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História – Povos da Antiguidade Oriental

Esta proposta de atividade de História é destinada aos estudantes do 4º Período da Educação de Jovens e Adultos-EJA


Placa de marfim de Abidos de Usafredo abatendo um inimigo do Oriente. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:IvoryLabelOfDen-BritishMuseum-August19-08.jpg> acesso em 05, mai. 2023.

POVOS DA ANTIGUIDADE ORIENTAL

O historiador Ciro Flamarion Cardoso considerou que a Antiguidade oriental abrange: um período de aproximadamente 2700 anos, de 3000 a.C. a 334 a.C.; e uma área que, hoje, compreende Egito, Turquia, Síria, Líbano, Israel, Jordânia, Iraque, Irã e Afeganistão.

Nessa região desenvolveram-se grandes civilizações, povos como assírios, sumérios, acádios, egípcios, persas, fenícios e hebreus, encontram-se Estados centralizados, a escrita, as grandes religiões monoteístas.

Considerando as diferenças socioeconômicas e a formação de etnias, Ciro Flamarion Cardoso dividiu esta extensa área em duas: de um lado, Egito e Mesopotâmia; de outro, Ásia Menor, Síria-Palestina e Irã.

Egito e Mesopotâmia

O Egito e a baixa Mesopotâmia eram uma extensa planície aluvional. Ocorria anualmente uma fertilização natural dos solos ribeirinhos. Isso demandou um longo investimento coletivo de trabalho para a construção de diques, barragens, canais e reservatórios. Formaram-se sociedades complexas e urbanizadas, baseadas na irrigação, com populações muito mais densas que em outras partes.

Para garantir a sobrevivência das cidades desenvolveu-se um sistema baseado na imposição de tributos em trabalho e em produtos às aldeias. Assim, formaram-se complexos político-econômicos enormes e estáveis em torno do palácio real e dos templos.

A monarquia era considerada o regime político normal de povos civilizados em todo o Oriente Próximo, com fundamento e justificação ideológica na religião. Era um elemento mediador entre as esferas divina e humana, entre a sociedade, a natureza e o sobrenatural. No Egito, o faraó era deus encarnado; na Mesopotâmia, o rei era representante de deus.

Ásia Menor, Síria-Palestina e Irã

Nesta região a agricultura, que não era irrigada, não alcançou a mesma produtividade que as áreas de planícies aluvionais. As condições ecológicas, a baixa densidade demográfica, as comunicações mais difíceis impuseram limites à centralização do poder e não permitiram a formação de grandes complexos.

Os templos não dominaram vastas riquezas e a tributação ocorria principalmente em proveito do palácio real. Os complexos palaciais foram mais instáveis e menos duráveis. O rei era somente um líder hereditário de origem tribal.

Etnias

Os habitantes da baixa Mesopotâmia perceberam-se desde muito cedo como uma coletividade étnica única em contraste com povos nômades pastores do deserto e montanhas; sublinhavam o fato de terem escrita, templos, reis e cidades.

Os egípcios, também muito cedo, se perceberam como coletividade à parte; considerava-se como a única humanidade. Os outros povos, subumanos, eram naturalmente inferiores, condenados à subjugação pelo faraó.

Nas regiões da Ásia Menor, Síria-Palestina e Irã, Estados em que se manifestasse uma autoconsciência étnica foi um fato tardio.

RESPONDA AS QUESTÕES

QUESTÃO 1

O historiador Ciro Flamarion Cardoso dividiu a extensa região do Oriente Próximo, na Antiguidade, em duas áreas distintas. Nesta divisão ele considerou:

(A) As diferenças socioeconômicas e a formação de etnias.

(B) A planície aluvional e a fertilização dos solos.

(C) A importância histórica da região e as grandes civilizações.

(D) O contraste da natureza e das formas de trabalho em cada uma.

QUESTÃO 2

No Oriente Próximo, durante a Antiguidade, a monarquia tinha seu fundamento e justificação ideológica na religião. Mas havia uma diferença entre as monarquias do Egito e da Mesopotâmia. Qual era essa diferença?

(A) No Egito, o faraó era representante de deus; na Mesopotâmia, o rei era um líder hereditário de origem tribal.

(B) No Egito, o faraó era deus encarnado; na Mesopotâmia, o rei era representante de deus.

(C) No Egito, o faraó era um líder hereditário de origem tribal; na Mesopotâmia, o rei era deus encarnado.

(D) No Egito, o faraó representava uma religião monoteísta; na Mesopotâmia, o rei era politeísta.

QUESTÃO 3

O que significa a expressão Antiguidade Oriental em história?

QUESTÃO 4

De que forma podemos relacionar as identidades étnicas dos povos da Antiguidade Oriental com a natureza, o trabalho e o poder naquela região?


Autoria:Anísio José Pereira Filho
Formação:História
Componente Curricular:História
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:(EJAHI0418) Relacionar natureza, trabalho e poder no processo de formação das identidades históricas dos povos da antiguidade oriental e ameríndia.
Referencial teórico:CARDOSO, Ciro Flamarion. Antiguidade oriental: política e religião. São Paulo: Contexto, 1990.