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História – Mercantilismo e Plantation

Esta proposta de atividade de História é destinada aos estudantes do 5º Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA


MERCANTILISMO E PLANTATION

Seguindo as diretrizes mercantilistas, os portugueses estabeleceram a exploração econômica de sua colônia na América a partir do sistema de plantation.

Esse sistema possui quatro características principais:

Latifúndio

Para a distribuição de terras e estímulo do povoamento e da produção, os portugueses usaram a lei de sesmaria, criada em Portugal em 1375. O beneficiário precisava iniciar o cultivo da terra no prazo de cinco anos, sob pena de perder a posse. A distribuição de sesmarias começou já nas capitanias hereditárias. Esse modo de distribuição acabou criando o domínio de uma pessoa ou família sobre grandes extensões de terra dando origem ao latifúndio.

Monocultura

A monocultura é o cultivo de um único produto em grandes extensões de terra. No caso da colonização portuguesa na América, esse produto foi a cana-de-açúcar. O açúcar era um produto muito valorizado na Europa e o Brasil tornou-se o maior produtor. Monocultura e latifúndio se combinam.

Produção para exportação

A produção em grande quantidade que a monocultura proporciona tinha um objetivo: a exportação. O açúcar produzido no Brasil alcançava um bom preço no mercado europeu e produzia grandes lucros. Tornou-se alvo da cobiça das potências europeias obrigando Portugal a adotar o sistema de comboios e frotas na travessia do Atlântico.

Trabalho escravo

O trabalho escravo era a forma predominante de mão-de-obra. O escravizado, trazido da África, era considerado uma mercadoria, propriedade da qual o seu senhor poderia dispor da forma que quisesse. Era uma mercadoria valiosíssima movimentando um mercado bastante lucrativo que fez a fortuna de muitos comerciantes. O escravizado fazia todos os tipos de serviço no engenho de açúcar e estava submetido a um cotidiano de violências.

Mercantilismo e plantation

O sistema de plantation integrava-se com as diretrizes mercantilistas. Era uma estratégia que permitia à metrópole alcançar uma balança comercial favorável.

RESPONDA AS QUESTÕES

QUESTÃO 1

Monocultura e latifúndio se combinam porque:

(A) A monocultura é o cultivo de diversos produtos num pequeno espaço.

(B) O latifúndio é uma pequena porção de terra onde se planta a monocultura.

(C) A monocultura é o cultivo de um produto em grandes extensões de terra.

(D) O latifúndio e a monocultura não dependem de grandes investimentos.

QUESTÃO 2

Marque a alternativa que aponta corretamente as características do sistema de plantation.

(A) Trabalho livre, terra como mercadoria, produção de excedente, policultura.

(B) Trabalho escravo, latifúndio, produção para exportação, monocultura.

(C) Trabalho assalariado, minifúndio, policultura, produção para o mercado interno.

(D) Trabalho servil, feudo, produção para subsistência, culturas diversas.

QUESTÃO 3

Qual a relação entre o sistema de plantation e o mercantilismo?

QUESTÃO 4

Estudamos o passado porque ele interfere no presente, há sempre partes do passado que não passam. Você acredita que o sistema de plantation é um passado superado, no Brasil, ou você identifica algumas dessas características ainda hoje em nosso país? Escreva um parágrafo sobre as heranças que recebemos desse sistema e as suas consequências.

Saiba mais

Nossas heranças coloniais

O sistema de plantation deixou algumas marcas na constituição das nossas relações sociais. Veja aí.

Canal Anísio Filho. Nossas heranças coloniais. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QoXVDY8lgOU> acesso em 23, fev. 2022.

Autoria:Anísio José Pereira Filho
Formação:História
Componente Curricular:História
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:(EJAHI0511) Caracterizar o sistema de plantation e relacioná-lo às práticas coloniais portuguesas na América.
Referencial teórico:FERLINI, Vera. A civilização do açúcar. 11. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994 (Coleção Tudo é História).
SCHWARCZ, Lilia. STARLING, Heloísa. Brasil: uma biografia. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.