Esta proposta de atividade de Língua Portuguesa é destinada aos estudantes do 6º Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
ARGUMENTOS E CONTRA-ARGUMENTOS
Argumento e contra-argumento são elementos fundamentais em discussões, debates e produção de textos argumentativos. Eles estão presentes em situações que demandam defesa de pontos de vista, tomada de decisões ou análise crítica.
O que é um argumento?
Um argumento é um conjunto de ideias organizadas para defender um ponto de vista, opinião ou tese. Ele se baseia em evidências, raciocínios lógicos ou experiências que dão suporte à posição apresentada.
Componentes de um argumento:
A tese
Considerada como a ideia principal ou opinião que se deseja defender.
As evidências
São dados, fatos, exemplos ou citações que sustentam a tese.
O raciocínio
Trata-se da conexão lógica entre a tese e as evidências.
O que é um contra-argumento?
O contra-argumento é uma resposta que questiona, refuta ou apresenta uma perspectiva diferente da tese ou dos argumentos originais. Ele é usado para fortalecer o debate, mostrar a consideração de outras opiniões ou testar a consistência de um argumento.
Componentes de um contra-argumento:
Posição oposta
Trata-se de uma visão contrária à tese original.
Justificativa
São evidências ou raciocínios que sustentem essa posição.
Exemplo de contra-argumento ao argumento anterior:
Posição oposta: “Exercícios físicos não são eficazes para todos na melhora da saúde mental.” J
Justificativa: Algumas pessoas relatam que atividades físicas podem causar frustração quando não conseguem atingir metas, o que aumenta o estresse.
A relação entre argumento e contra-argumento
Em textos argumentativos ou debates, o uso de contra-argumentos é uma estratégia poderosa. Eles permitem ao autor antecipar possíveis objeções e apresentar refutações, demonstrando o domínio sobre o tema e fortalecendo a argumentação principal.
Concluindo a habilidade de construir argumentos e considerar contra-argumentos é essencial para o pensamento crítico e o diálogo construtivo. Seja em textos escritos ou interações orais, exercitar essa prática contribui para uma comunicação mais efetiva e fundamentada.
RESPONDA AS QUESTÕES
QUESTÃO 1
Por que é importante considerar contra-argumentos ao construir um texto ou discurso argumentativo? Como isso pode fortalecer ou enfraquecer uma argumentação?
QUESTÃO 2
Compare o uso de argumentos e contra-argumentos em dois contextos diferentes, como debates acadêmicos e postagens em redes sociais. Quais diferenças você observa em termos de eficácia e profundidade?
QUESTÃO 3
Explique o que é um argumento, destacando seus elementos principais. Use exemplos para ilustrar sua resposta.
QUESTÃO 4
A opção abaixo que descreve corretamente um argumento é
(A) uma crítica feita sem evidências.
(B) uma ideia defendida com base em fatos.
(C) uma opinião emitida sem justificativa.
(D) uma refutação a uma tese apresentada.
QUESTÃO 5
O principal objetivo de apresentar contra-argumentos em um debate é
A) confundir o oponente com novas abordagens e falácias
B) demonstrar que há diferentes pontos de vista sobre o tema.
C) impedir que o outro lado finalize sua argumentação.
D) provar que o argumento original não é válido sem justificativa.
Autoria: | Regina Cácia |
Formação: | Letras – Língua Portuguesa |
Componente Curricular: | Língua Portuguesa |
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: | (EJALP0602) Utilizar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos, bem como a formulação de perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos (EJALP0603) Construir discursos que apresentem premissas lógicas tanto na construção de argumentos contrários ou favoráveis a uma tese socialmente compartilhada, quanto na construção de réplicas e tréplicas consistentes |
Referências: | ABREU, A. S. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção. 9. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006. BAKHTIN, M. M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2010. BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BRAIT, B. Bakhtin e a natureza constitutivamente dialógica da linguagem. In: BRAIT, B. (Org.). Bakhtin, dialogismo e construção de sentido. 2. ed. São Paulo: Editora da UNICAMP, 2005. p. 91-104. |