Esta proposta de atividade de EDUCAÇÃO FÍSICA é destinada aos estudantes do 4ª Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
Mulheres nas Lutas
As Lutas surgiram como forma de autodefesa, e por séculos foi praticada para o combate real e muitas vezes mortal, em sociedades antigas onde as funções sociais eram divididas por gênero, cabendo às mulheres os cuidados com os filhos e com a casa; e aos homens a defesa da família e do território.
Portanto, as lutas não surgiram como práticas competitivas como as conhecemos hoje em dia. Na verdade, as competições são um fenômeno moderno criado a partir dos esportes, e que avançam sobre as outras práticas corporais esportivizando-as.
A configuração social pós-moderna em que vivemos é muito diferente das sociedades anteriores e mais antigas. A ciência e o governo democrático garantem as condições para que agora a prática de luta seja uma prática esportivizada.
E mesmo ainda sendo uma forma de defesa pessoal, existem leis e regras sociais que não permitem mais os combates de antigamente.
Então, tanto as funções sociais não são mais determinadas de acordo com o gênero, quanto a prática de lutas não são mais voltadas para os combates reais e mortais. Abrindo caminho assim para a inserção cada vez maior de mulheres nas competições de lutas.
Mesmo com as condições históricas favoráveis para a inserção das mulheres nas competições de lutas, esse fenômeno não ocorreu de forma natural. As pioneiras nesse processo enfrentaram preconceitos e discriminações até que os espaços fossem conquistados.
Hoje as mulheres conquistaram lugar de destaque nas competições de lutas e não são tratadas como competidoras de 2º categoria, como em grande parte dos esportes, mas sim, como estrelas das lutas principais.
Mas, as mulheres ainda precisam superar cotidianamente preconceitos e desinformação acerca de suas práticas.
Além das lutas nas competições esportivas, as mulheres também precisam enfrentar diversas outras lutas no seu dia-a-dia, contra o preconceito e a misoginia; as diversas formas de violência na rua, no trabalho e em casa; por reconhecimento e valorização no mercado de trabalho e no meio científico.
Questão 1
Atualmente a prática de luta é voltada para
(A) combates reais de vida e morte.
(B) auto defesa pessoal contra invasores.
(C) a dominação e submissão de outras pessoas.
(D) o esporte, a saúde e a manutenção das tradições.
Questão 2
Sobre a participação das mulheres nas competições de lutas, podemos afirmar que
(A) as competições de lutas não são lugar para as mulheres.
(B) as mulheres não deveriam participar de esportes de contato.
(C) as mulheres podem treinar e competir em qualquer tipo de luta.
(D) as mulheres são menos técnicas do que os homens.
Questão 3
Quais fatores políticos e sociais contribuíram para a inserção das mulheres nas competições de lutas?
Questão 4
Além das competições esportivas, as mulheres enfrentam diversas outras lutas no seu dia-a-dia. Cite alguns exemplos que de lutas que as mulheres enfrentam no trabalho ou em casa:
SAIBA MAIS:
Assista ao vídeo do Professor Luciano para saber mais sobre os preconceitos enfrentados pelas mulheres no contexto das lutas:
Superando Preconceitos no Contexto das Lutas
| Autoria | Luciano Alves de Oliveira |
| Formação | Educação Física |
| Componente curricular | Educação Física |
| Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento | (EAJAEF0537) Dialogar sobre as questões geracionais, de saúde, de preconceitos, de modismos, de inclusão/exclusão, de gênero presentes nas lutas, propondo compreensão e superação dos mesmos. |
| Referências | BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Coletivo de autores. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez. 1992 Goiânia. Documento Curricular Eja – 2023. Educação Física. Secretaria Municipal de Educação e Esporte. 2023 Goiânia. Documento Curricular Para a Rede Municipal de Educação de Goiânia – EJA. Secretaria Municipal de Educação e Esporte. 2023 Goiânia. Organização Pedagógica da EJA – 2023. Secretaria Municipal de Educação e Esporte. 2022 |