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Nessa atividade, vamos conhecer o que é e quais são as consequências das fakenews. Além disso, discutiremos as maneiras de reconhecer as notícias falsas e não propagá-las. Ao pensarmos o fenômeno fakenews, ampliaremos a nossa visão sobre tradução, estrangeirismo e denotação/conotação. Vamos lá?
Você sabe o que são fakenews?
Fake e news são duas palavras de origem inglesa, chamamos esse fenômeno de estrangeirismo, quando tomamos uma palavra de outra língua e a utilizamos no dia a dia. Veja que interessante, a tradução literal de fakenews é notícia falsa… Mas, se fôssemos traduzir para o português, veríamos que nem sempre fakenews é uma notícia falsa. Às vezes, ela é tendenciosa, quer ver? Imagina divulgar uma informação bem antiga como se fosse de hoje? A notícia seria verdadeira, mas tendenciosa para a atualidade.
É bom explicar uma palavra que foi usada, porque nem todos talvez a conheçam… A palavra é literal, lembra? Literal é o significado da palavra tal como está no dicionário, já o sentido não literal ou conotativo é aquele que depende do contexto. Lembra do poema do Carlos Drummond de Andrade, que diz “tinha uma pedra no caminho”, a palavra “pedra”, no poema, não está no sentido literal, mas no conotativo… Bora ver um vídeo sobre o sentido das palavras e depois voltar para o assunto principal das fakes? Solta o vídeo.
https://drive.google.com/drive/folders/1Em0pwWoI72momyJUdBjTmC3enpRiCuBS Linguagem denotativa e linguagem conotativa. (1’25’’)
A linguagem denotativa é aquela do dicionário, literal mesmo, já a conotativa é aquela que faz a pedra do poema de Drummond se tornar algo diferente, um obstáculo, uma dificuldade… Será que a linguagem conotativa pode ser uma arma para as fakenews? Já que a palavra pode ter muitos sentidos, então, imagina se alguém mudar a informação de contexto e divulgá-la pela net, de forma maldosa mesmo, a fake está feita.
Mas não é somente a linguagem conotativa que é usada na produção das fakenews. A própria linguagem denotativa, do dicionário mesmo, também é usada. Por exemplo, se uma pessoa pegar uma notícia antiga e veiculá-la hoje, como se fosse de ontem, ocultando a data, por exemplo, então, teremos uma notícia não verdadeira para os nossos dias, concorda?Por isso, se formos traduzir a palavra fakenews para o português, uma tradução livre, não literal, uma possibilidade seria de afirmar que fakenews é uma meia verdade.
É meia verdade porque fakenews pode ser uma notícia verdadeira, que usada em outro contexto, pode gerar uma notícia tendenciosa. Outra possibilidade de tradução para fakenews é notícia tendenciosa. Pelo que estamos vendo, não há uma tradução perfeita, então, podemos continuar usando fakenews mesmo para que cada um forme o próprio conceito da palavra.
Agora, imagina as fakenews em época de pandemia… Vamos assistir a um vídeo que amplia essa discussão:
Sair por aí propagando que o chá disso ou daquilo mata o vírus da Covid19 não é nada honesto. Infelizmente, há algumas consequências irreversíveis, por exemplo, o caso da Fabiane de Jesus. Ela morreu por conta dessas fofocas maldosas propagadas pela net.
Mais uma tradução para fakenews… Livre tradução: fofoca maldosa propagada pela internet. Foi citada no vídeo a covid19 e ficou claro que as fakenews circulam de modo semelhante ao vírus. Cada um vai transmitindo a informação falsa para o outro e assim vai, muito parecido com o vírus, em que o infectado acaba contaminando os outros. Veja a opinião do Biólogo Átila Iamarino diz sobre isso:
Do mesmo modo que o vírus diminui a circulação quando evitamos a interação social, as fakenews também diminuem quando não saímos compartilhando qualquer informação por aí. Mas, como podemos identificar as fakenews para não sair divulgando besteiras por aí ?
Uma dica…. “Na dúvida, não compartilhe!”, como dizem os vídeos da Justiça Eleitoral. Então, é melhor sempre checar as informações, procurar aquela notícia em outros meios de divulgação é uma boa saída também. Bora ver o que a professora Nara Rubia tem a nos dizer sobre o tema?
A professora Nara tocou em algo bem delicado e interessante. As fakes são feitas para ampliar o capital digital. É isso mesmo… Há sites, por exemplo, que vivem dos acessos, das visualizações: as pessoas precisam acessar a matéria para aumentar a renda. Isso é capital digital: é a renda gerada pelo acesso a determinadas páginas. Então, por isso há matérias tão sensacionalistas por aí, hein? O objetivo é fazer você clicar no link para eles ganharem com o seu acesso.
Outra coisa legal que ela disse: observar as fontes. Você já viu o tanto de blogs que tem por aí? Isso é bom, a diversidade é show, no entanto, é preciso saber quem veicula o que e por que divulga essa e não aquela informação. Sabendo disso, fica mais fácil não cair no tropeço cibernético.
“Tropeço cibernético”, mais uma tradução livre para fakenews! Agora, vamos ver outro vídeo, bem curtinho, que ajuda a gente a desvendar esses tropeços; ajuda a identificar as notícias falsas.
Essas dicas ajudam mesmo a identificar se uma notícia é ou não falsa. Primeiro passo: desconfiar das notícias muito impactantes, apelativas. Segundo passo: conferir sempre (há sites na internet especializados nisso: dá um google lá. Terceiro: é fato ou opinião? A opinião é livre, mas dizer que aconteceu mesmo, que é fato, é outra coisa. Gostou das dicas?
Recordando: desconfiar bastante, conferir a fonte, perceber se é fato ou opinião. Ampliando o assunto, você já ouviu falar em deepfake? São palavras em inglês: deep é profundo e, fake, mentira. Tradução literal: mentira profunda. Então, vamos ver mais sobre essas mentiras porretas, as deepfake?
Além de mentir, eles usam a tecnologia para simular a verdade. Isso é terrível porque muita gente bem intencionada deve cair nessa. Será que você já caiu?
As deepfakes começaram com sites de conteúdo adulto, simulando a voz de atrizes, mas hoje há, inclusive, discursos políticos feitos por robôs. É… Checar as informações é crucial mesmo. Precisamos aprender melhor como checar essas informações. Já sabemos da necessidade de observar a fonte. Se algo vem sem fonte, sem autoria, devemos questionar a credibilidade. E se o blog ou site não for confiável, é bom procurar a informação em outros meios, assim comparamos as informações. Mas vamos ver mais sobre como checar as informações?
Geralmente, essas fakes vêm acompanhadas de manchetes bem apelativas, que é o título da notícia, e o objetivo é bem claro… É mexer com os nossos sentimentos e, assim, não só acessarmos a notícia como divulgarmos também. Por isso, é bom sempre ler a matéria inteira porque às vezes, durante a leitura, já vamos percebendo as mentiras.
Então, desse jeito, com tanta mentira na internet, muita gente acredita que é verdade o que é falso. Falso o que é verdadeiro. Isso lembra aquele velho dito de um certo publicitário, que dizia: “uma mentira dita mil vezes se torna verdade”. Assista ao vídeo Fake News, Ciência e Educação, do minuto 2’43” a 7’24”:
A fala do professor Fernando de Moraes é muito interessante. Ele mostra que a mentira sempre houve na humanidade, mas, agora, nas últimas décadas há uma normatização da mentira, ou seja, muita gente já acha normal viver divulgando essas fakenews. Isso é péssimo porque algumas pessoas se identificam com as mentiras e acabam achando que aquilo é a verdade do sujeito.
Agora é hora de recapitular o que já falamos. Você lembra como fazemos para descobrir se uma notícia é ou não falsa? Primeiro é bom observar a manchete, o título da notícia… Se for muito apelativa, então, coloca a pulga atrás da orelha… O que mais? A fonte. Todo texto vem de uma fonte, de um jornal, de um blog, de uma revista… Se a fonte for duvidosa, mais uma pulguinha aí, detrás da orelha. Outra coisa: ler a matéria inteira antes de compartilhar, isso ajuda a desvendar o lance das fakes, porque durante a leitura você pode encontrar traços de mentira. Mais uma dica: se tiver dúvidas, procure uma notícia parecida em sites confiáveis, se não encontrar é muito provável que seja fake. Enfim, a principal dica: na dúvida, não compartilhe!
Tudo recapitulado… Agora é com você; é hora da atividade!
Atividade:
Pesquise uma notícia falsa na internet, em seguida, explique por que essa notícia é fakenews. Você pode pedir ajuda para os seus familiares ou amigos, afinal é sempre bom ler e escrever junto com o próximo. Deixe a criatividade rolar! Após escrever, poste nas suas redes sociais (ou envie para amigos) para que ninguém caia nessas mentiras contadas por aí.
Atenção, estudante!
Esta aula foi veiculada na TV no dia 23/09/2020, quarta-feira, contemplando o eixo Ética e Cidadania. No Portal Conexão Escola, ela está apresentada em uma forma de atividade, mas você pode assistir à videoaula quando desejar, acessando-a na parte inferior da tela. Aproveite, assista e compartilhe! Vamos lá?
História | (EAJAHI0204) Estimular a percepção sobre situações cotidianas que proporcionem à compreensão de pertencimento, memória, identidade e mudança. |
Língua Portuguesa | (EAJALP01121) Identificar o sentido\acepção das palavras em diferentes textos. (EAJALP01104) Desenvolver a relação grafema/fonema as regularidades e irregularidades ortográficas. (EAJALP0146) Produzir textos escritos coletivamente e de forma espontânea, considerando a situação comunicativa. |
EAJA – Primeiro Segmento