Good evening, students!! Let’s start our class today!
Boa noite, alunos! Vamos iniciar a nossa aula de hoje.
Preconceito linguístico: o que é, como se faz? Hoje faremos uma introdução sobre este assunto, retomando o conhecimento prévio que vocês já têm sobre ele através das aulas de Língua Portuguesa.
Quem pode dizer o que significa essa expressão e a que se remete?
O “preconceito linguístico”, de acordo com Marcos Bagno (linguista), é o juízo de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às variedades linguísticas de menor prestígio social. Normalmente, esse prejulgamento dirige-se aos grupos mais informais e ligadas às classes sociais menos favorecidas, e que têm menor acesso à educação formal ou têm acesso a um modelo educacional de qualidade deficitária. A língua é vista como um padrão imposto por uma elite econômica e intelectual que considera como “erro” e, consequentemente, reprovável tudo que se diferencie desse modelo. Além disso, ela está intimamente ligado a outros preconceitos também muito presentes na sociedade, como: Preconceito socioeconômico, Preconceito cultural, Racismo e Homofobia.
No Brasil, o preconceito linguístico é muito perceptível em dois âmbitos: no regional e no socioeconômico. Vocês já devem ter os observado.
No preconceito linguístico regional, é comum que os agentes estejam nos grandes centros populacionais, os quais monopolizam cultura, mídia e economia, como Sudeste e Sul. Os alvos, por sua vez, normalmente, estão nas regiões consideradas pelos algozes como mais pobres ou atrasadas culturalmente (como Nordeste, Norte e Centro-Oeste). Rótulos como o de “nordestino analfabeto” ou de “goiano caipira”, infelizmente, ainda estão presentes no pensamento e no discurso de muitos brasileiros.
No preconceito linguístico socioeconômico, o preconceitolinguístico dirige-se da elite econômica para as classes mais pobres. Segundo o professor Bagno, muitos usam a língua como ferramenta de dominação, já que o desconhecimento da norma-padrão, de acordo com essas pessoas, representaria um baixo nível de qualificação profissional. Por essa razão, muitas pessoas permanecem nos subempregos e com péssima remuneração. Resumindo, o preconceito linguístico é um dos pilares da continuidade da divisão de classes no Brasil.
Como acabar com o preconceito linguístico?
A participação de escola, família e mídia na propagação do princípio da adequação linguística é fundamental para o fim do preconceito linguístico.
Adequação linguística: princípio segundo o qual não se fala mais em “certo” ou “errado” na avaliação de uma determinada variedade linguística. Fala-se, pois, se a variedade em questão é adequada ou não à situação comunicativa (contexto) em que ela se manifesta.
Isso significa que, em um contexto formal ou solene, seria adequado o uso da linguagem formal (padrão, culta) e inadequado o uso de uma variedade informal (coloquial). Da mesma forma, em situações informais, deve-se usar uma variante informal (coloquial) em detrimento da linguagem formal (padrão, culta).
Por exemplo:
⇒ Adequado:
“E aí, cara, bão? Anima cine amanhã?” (contexto: um
adolescente conversando com um amigo)
⇒ Inadequado:
“E aí, cara! Bão? Queria trocar uma ideia contigo sobre a facul.” (contexto: um estudante universitário dirigindo-se ao
diretor de seu curso)
Atividade 1
Conseguiram compreender esta retomada do conteúdo?
Vamos concluir com o vídeo do Emicida sobre o preconceito linguístico e com um trabalho escolar feito por alguns alunos em 2016.
Na aula seguinte retomaremos o assunto em alguns contextos para analisarmos as diversas variedades lingüísticas e o preconceito que as acompanham.
Good bye!!!!
See your!!!
Boa noite e até lá!!
Saiba Mais | Referências:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-44502003000200017&script=sci_arttext&tlng=pt
https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/
Componente Curricular | Língua Inglesa |
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento | Desmistificar o conceito de “certo X errado” na língua para desconstruir a ideia de manifestações linguísticas “superiores”. Compreender as variedades lingüísticas e o valor que cada uma carrega para a cultura e sociedade. |
Professor: | Letícia Martins Côrtes |
Instituição Educacional: | Escola Municipal Joaquim Câmara Filho |
CRE: | Jarbas Jayme |
EAJA – 2° Segmento – 7ª a 8ª séries – Experiências e Curiosidades