Oeste,_osgemeos,_Nina_Pandolfo,_Nunca,_Finok,_Zefix,_Vitch%C3%A9_e_Herbert_Baglione_%285878523988%29.jpg Acesso em 08, maio de 2025.

Pode fazer sozinho ou com outras pessoas, em grupo. Quando isso acontece, é importante que todos compartilhem ideias, escutem uns aos outros e decidam juntos o que será feito. Esse processo é tão importante quanto o resultado final.

Quando alguém faz um grafite em um muro esquecido, aquele lugar muda. Ele chama atenção, passa a ter um novo valor para quem mora ali ou para quem passa todos os dias.

Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Street_art,_Walthamstow_2.jpg Acesso em 08, maio de 2025.

A arte faz as pessoas olharem com mais cuidado para o espaço e até cuidarem melhor dele. Por isso, dizemos que o grafite ressignifica o lugar. Ele faz o espaço ganhar um novo sentido.

Na escola, também podemos pensar em lugares que poderiam ser transformados com arte. Um corredor, uma parede sem uso, o pátio.

Disponível em https://www.flickr.com/photos/jonasdecarvalho/8477647876/ Acesso em 08, maio de 2025.

Tudo isso pode se tornar um espaço de criação. E o mais legal é que, quando a gente cria junto com os colegas, a arte também se torna uma forma de convivência, de escuta e de respeito pelas ideias dos outros.

O grafite mostra que a arte não precisa ficar só dentro de museus ou folhas de papel. Ela pode viver nas ruas, nas escolas e em qualquer lugar onde exista vontade de criar, comunicar e transformar.


Assista ao vídeo sobre Grafite

Canal Estúdio Conexão Escola. “Artes Visuais – Grafite – 5º ano EF”. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=a1Lf7Z_G-p0 Acesso em 13, maio de 2025.

RESPONDA ÀS QUESTÕES

QUESTÃO 1

O grafite pode ser considerado uma forma de arte transformadora porque

(A) é sempre feito com tinta spray, o que deixa os espaços mais modernos e bonitos.

(B) transforma lugares abandonados em pontos comerciais para venda de arte.

(C) muda a aparência e o significado de um espaço, fazendo as pessoas olharem com mais atenção.

(D) serve apenas como decoração de muros e paredes de prédios históricos.

QUESTÃO 2

O processo de criação de um grafite envolve diferentes etapas porque

(A) os artistas precisam competir para escolher o melhor muro da cidade e o mais alto.

(B) cada artista ou grupo deve seguir regras fixas sobre o que desenhar e onde pintar.

(C) a arte urbana exige materiais caros, equipamentos sofisticados e lugares específicos.

(D) é necessário planejar, escutar ideias e pensar coletivamente sobre o que será representado.

QUESTÃO 3

Você já viu algum grafite pelas ruas do seu bairro? Já parou para pensar o que ele está dizendo?

Nesta atividade, você vai observar as ruas perto da sua casa ou do caminho até a escola e registrar se encontra algum grafite, mural ou arte urbana. Pode tirar uma foto com o celular (com a ajuda de um responsável), fazer um desenho ou apenas anotar onde viu e o que estava representado.

Na escola, vão montar juntos um mapa coletivo com os lugares onde os grafites foram encontrados. Cada ponto do mapa será representado por uma imagem, frase ou símbolo que mostre o que aquela arte expressa.

Assim, a turma vai construir um mapa artístico da comunidade, percebendo como os espaços do bairro também contam histórias por meio da arte.

QUESTÃO 4

Você sabia que é possível fazer arte até com o que não aparece de imediato?

Nesta atividade, você vai criar um desenho inspirado no grafite, mas usando uma técnica surpresa. Com giz de cera branco, desenhe em uma folha de papel branco. Escolha palavras, símbolos ou desenhos que passem uma mensagem importante. No início, quase ninguém verá sua arte.

Depois, com a ajuda da professora ou de um adulto, pinte toda a folha com tinta aguada (tinta guache bem diluída ou aquarela). Aos poucos, seu grafite vai aparecer como mágica.

Quando todos terminarem, as obras serão expostas com o título da atividade: O que nem sempre é visível também tem voz.

Essa é uma forma de mostrar que, assim como na arte urbana, algumas mensagens não são visíveis de imediato, mas podem provocar reflexões importantes sobre diferentes realidades e temas. Isso ajuda a desenvolver um olhar mais atento, crítico e sensível em quem observa.


AutoriaVeruska Bettiol
FormaçãoArtes Visuais
Componente CurricularArte/Artes Visuais
Objetos de conhecimento/Conteúdos

Processos de Criação: Criação e
ressignificação em artes visuais

Habilidade(GO-EF05AR05) Experimentar o processo de criação e ressignificação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da instituição escolar e da comunidade.
ReferênciasBARBOSA, Ana Mãe Tavares de Bastos. A Imagem no Ensino da Arte. São Paulo: Editora Perspectiva, 1998.
BERDOIAN, Graziela; MENEZES, Kátia. Por trás dos muros, horizontes sociais do Graffiti.2008.
LOPES, Joana, G.V. Grafite e Pichação: os dois lados que atuam no  meio urbano.  Brasília, junho 2011.
RINK, Anita. Graffiti: intervenção urbana e arte. Apropriação dos espaços urbanos com arte e sensibilidade. Ed. Appris. Curitiba, 2013.