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Arte – Artes Visuais – Arte Naïf

Esta proposta de atividade de ARTE – ARTES VISUAIS é destinada aos estudantes do 4º Período da Educação de Jovens e Adultos – EJA

Obra: Catira – Artista Plástica Naïf: Helena Vasconcelos – Acervo da artista.

Imagem 1: Catálogo “Minha História” (acervo pessoal da artista, disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

AÇÃO REFLEXIVA 1

  • Você sabe o que é a Arte Naïf?
  • Como você definiria esse estilo de arte?

A Arte Naïf, também conhecida como Arte Ingênua, é uma manifestação artística que se destaca pela sua abordagem única e encantadora. Originária do termo francês “art naïf”, que significa “arte ingênua”, essa corrente artística valoriza a simplicidade, a pureza e a ausência de formalidades técnicas complexas. Suas características distintivas envolvem cores vibrantes, formas simplificadas e uma narrativa que muitas vezes se liga à cultura popular e ao folclore.

Diferenciando-se das correntes artísticas tradicionais, a Arte Naïf é frequentemente criada por artistas autodidatas ou aqueles que não possuem formação formal em arte. Isso lhe confere uma autenticidade singular, que muitas vezes ressoa com o público devido à sua acessibilidade emocional e estética. As obras Naïf transmitem uma sensação de familiaridade e nostalgia, evocando lembranças de contos de fadas, cenas rurais e cotidianas, assim como o imaginário coletivo.

Aspectos da Arte Naïf

Um aspecto cativante da Arte Naïf é a sua capacidade de contar histórias através de elementos visuais simplificados. As representações artísticas muitas vezes parecem ilustrações de um livro infantil, transmitindo uma atmosfera amigável e agradável. As proporções e perspectivas podem ser deliberadamente distorcidas, conferindo um toque de fantasia às composições. Ao mesmo tempo, essas obras muitas vezes são ricas em detalhes e repletas de símbolos que convidam o espectador a explorar a narrativa oculta.

Temas Arte Naïf

Os temas da Arte Naïf variam amplamente, abrangendo desde cenas do campo e da vida rural até representações de festividades, mitos e lendas locais. As cores, frequentemente vivas e saturadas, adicionam um senso de alegria e vitalidade às obras. A ingenuidade da forma é, paradoxalmente, o que dá à Arte Naïf sua profundidade e complexidade, pois suas criações capturam emoções genuínas e contam histórias humanas de uma maneira que ressoa em todas as idades.

Influências

Embora a Arte Naïf tenha suas raízes no passado, sua influência ainda é evidente na contemporaneidade, influenciando muitos artistas contemporâneos e colecionadores que valorizam sua autenticidade e sua capacidade de conectar-se ao público de maneira direta e emocional. A simplicidade inerente à Arte Naïf é uma lembrança de que a beleza e a expressão artística podem ser encontradas em todas as esferas da vida, mesmo nas coisas mais simples e mundanas.

Artistas locais de Arte Naïf

Antônio Poteiro

Imagem 2: Fotografia (acervo pessoal do Professor Eurim Pablo disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

Em 1925, nasceu em Portugal, Antônio Poteiro.  Apenas um ano depois, em 1926, acompanhou sua família na jornada imigratória ao Brasil, fixando residência em Goiânia. Foi nessa cidade que boa parte de sua existência se desenrolou e onde floresceu seu talento multifacetado. Inicialmente trilhando o caminho da cerâmica, Poteiro rapidamente expandiu seu repertório artístico, abraçando a pintura. Suas pinceladas exuberantes, saturadas de tons vibrantes e enriquecidas com detalhes minuciosos, o alçaram a um lugar de destaque entre os luminares da Arte Naïf no Brasil.

Obras do Artista Plástico Naïf: Antônio Poteiro

Acervo da família do artista.

Imagem 3: Fotografia (acervo pessoal do Professor Eurim Pablo disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

Imagem 4: Fotografia (acervo pessoal do Professor Eurim Pablo disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

Helena Vasconcelos

Imagem 5: Fotografia (acervo pessoal do Professor Eurim Pablo disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

Nascida em solo mineiro, a artista Helena Vasconcelos estabeleceu morada em Goiânia por mais de quatro décadas, um período que a enraizou na essência goiana. Seu vívido interesse pelas artes tomou raiz nos primeiros anos, inspirado pelo espetáculo de sua mãe pintando delicados panos de prato e toalhas de mesa. Alimentada por uma curiosidade incessante, ela floresceu, adquirindo a habilidade de dar vida a tapetes e fios, já que em sua cidade natal, Uberaba-MG, os cursos de Artes Visuais eram escassos.

Quadriculados

A culminação suprema de sua obra é distinguida pela fragmentação visual, evocando a lembrança de uma colcha de retalhos que se reorganiza em um mosaico harmonioso. Ela forja um método criativo no qual sua assinatura pessoal se manifesta através da quadriculação da imagem em suas telas, permitindo às pessoas identificar suas obras com facilidade.

Obras da Artista Plástica Naïf: Helena Vasconcelos

Acervo da artista.

Imagem 6: Catálogo “Minha História” (acervo pessoal da artista, disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

Imagem 7: Catálogo “Minha História” (acervo pessoal da artista, disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

Cultura Popular

As raízes de sua criação são alimentadas por suas experiências e memórias de infância em Goiás. Impulsionada por um profundo fascínio pela cultura popular, ela empreendeu várias viagens às cidades do interior do estado, buscando trazer para suas telas a genuína expressão que habita nas festividades e eventos característicos do povo goiano.

Obras da Artista Plástica Naïf: Helena Vasconcelos

Acervo da artista.

Imagem 8: Catálogo “Minha História” (acervo pessoal da artista, disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

Imagem 9: Catálogo “Minha História” (acervo pessoal da artista, disponibilizado para o Conexão Escola – SME.)

AÇÃO REFLEXIVA 2

  • Quais são as características mais marcantes da Arte Naïf?
  • Quais os temas frequentes nas pinturas desse estilo de arte?

QUESTÃO 1

Como você acha que a abordagem autodidata dos artistas Naïf contribui para a autenticidade e a emotividade das suas obras?

QUESTÃO 2

Na sua opinião, de que forma a Arte Naïf desafia as convenções artísticas tradicionais e como essa quebra de paradigma influencia a maneira como as obras são interpretadas pelos espectadores?

QUESTÃO 3

Uma das características distintivas da Arte Naïf

( A ) é o uso predominante de técnicas abstratas.

( B ) é a ênfase em perspectivas realistas.

( C ) são as cores vibrantes e formas simplificadas.

( D ) é o exclusivo foco em temáticas urbanas.

QUESTÃO 4

A Arte Naïf difere de outras correntes artísticas em relação à formação dos artistas, pois

( A ) a maioria dos artistas Naïf possui formação acadêmica em arte.

( B ) a Arte Naïf valoriza a complexidade técnica e formal.

( C ) a maioria dos artistas Naïf são autodidatas ou têm pouca formação formal em arte.

( D ) a Arte Naïf é caracterizada pela sua obsessão por detalhes hiper-realistas.

Autoria:Eurim Pablo
Formação:Educação Física e Mestre em Performances Culturais
Componente Curricular:Arte/Artes Visuais
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:(EAJAAR0529) Conhecer, valorizar e interagir com artistas, artesãos e curadores locais, estabelecendo relações com profissionais destas categorias em âmbito nacional e internacional
Referências:ARAGON, BRODSKAIA, Nathalia. Arte Naïf, Coleção Folha, volume 20, 2017.
DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
FERRARI, Solange dos Santos Utuari… [et al.]. Por Toda Parte, 5º Ano. 1ª ed. – São Paulo: FTD, 2016.
Itaú Cultural.  Arte Naïf/Enciclopédia Itaú Cultural. Última atualização 20/05/2022. Disponível em:
< http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo5357/arte-Naïf> Acesso em: 19 de set. 2022.
VENTRELLA, Roseli e Arruda, Jacqueline. Projeto Educação para o Século XXI – Série Link da Arte 5ª série. Escala Educacional.