Olá! Esta aula de Geografia é destinada a educandos da 8ª Série da Eaja.
Esta aula pretende analisar a queda do muro de Berlim, a crise no socialismo soviético e a ordem Multipolar.
Assista a videoaula abaixo, com a temática – Geografia – A crise na URSS – crise no socialismo soviético
A crise na URSS – crise no socialismo soviético
Em 1985, Mikhail Gorbachev assumiu o poder na União Soviética. Nos anos seguintes, ele iniciou um processo de reestruturação econômica (perestroika), com abertura política e transparência das ações do Estado (glasnost). Entre as ações empreendidas por iniciativa do líder soviético, destacaram-se os acordos entre os blocos socialista e capitalista para a diminuição do arsenal nuclear. Esses acordos diminuíram um pouco a tensão política no mundo, principalmente em relação às consequências de uma guerra nuclear.
As corridas espacial e armamentista são algumas das razões pelas quais a União Soviética chegou ao fim. Isso porque, no início do governo Gorbachev, a economia do país já se encontrava bastante debilitada, em grande parte por causa dos pesados investimentos nas indústrias bélica e aeroespacial.
A crise soviética marcou o fim da Guerra Fria, cujo símbolo foi a queda do Muro de Berlim, em 1989. O desmembramento da União Soviética em vários países independentes e o desaparecimento do socialismo na Europa Oriental convergiram, também, para mudanças no cenário político europeu, simbolizadas pela entrada de antigos países socialistas na União Europeia.
A queda do muro, 1989.
Pessoas reunidas junto a uma abertura no muro de Berlim, em novembro de 1989. A queda do Muro de Berlim é um dos eventos que simbolizam o fim da Guerra Fria.
Guerra Fria. 1 fot., color. In Britannica Escola. Web, 2021. Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/artigo/Guerra-Fria/481011/recursos/233310>. Acesso em: 01 de Dezembro de 2021.
Alemães do leste e do oeste sobre o Muro de Berlim, em frente ao Portão de Brandenburgo, em 10 de novembro de 1989. O muro que dividia a cidade tinha sido aberto no dia anterior.
Muro de Berlim. 1 fot., color. In Britannica Escola. Web, 2021. Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/pesquisa/artigos/levante do muro /recursos/145958>. Acesso em: 01 de Dezembro de 2021.
Atualmente, muitas partes do Muro de Berlim que ainda permanecem de pé são cobertas por arte, como grafite e pinturas.
Algumas considerações sobre a Guerra Fria e o mundo Bipolar
Essa guerra fria trouxe alguma coisa positiva pra nós? A corrida espacial trouxe muitos avanços tecnológicos que se tornaram parte do nosso dia a dia e estão presentes em ambientes variados. Entre eles, podemos citar: o Sistema de Posicionamento Global (GPS), o micro-ondas, equipamentos utilizados para exercício físico, máquinas e equipamentos utilizados em hospitais e laboratórios, o desenvolvimento da fotografia digital, entre outros.
Texto complementar
O texto a seguir traz alguns dos motivos da queda do socialismo frente ao capitalismo durante a Guerra Fria.
[…] não foi o confronto hostil com o capitalismo e seu superpoder que solapou o socialismo. Foi mais a combinação entre seus próprios defeitos econômicos, cada vez mais evidentes e paralisantes, e a dominante economia capitalista mundial. Na medida em que a retórica da Guerra Fria via capitalismo e socialismo, o “mundo livre” e o “totalitarismo”, como dois lados de um abismo intransponível, e rejeitava qualquer tentativa de estabelecer uma ponte, […] ela assegurava a sobrevivência do adversário mais fraco. Pois, entrincheirada por trás de cortinas de ferro, mesmo a ineficiente e frouxa economia de comando por planejamento centralizado era viável – talvez cedendo aos poucos, mas de nenhum modo passível de desabar de uma hora para outra. Foi a interação da economia do tipo soviético com a economia mundial capitalista, a partir da década de 1960, que tornou o socialismo vulnerável. Quando os líderes socialistas na década de 1970 preferiram explorar os recursos recém-disponíveis do mercado mundial (preços de petróleo, empréstimos fáceis etc.), em vez de enfrentar o difícil problema de reformar seu sistema econômico, cavaram suas próprias covas. […]
Fonte: HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 246-248.
Disponível em: DELLORE, Cesar Brumini. Araribá Mais: Geografia. Editora Moderna, 1ª Ed, São Paulo, 2018. 6º ao 9º. PNLD 2020. p. 23.
Com o fim da Guerra Fria, em 1989-1990, vários países deixaram o bloco socialista e aderiram à economia de mercado, típica do sistema capitalista. Com isso, os Estados Unidos emergiram como a grande potência mundial, com reflexos na economia, na sociedade e na cultura de todo o planeta.
A nova ordem mundial é a multipolar (tendo os países capitalistas no centro do comando mundial). São vários pólos de poder, influência e controle dos setores comercial, industrial, financeiro e tecnológico.
Espero que tenham aprendido e até a próxima!
Chegou o momento de você mostrar o que aprendeu, vamos lá?
Atividades
Questão 1 – Ao ler o texto, você consegue entender os motivos e razões para a crise na URSS e a queda do socialismo?
Questão 2 – O que você poderia dizer ao ver as imagens da queda do Muro de Berlim? Qual a sua reação se vivesse na Alemanha naquele período?
Questão 3 – Quais os avanços tecnológicos que foram introduzidos em nosso dia a dia?
Questão 4 – Explique sobre a nova ordem mundial.
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: | (EAJAGE0802) Identificar as características das espacialidades e territorialidades do mundo nos pós Segunda Guerra Mundial e o papel da Europa. |
Referências: | DELLORE, Cesar Brumini. Araribá Mais: Geografia. Editora Moderna, 1ª Ed, São Paulo, 2018. 6º ao 9º. PNLD 2020. Guerra Fria. 1 fot., color. In Britannica Escola. Web, 2021. Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/artigo/Guerra-Fria/481011/recursos/233310>. Acesso em: 10 de abril de 2021. Guerra Fria, artigo, disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/Guerra-Fria/481011, acesso em 10 de Abril de 2021. HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 246-248. |