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Nessa atividade, vamos falar de preconceito. Discutiremos o uso de máscaras e os rótulos sociais. Você sabe o que é isso? Nessa momento descontraído, vamos contemplar alguns tópicos de linguagem, tais como: novo acordo ortográfico, uso do hífen, metáforas e modo verbal (imperativo). Vamos lá?
Para iniciar, vamos ver um vídeo da psicóloga Gislene Isquierdo respondendo a seguinte pergunta: por que as pessoas têm preconceito?
Ela disse que as pessoas possuem preconceito porque não sabem lidar com questões internas. Ela está falando dos sentimentos íntimos, como, por exemplo, a pessoa não entende o que sente e passa a discriminar aqueles que sentem algo semelhante. O preconceituoso projeto no outro, o que não sabe sobre si mesmo.
Às vezes não aceita o que sente e passa a atacar o outro. Olha o segundo ponto levantado pela psicóloga: ela disse que a pessoa preconceituosa tem a autoestima muito baixa e para ninguém perceber isso, diminui o outro, menospreza, para se sentir bem. Você concorda com essas afirmações?
Usamos uma palavra interessante: “autoestima”, que é a qualidade de gostar de si mesmo. Muita gente coloca hífen nessa palavra, você sabe dizer se essa palavra leva hífen?
Segundo o novo acordo ortográfico usamos hífen quando a segunda palavra começa com a letra “h” ou quando há a repetição da última letra do prefixo. Por exemplo, auto-hipnose tem hífen por conta da letra “h” de hipnose; auto-organização tem hífen por causa da vogal “o” dobrada. Porém, autoescola ou autoestima ficam juntas, não tem “h”, nem vogal dobrada, não tem hífen.
Voltando ao tema do preconceito, a pessoa ataca o outro para esconder a própria fraqueza. Tem uma música bem legal dos Los Hermanos que trata desse assunto: a pessoa se esconde atrás da imagem de um rapaz de bem, mas leva o ódio além. É mais ou menos assim:
“Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou…”
Noutra parte, há o seguinte:
“Periga nunca se encontrar
Será que ele vai perceber?
Que foge sempre do lugar
Deixando o ódio se esconder”
Falando em música, a professora Waydlle Silva preparou um vídeo sobre a canção “Máscara”, da Pitty. Lembra da música? Solta o vídeo
O comentário da professora é muito interessante! Além de ela falar do estilo e do gênero da música, ela comenta o lance das máscaras serem uma forma de aceitação social, ou seja, as pessoas usam as máscaras para que os outros gostem dela. Agora, você viu o que a professora falou do verbo no imperativo, quando o verbo expressa ordem? Ela disse que expressa um desejo de que o outro se mostre como é, sem ter que mudar o seu jeito para agradar o outro, por exemplo, no verso “tira a máscara que cobre o seu rosto” há mais que uma ordem, mas um desejo de conhecer o verdadeiro eu. Vamos pensar? Se a pessoa precisa de máscara, então, deve ter algo que ela deixa bem escondidinho, não é? Porque será que a pessoa às vezes pinta de azul o que é vermelho? Cada um possui a sua resposta!
A professora também falou de eu-lírico, que é o eu da poesia, esse eu que fala, que sente, que expressa. No caso da música, ele sonha com o outro se apresentando sem medo de ser feliz. Então, essa música da Pitty parece uma resposta à música dos Los Hermanos, aquela que mencionamos mais cedo, lembra? Quando um texto está em relação a outro, chamamos isso de intertextualidade. O cara estranho dos Los Hermanos é alguém que fica se pintando de homem de bem, igual muitos por aí, mas, por dentro, esconde umas coisinhas, aí vem a Pitty e diz: “tira essa máscara, menino”… Exercício de pensamento: o que será que o cara estranho da música dos Los Hermanos esconde?
Mais pergunta para pensarmos: será que é possível viver sem nenhuma máscara? Será que se nós formos sempre do jeito que queremos, vamos conseguir fazer amigos, ter empregos, participar da sociedade?
Usamos a palavra “máscara”, mas não no sentido literal, mas como uma metáfora. Você sabe o que é metáfora? METÁFORA é uma palavra que diante do contexto muda o sentido. É como mostramos na aula passada, a linguagem conotativa, lembra? Máscara, na música da Pitty, não é a máscara de carnaval, não é a máscara no sentido literal, mas as convenções sociais, as etiquetas, as normas sociais. Vamos ampliar essa conversa? Para isso, vamos ver um vídeo do filósofo João Coelho sobre preconceito e vitimismo?
O filósofo explica que às vezes temos ideias preconcebidas mesmo. Essas ideias são aquelas sem muito conhecimento de causa. Mas, quando pesquisamos mais, acabamos mudando de ideia.
Agora, o preconceituoso mesmo não quer nem pesquisar. Ele tem as ideias fechadas e passa a rotular as pessoas. Por isso, o preconceituoso é tão problemático, porque ele não quer mudar de opinião, geralmente, está estagnado com uma ideia fixa.
Você notou a outra palavra que foi dita do vídeo? Vitimismo. Os preconceituosos não querem assumir o próprio preconceito e culpam as vítimas e, pior, quando elas reclamam, dizem que estão fazendo “vitimismo”. O que você pensa disso?
ATIVIDADE:
Agora é com você! Falamos muito de preconceito. Que tal chamar a família e conversar sobre o tema. É bom lembrar que sempre podemos mudar de opinião, então, quando admitimos nossos preconceitos, nós estamos no caminho certo.
Depois de conversar com os familiares, pesquise as seguintes palavras no dicionário: “preconceito”, “discriminação”, “metáfora” e “autoestima”. Em seguida, faça o planejamento e escreva um texto dando instruções/normas para as pessoas não serem preconceituosas. Na escrita, utilize os verbos no modo imperativo, ordenando como devemos nos portar para vivermos em um mundo mais humano. Revise sua escrita e compartilhe seu texto instrucional. Boa atividade!
Atenção, estudante!
Esta aula foi veiculada na TV no dia 30/09/2020, quarta-feira, contemplando o eixo Ética e Cidadania. No Portal Conexão Escola, ela está apresentada em uma forma de atividade, mas você pode assistir à videoaula quando desejar, acessando-a na parte inferior da tela. Aproveite, assista e compartilhe! Vamos lá?
História | (EAJAHI0702) Relacionar a construção da cidadania e dos direitos universais do homem aos principais aspectos conceituais do Iluminismo. (EAJAHI0737) Identificar, refletir e discutir as permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil. (EAJAHI0840) Relacionar as práticas nazistas e fascistas com questões políticas e sociais da contemporaneidade. |
Língua Portuguesa | (EAJALP0707) Identificar a organização dos textos normativos e legais. (EAJALP0718) Apreciar e compreender a função do eu lírico na poesia. (EAJALP0806) Reconhecer as características composicionais dos textos normativos e legais. (EAJALP0815) Ler e apreciar poemas diversos. (EAJALP0824) Elaborar, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos. |