Olá, caro estudante!
Nessa aula, conheceremos as especificidades da pessoa com deficiência. Para isso, vamos assistir a um vídeo bem esclarecedor sobre o tema. Bora aprender? Conhecer e respeitar, vamos lá?
O vídeo produzido por Leide Cesar é muito esclarecedor. A explicação de que nem sempre a pessoa com deficiência foi tratada como hoje, nos ajuda a compreender melhor o tema. Houve civilização, inclusive, que não concedia o direito de existir a essas pessoas. Além disso, por muito tempo, elas foram tratadas como doentes, sendo isoladas da sociedade. Somente no século XX que é feita uma discussão séria sobre o tema, culminando em uma mudança de foco, em 2006, na convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, como explicado no vídeo.
Por isso, a pessoa com deficiência não pode ser tratada como doente, mas como aquele que possui limitação física e/ou intelectual, podendo superá-la. E é exatamente isso que vamos ver hoje: pessoas com limitações físicas que superam todos os dias as suas dificuldades. Para conhecer mais sobre o tema, nada melhor que escutar alguém com deficiência. Assim não ficamos falando pelo outro… Solta a voz, melhor, solta o vídeo!
Esse vídeo, produzido pela Câmara dos Deputados, dá uma sacudida na gente. Ele fala das convenções sociais, o modo como somos tratados e como tratamos o outro. O legal é que ele dá exemplos: não saímos por aí mexendo nos cabelos de um desconhecido, isso é muito invasivo. Devemos tratar o outro como queremos ser tratados. Então, por que será que, de vez em quando, ouvimos aquelas frases: “eu não sei como lidar com pessoas com deficiência”…
Seguindo as convenções sociais já existentes, nós, provavelmente, saberemos como lidar. Do mesmo jeito que não permitimos certas condutas, a pessoa com deficiência também pode não gostar. Tem coisa mais chata do que falar olhando para baixo ou para cima? Isso cansa; é desrespeitoso.
E é tão simples, basta pegar uma cadeira e se sentar. Olhar nos olhos é bem melhor. Se a pessoa se colocar no lugar do outro, logo vai perceber o que é legal e o que não é. Exercício de empatia. Conhece essa palavra? Empatia é a capacidade de se colocar na condição do outro. Como seria bom se vivêssemos em uma sociedade com mais empatia… Continuando nessa pegada do conhecimento, vamos conhecer outra forma de deficiência, a auditiva. Bora lá?
Cada um no seu tempo: que ensinamento! É bela a comparação com a matemática, vista no vídeo. Há pessoas que aprendem decorando outras não… O legal é saber que cada um, com a sua limitação, aprende de uma determinada forma.
A narradora do vídeo que assistimos também explicou que o termo correto não é surdo-mudo, apenas surdo. Isso porque essas pessoas produzem som, não são mudas… O importante é sempre aprender mais.
Existem surdos que aprenderam a ler, a escrever e a falar na Língua Portuguesa. Outros utilizam a Libras, que é a Língua Brasileira de Sinais. Temos também os surdos bilíngues… E, existem ainda, aqueles que não são oralizados e nem utilizam a Libras, comunicam por sinais e gestos. Que diversidade! Cada um no seu tempo, cada um aprendendo de uma maneira.
Isso é singular: cada um no seu tempo e da sua maneira. Mais uma palavra legal: singular é sinônimo de único, distinto, especial. Então, todos nós temos a nossa singularidade, que é o mesmo que originalidade, unicidade. É aquilo que nos faz único no mundo, como a nossa maneira de aprender.
Ampliando ainda mais, que dicas interessantes o vídeo apresenta! Ser expressivo, movimentar bem o corpo, ficar frente a frente, procurar lugares iluminados… Todas essas dicas ajudam a comunicação. O legal é que, mesmo sem saber Libras, é possível comunicar com uma pessoa surda, já que ela pode fazer a leitura labial.
Já vimos sobre as deficiências física e auditiva, agora, vamos participar de uma provocação feita pelo filósofo João Coelho… Ele pergunta: simular a deficiência física faz algum sentido? Solta o vídeo:
É desrespeitoso imitar ou simular o outro. E mais: cada sujeito é único no mundo, cada um sente e vive de uma maneira. Então, quando alguém simula a vida alheia, ele continua sem saber o que outro passa.
Lembra-se das palavrinhas do começo da aula: singularidade, originalidade e unicidade? Agora temos mais uma palavra: simulação. Simulação é o mesmo que imitação; são sinônimos. É tentar parecer real o que é fictício. Quando alguém imita o outro, ele acaba fazendo caricatura e acaba não entendendo nada.É mais ou menos assim: simular parece ser o contrário de singular. Singular é único; simular é plural.
Voltando ao vídeo: ali o filósofo João Coelho apresenta uma obra bem legal, chamada “Ensaio sobre a cegueira”, do Saramago… Que tal pesquisar depois sobre esse livro? Está aí uma dica de leitura.
Na aula de hoje aprendemos muito… Entendemos o que é deficiência e não paramos aí. Escutamos pessoas com deficiência comentando sobre a sua própria vida, criticando a perspectiva da simulação e apresentando singularidade do sujeito.
Agora é com você, estudante da EAJA. Chame seus familiares e mão na massa!
Atividade:
Responda a seguinte provocação: simular a vida de alguém faz algum sentido? Essa resposta deve ser feita em forma de uma carta argumentativa. Defenda o seu ponto de vista e enderece a carta para o filósofo João Coelho. Se possível, poste o seu texto no canal do youtube dele. Vamos lá? Seja criativo!
Componentes | Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento |
Língua Portuguesa | (EAJALP0712) Compreender e posicionar-se sobre conteúdos e informações de fontes diferentes, nos contextos de produção. (EAJALP0709) Interpretar os discursos variados sobre as propostas políticas e as soluções dos problemas de interesse público. (EAJALP0629) Planejar, produzir e revisar textos do gênero jornalístico, tais como: notícia, artigo de opinião, editorial, entre outros. |
História | (EAJAHI0534) Associar o conceito de cidadania a dinâmicas de inclusão e exclusão na Grécia e Roma antigas e no mundo atual. (EAJAHI0853) Relacionar a Carta dos Direitos Humanos ao processo de afirmação dos direitos fundamentais e de defesa da dignidade humana. (EAJAHI0854) Compreender o papel das instituições voltadas para a defesa dos direitos humanos e identificação dos agentes responsáveis por sua violação. |