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Nessa atividade, vamos conhecer o que é e quais são as consequências das fakenews. Além disso, discutiremos as maneiras de reconhecer as notícias falsas e não propagá-las. Ao pensarmos o fenômeno fakenews, ampliaremos a nossa visão sobre tradução, estrangeirismo e denotação/conotação. Vamos lá?
Você sabe o que são fakenews?
Fake e news são duas palavras de origem inglesa, chamamos esse fenômeno de estrangeirismo, quando tomamos uma palavra de outra língua e a utilizamos no dia a dia. Veja que interessante, a tradução literal de fakenews é notícia falsa… Mas, se fôssemos traduzir para o português, veríamos que nem sempre fakenews é uma notícia falsa. Às vezes, ela é tendenciosa, quer ver? Imagina divulgar uma informação bem antiga como se fosse de hoje…? A notícia seria verdadeira, mas tendenciosa para a atualidade.
É bom explicar uma palavra que foi usada, porque nem todos talvez a conheçam… A palavra é literal, lembra? Literal é o significado da palavra tal como está no dicionário, já o sentido não literal ou conotativo é aquele que depende do contexto. Lembra do poema do Carlos Drummond de Andrade, que diz “tinha uma pedra no caminho”, a palavra “pedra”, no poema, não está no sentido literal, mas no conotativo…
A linguagem denotativa é aquela do dicionário, literal mesmo, já a conotativa é aquela que faz a pedra do poema de Drummond se tornar algo diferente, um obstáculo, uma dificuldade… Será que a linguagem conotativa pode ser uma arma para as fakenews? Já que a palavra pode ter muitos sentidos, então, imagina se alguém mudar a informação de contexto e divulgá-la pela net, de forma maldosa mesmo, a fake está feita.
Mas não é somente a linguagem conotativa que é usada na produção das fakenews. A própria linguagem denotativa, do dicionário mesmo, também é usada. Por exemplo, se uma pessoa pegar uma notícia antiga e veiculá-la hoje, como se fosse de ontem, ocultando a data, por exemplo, então, teremos uma notícia não verdadeira para os nossos dias, concorda?Por isso, se formos traduzir a palavra fakenews para o português, uma tradução livre, não literal, uma possibilidade seria de afirmar que fakenews é uma meia verdade.
É meia verdade porque fakenews pode ser uma notícia verdadeira, que usada em outro contexto, pode gerar uma notícia tendenciosa. Outra possibilidade de tradução para fakenews é notícia tendenciosa. Pelo que estamos vendo, não há uma tradução perfeita, então, podemos continuar usando fakenews mesmo para que cada um forme o próprio conceito da palavra.
Agora, imagina as fakenews em época de pandemia… Vamos assistir a um vídeo que amplia essa discussão:
Como tem gente má nesse mundo… Sair por aí propagando que o chá disso ou daquilo mata o vírus da Covid19 não é nada honesto. Infelizmente, há algumas consequências irreversíveis, por exemplo, o caso da Fabiane de Jesus. Ela morreu por conta dessas fofocas maldosas propagadas pela net.
Mais uma tradução para fakenews… Livre tradução: fofoca maldosa propagada pela internet. Foi citada no vídeo a covid19 e ficou claro que as fakenews circulam de modo semelhante ao vírus. Cada um vai transmitindo a informação falsa para o outro e assim vai, muito parecido com o vírus, em que o infectado acaba contaminando os outros. Veja a opinião do Biólogo Átila Iamarino diz sobre isso:
Do mesmo modo que o vírus diminui a circulação quando evitamos a interação social, as fakenews também diminuem quando não saímos compartilhando qualquer informação por aí. Mas, como podemos identificar as fakenews para não sair divulgando besteiras por aí ?
Uma dica…. “Na dúvida, não compartilhe!”, como dizem os vídeos da Justiça Eleitoral. Então, é melhor sempre checar as informações, procurar aquela notícia em outros meios de divulgação é uma boa saída também. Bora ver o que a professora Nara Rubia tem a nos dizer sobre o tema?
A professora Nara tocou em algo bem delicado e interessante. As fakes são feitas para ampliar o capital digital. É isso mesmo… Há sites, por exemplo, que vivem dos acessos, das visualizações: as pessoas precisam acessar a matéria para aumentar a renda. Isso é capital digital: é a renda gerada pelo acesso a determinadas páginas. Então, por isso há matérias tão sensacionalistas por aí, hein? O objetivo é fazer você clicar no link para eles ganharem com o seu acesso.
Outra coisa legal que ela disse: observar as fontes. Você já viu o tanto de blogs que tem por aí? Isso é bom, a diversidade é show, no entanto, é preciso saber quem veicula o que e por que divulga essa e não aquela informação. Sabendo disso, fica mais fácil não cair no tropeço cibernético.
“Tropeço cibernético”, mais uma tradução livre para fakenews! Agora, vamos ver outro vídeo, bem curtinho, que ajuda a gente a desvendar esses tropeços; ajuda a identificar as notícias falsas.
Essas dicas ajudam mesmo a identificar se uma notícia é ou não falsa. Primeiro passo: desconfiar das notícias muito impactantes, apelativas. Segundo passo: conferir sempre (há sites na internet especializados nisso: dá um google lá. Terceiro: é fato ou opinião? A opinião é livre, mas dizer que aconteceu mesmo, que é fato, é outra coisa. Gostou das dicas?
Recordando: desconfiar bastante, conferir a fonte, perceber se é fato ou opinião. Ampliando o assunto, você já ouviu falar em deepfake? São palavras em inglês: deep é profundo e, fake, mentira. Tradução literal: mentira profunda. Então, vamos ver mais sobre essas mentiras porretas, as deepfake?
Além de mentir, eles usam a tecnologia para simular a verdade. Isso é terrível porque muita gente bem intencionada deve cair nessa. Será que você já caiu?
As deepfakes começaram com sites de conteúdo adulto, simulando a voz de atrizes, mas hoje há, inclusive, discursos políticos feitos por robôs. É… Checar as informações é crucial mesmo. Precisamos aprender melhor como checar essas informações. Já sabemos da necessidade de observar a fonte. Se algo vem sem fonte, sem autoria, devemos questionar a credibilidade. E se o blog ou site não for confiável, é bom procurar a informação em outros meios, assim comparamos as informações. Mas vamos ver mais sobre como checar as informações?
Geralmente, essas fakes vêm acompanhadas de manchetes bem apelativas, que é o título da notícia, e o objetivo é bem claro… É mexer com os nossos sentimentos e, assim, não só acessarmos a notícia como divulgarmos também. Por isso, é bom sempre ler a matéria inteira porque às vezes, durante a leitura, já vamos percebendo as mentiras.
Então, desse jeito, com tanta mentira na internet, muita gente acredita que é verdade o que é falso. Falso o que é verdadeiro. Isso lembra aquele velho dito de um certo publicitário, que dizia: “uma mentira dita mil vezes se torna verdade”. Assista ao vídeo Fake News, Ciência e Educação, do minuto 2’43” a 7’24”:
A fala do professor Fernando de Moraes é muito interessante. Ele mostra que a mentira sempre houve na humanidade, mas, agora, nas últimas décadas há uma normatização da mentira, ou seja, muita gente já acha normal viver divulgando essas fakenews. Isso é péssimo porque algumas pessoas se identificam com as mentiras e acabam achando que aquilo é a verdade do sujeito.
Agora é hora de recapitular o que já falamos. Você lembra como fazemos para descobrir se uma notícia é ou não falsa? Primeiro é bom observar a manchete, o título da notícia… Se for muito apelativa, então, coloca a pulga atrás da orelha… O que mais? A fonte. Todo texto vem de uma fonte, de um jornal, de um blog, de uma revista… Se a fonte for duvidosa, mais uma pulguinha aí, detrás da orelha. Outra coisa: ler a matéria inteira antes de compartilhar, isso ajuda a desvendar o lance das fakes, porque durante a leitura você pode encontrar traços de mentira. Mais uma dica: se tiver dúvidas, procure uma notícia parecida em sites confiáveis, se não encontrar é muito provável que seja fake. Enfim, a principal dica: na dúvida, não compartilhe!
Tudo recapitulado… Agora é com você; é hora da atividade!
Atividade
- Pesquise uma notícia falsa na internet, em seguida, explique por que essa notícia é fakenews. Você pode pedir ajuda para os seus familiares ou amigos, afinal é sempre bom ler e escrever junto com o próximo, né?… Deixe a criatividade rolar! Após escrever, poste nas suas redes sociais (ou envie para amigos) para que ninguém caia nessas mentiras contadas por aí.
- Ao longo das discussões, apresentamos várias possíveis traduções livres. Crie uma tradução livre inovadora para fakenews e escreva no seu caderno.
- Procure uma fakenews na internet e encontre palavras no sentido conotativo e denotativo. Explique cada palavra selecionada.
- Explique o que é estrangeirismo. Dê exemplos.
Atenção, estudante!
Esta aula foi veiculada na TV no dia 23/09/2020, quarta-feira, contemplando o eixo Ética e Cidadania. No Portal Conexão Escola, ela está apresentada em uma forma de atividade, mas você pode assistir à videoaula quando desejar, acessando-a na parte inferior da tela. Aproveite, assista e compartilhe! Vamos lá?
História | (EAJAHI0870) Problematizar o projeto republicano brasileiro analisando se, 100 anos após a proclamação, o Brasil finalmente se tornou uma República. (EAJAHI0892) Discutir e reconhecer que as culturas se transformam por meio da convivência e de trocas ao longo da história e, desse modo, compreender que a cultura não é imutável. |
Língua Portuguesa | (EAJALP0510) Realizar leitura de pesquisas em fontes impressas e digitais. (EAJALP0768) Analisar o uso da linguagem denotativa e conotativa presente em textos. (EAJALP0511) Conferir a fidedignidade das fontes selecionadas. (EAJALP0626) Identificar, em textos, os diversos efeitos de sentido possíveis. (EAJALP0679) Reconhecer os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas. (EAJALP0745) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes e respeitar os turnos de fala no momento das discussões. |
EAJA – Segundo Segmento