Esta proposta de atividade de CIÊNCIAS DA NATUREZA é destinada aos estudantes do 6º período da Educação de Jovens e Adultos – EJA.

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DISTÂNCIAS ENTRE ASTROS

Medir distâncias de um ponto ao outro é algo bastante usual em nossas vidas. Há, inclusive, aplicativos de celular que calculam nossos passos diários, e esteiras ergométricas que medem o quanto percorremos em um dado intervalo de tempo em que estamos ali, sobre ela. Ao longo da história, já foram ou ainda são utilizados pés, polegadas, passos, metros, quilômetros… Mas para medir distâncias entre astros, tais medidas são suficientes para algo tão extenso? A resposta é “depende”! Podemos, por exemplo, dizer que a Terra está a 149.597.870.700 metros do Sol (leia-se cento e quarenta e nove bilhões, quinhentos e noventa e sete milhões, oitocentos e setenta mil e setecentos metro), ou afirmar que estão a uma unidade astronômica de distância. O que parece mais adequado para você?

Uma unidade astronômica (UA) equivale à distância entre a Terra e o Sol. Esse padrão ajuda os astrônomos na descrição e no estudo envolvendo as distâncias dentro do nosso Sistema Solar. Ao falar sobre as órbitas dos planetas, por exemplo, dizemos que Júpiter está a cerca de 5,2 UAs do Sol, o que simplifica a compreensão das proporções e distâncias no espaço próximo sem recorrer a números tão grandes quanto metros ou quilômetros.

Quando lidamos com as imensas vastidões do Universo, precisamos de uma unidade que faça sentido à escala cósmica. Aqui entra o “ano-luz”, uma medida que, apesar do nome, não tem a ver com tempo no sentido que usamos no dia a dia, mas com a distância que a luz percorre no vácuo durante um ano terrestre. A velocidade da luz, uma constante universal, é de aproximadamente 299.792 quilômetros por segundo. Imagine então quão longe a luz viaja em um ano inteiro!

Essa conversão de velocidade em distância nos dá cerca de 9,46 trilhões de quilômetros. Essa medida é especialmente útil quando falamos de objetos fora do nosso sistema solar. Por exemplo, a estrela mais próxima de nós, Proxima Centauri, está a cerca de 4,24 anos-luz de distância. Isso significa que a luz emitida por essa estrela leva 4,24 anos para chegar até nós. Portanto, quando a observamos, estamos vendo como ela era há mais de quatro anos!

No cotidiano, é difícil imaginar essas distâncias. Quando usamos o GPS para navegar pela cidade, estamos lidando com distâncias de metros a alguns quilômetros. Já um ano-luz é tão vasto que ultrapassa a nossa experiência cotidiana. Por isso, astrônomos e astrofísicos optam por essa unidade quando precisam descrever o espaço entre as estrelas e galáxias em seus estudos e pesquisas.

Além de sua utilidade prática na ciência, o conceito de ano-luz também tem um quê cultural e filosófico. Ele nos lembra de nossa pequenez frente ao imenso Universo. E também desafia nossa percepção de tempo e espaço. Curiosidades como a possibilidade de olhar para uma estrela distante e ver a luz que viajou por milênios até chegar aos nossos olhos tocam a nossa imaginação, desde cientistas até escritores de ficção científica.

QUESTÃO 1

Ao considerarmos o tempo e as distâncias tendo o Universo como referencial, os parâmetros são mais amplos, uma vez que ele é infinito.

Nesse sentido, usualmente, para medir distâncias entre astros do Sistema Solar, adotamos

(A) a unidade astronômica.
(B) o quilômetro por hora.
(C) o quilômetro.
(D) o ano-luz.

QUESTÃO 2

Unidades de medidas que são comuns aqui no solo terrestre podem ser substituídas por outras mais adequadas ao aferimos distâncias entre astros que estão no além do Sistema Solar. Nesses casos, é mais adequado adotarmos

(A) a unidade astronômica.
(B) o quilômetro por hora.
(C) o quilômetro.
(D) o ano-luz.

QUESTÃO 3

Na tabela a seguir, você verá a distância entre astros do Sistema Solar e a nossa estrela, em unidade astronômica (ua). Considerando que uma unidade astronômica (ua) corresponde a aproximadamente 150 milhões de quilômetros, calcule em quilômetros tais distâncias:

QUESTÃO 4

Leia a seguir a letra da música “Anos-luz”, de Marcelo Quintanilha:

"Menino morador de outro planeta
Desça aqui, desça aqui no meu quintal
Entre a flor cor-de-rosa e a violeta
Em degradé com sua nave espacial

Menino cor-de-rosa e violeta
Pouse aqui a sua nave espacial
Me leve a conhecer o seu planeta
Que eu mostro pra você o meu quintal

Menino viajante do universo
Pare aqui o seu disco, por favor
Tanto tempo já faz que eu não converso
Com alguém que seja assim tão sonhador

Sozinho, só viajo com meus versos
Queria ver seu disco voador
Me mostre quão bonito é o universo
E em troca leve esse botão de flor

Refrão
Leve, leve, leve o que há de bom aqui
Deixe, deixe, deixe o que há de leve em ti (2x)

Menino, gente, coisa de outro mundo
Baixe aqui, baixe aqui no meu jardim
Percorra os anos-luz desse segundo
Pra gente conversar sobre os jasmins

Menino, gente, em coisa de segundo
Sabia tanto dele e ele de mim
Enquanto eu visitava o seu mundo
Ele colhia as flores do jardim”

Considerando o contexto em que adotamos os quilômetros, unidades astronômicas e anos-luz; responda: quão distante está o menino cor-de-rosa e violeta, se comparado às distâncias utilizadas para aferir distâncias daqui do solo terrestre, entre astros do Sistema Solar e entre astros do Universo em geral?

SAIBA MAIS

É sempre instigante saber mais e mais sobre o Universo. Nesse sentido, assista ao vídeo a seguir, da professora Mariana Araguaia, sobre medidas do Universo.

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Autoria	Mariana Araguaia
Formação	Ciências Biológicas
Componente curricular	Ciências da Natureza
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento	(EJACI0618) Reconhecer o Ano-Luz como unidade de medida própria para aferir distâncias no Universo.
Referências	CARNEVALLE, M. R. Araribá Mais Ciências: 9º ano. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. GOIÂNIA. Documento Curricular para a Rede Municipal de Goiânia – EJA. Secretaria Municipal de Educação e Esporte de Goiânia, 2023. 235p. Disponível em <https://tinyurl.com/ycypnxuf>. Acesso em 01/04/2024. HIRANAKA, R. A. B.; HORTENCIO, T. M. de A. Inspire Ciências: 8º ano. 1. ed. São Paulo: FTD, 2018.