Esta proposta de atividade de Língua Portuguesa é destinada aos estudantes do 6º Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
AMBIGUIDADE E CLICHÊ
A construção de um texto exige alguns cuidados importantes, além dos aspectos ortográficos, é fundamental observar o sentido e o contexto dos enunciados, pois em uma boa redação deve-se evitar o uso da ambiguidade e do clichê. A ambiguidade ocorre quando uma sentença ou enunciado permite dupla interpretação. Para a literatura ambiguidade é vista como uma figura de estilo, um recurso inovador e requintado para linguagem, no entanto para uma boa redação a ambiguidade é vista como um vício de linguagem, que decorre da má construção da frase ou do uso indevido da palavra. Enquanto recurso de estilo ambiguidade é muito usada nos textos poéticos, nas músicas e em especial nos textos publicitários, pois muitas vezes o próprio nome do produto é gerador de sentidos e novos significados. E para tal comprovação basta observar o nome dado as guloseimas disponíveis no mercado: Biss, Talento, Prestígio, Sensação. O clichê é visto como uma frase pronta, ou mesmo uma ideia que se repete. Está sempre próximo do lugar comum, o senso comum que se repete para evidenciar uma fala. No plano escrito o clichê faz com que o texto se assemelhe a outros anteriores, perdendo a originalidade e a qualidade. Por ser considerado como uma repetição o clichê se torna um chavão, que é reproduzido diversas vezes. Por estar muito relacionado ao cotidiano o clichê é fácil de ser reconhecido nas falas populares, mas não é visto como um bom recurso para a produção de um texto, pois seu uso é inadequado tornando o texto um imitação. Por ser uma ideia desgastada o clichê é muitas vezes uma metáfora em desuso, afinal seu sentido original se perdeu com as repetições.
RESPONDA AS QUESTÕES
QUESTÃO 1
A ambiguidade é a duplicidade de sentidos que pode existir em um enunciado. Com base neste conceito dê os possíveis sentidos para a frase abaixo:
” O que faz uma boa cidade.”
QUESTÃO 2
Enquanto recurso de expressão a ambiguidade é utilizada com frequência em textos poéticos e em textos publicitários. Você conhece alguma propaganda ou anúncio publicitário que usaram a ambiguidade como recurso? Você pode citar a marca ou o produto do referido anúncio.
QUESTÃO 3
Os clichês são expressões carregadas de vícios de linguagem, observe estes exemplos:
“A pressa é inimiga da perfeição.”
“Os homens são todos iguais.”
“Todos os políticos são corruptos.”
Agora com suas palavras, reescreva estes enunciados explorando o seu sentido, evitando o uso do senso comum.
QUESTÃO 4
Assinale a alternativa correta sobre o conceito de clichê:
(A) O clichê não é visto como uma frase pronta.
(B) O clichê faz com que o texto se assemelhe a outros anteriores.
(C) O clichê não pode ser considerado como uma repetição
(D) O clichê reproduzido diversas vezes torna-se uma música.
QUESTÃO 5
A ambiguidade e o clichê não são aconselháveis em:
(A) textos poéticos
(B) textos publicitários
(C) textos literários
(D) textos jornalísticos
SAIBA MAIS
Com a intenção de abordar o assunto ambiguidade e clichê assista ao vídeo que menciona algumas curiosidades sobre estes vícios de linguagem que devem ser evitdos.
Acesse os materiais referentes a essa atividade clicando aqui: https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/propostas_didaticas/propostas-didaticas-lingua-portuguesa-eja-8a-serie/
Autoria: | Regina Cácia |
Formação: | Letras – Língua Portuguesa |
Componente Curricular: | Língua Portuguesa |
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: | (EJALP0627) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de figuras de linguagem |
Referencial teórico: | SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1980. SILVA, L. B. da. Ambiguidades da língua portuguesa: recorte classificatório para a elaboração de um modelo ontológico. 2006. 135f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – FACE, Universidade de Brasília, Brasília, 2006. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. 13ª ed. São Paulo: Cortez, 2009 |