O Conexão Escola – “Curiosidade está On”, é um quadro educativo baseado no Documento Curricular para GOIÁS – Ampliado, que busca aprofundar o conhecimento de temas diversos, ampliando o repertório científico, artístico e cultural, com objetivo de possibilitar uma ampliação dos conhecimentos, com vista ao desenvolvimento de aprendizagem e criação de novos projetos, que estimule a comunidade escolar na busca pelo conhecimento.
A luta antirracista no Brasil
Você sabia?
A luta contra o racismo no Brasil
A luta contra o racismo no Brasil tem sido longa e multifacetada, envolvendo iniciativas políticas, jurídicas e sociais. Entre os avanços mais significativos estão a criminalização do racismo, prevista na Constituição de 1988, e a implementação de políticas de ação afirmativa, como o sistema de cotas. Essas medidas visam combater as desigualdades estruturais que afetam a população negra e indígena, além de promover a reparação histórica pelos séculos de exclusão social causados pelo regime escravocrata e pela discriminação racial.
A Constituição Federal de 1988 representou um ponto de inflexão na luta contra o racismo no Brasil. Em seu artigo 5º, inciso XLII, estabeleceu que o racismo é um crime inafiançável e imprescritível, sujeito a penas de reclusão. Essa previsão foi reforçada pela Lei n.º 7.716/1989, que definiu as condutas consideradas racistas e suas respectivas punições.
Apesar desse avanço, a aplicação da lei ainda enfrenta desafios, como a dificuldade em provar atos de discriminação e a subnotificação de casos. Movimentos antirracistas têm atuado para ampliar o conhecimento público sobre os direitos assegurados pela legislação e para pressionar por uma aplicação mais rigorosa das normas.
O sistema de cotas, implementado no Brasil a partir do início dos anos 2000, é uma das principais ferramentas de ação afirmativa. A Lei n.º 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas, estabeleceu a reserva de vagas em instituições federais de ensino superior para estudantes de escolas públicas, com recortes raciais e sociais. Essa política busca corrigir desigualdades históricas no acesso à educação, especialmente entre negros, pardos e indígenas.
Além do impacto na educação, as cotas foram estendidas a concursos públicos, aumentando a representatividade em espaços de poder e decisão. Apesar de críticas e resistências, estudos demonstram que o sistema tem contribuído para ampliar o acesso de grupos historicamente marginalizados a oportunidades educacionais e profissionais, promovendo maior diversidade e equidade.
A criminalização do racismo e o sistema de cotas representam conquistas fundamentais na luta antirracista no Brasil. Essas políticas não apenas enfrentam as desigualdades históricas, mas também simbolizam o reconhecimento oficial da necessidade de reparação e inclusão. No entanto, a luta contra o racismo é contínua e exige o engajamento da sociedade na totalidade, tanto na defesa das leis existentes quanto na promoção de novas iniciativas que garantam a justiça social e a igualdade de direitos para todos os cidadãos.
DEACRI – Delegacia Estadual de Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e de Intolerância – PCGO
Endereço: Praça do Violeiro – Praça Padre Romão Cícero, Av. Solar – St. Urias Magalhães, Goiânia – GO, 74565-630
Telefone: (62) 98495-2047
sexta-feira | 08:00–18:00 |
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segunda-feira | 08:00–18:00 |
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quinta-feira | 08:00–18:00 |
PROPOSTA DE ATIVIDADE
Na atividade de hoje, vocês gravarão uma entrevista com os seus familiares sobre como eles entendem e combatem o Racismo.
Passo 1 – Crie algumas perguntas sobre como o Brasil combate o racismo no país e faça algumas entrevistas com os seus familiares, faça a gravação em vídeo ou áudio para conseguir analisar os registros.
Passo 2 – Após as entrevistas, compartilhe com os seus colegas e professores os resultados do diálogo com os seus familiares, façam uma roda de conversa sobre os pontos mais relevantes das entrevistas.
Passo 3 – Faça um diálogo sobre o combate ao racismo no Brasil com os familiares entrevistados.
Habilidades: | Componente: História (GO-EF08HI20-A) Identificar e problematizar as origens históricas do racismo, reconhecendo-o como elemento estruturante nas relações sociais e econômicas da sociedade brasileira, assim como as exclusões, violências e silêncios advindos do racismo. (EF09HI23) Identificar direitos civis, políticos e sociais expressos na Constituição de 1988 e relacioná-los à noção de cidadania e ao pacto da sociedade brasileira de combate a diversas formas de preconceito, como o racismo. (GO-EF09HI26-B) Analisar e problematizar as lutas e os movimentos da sociedade brasileira contra o feminicídio, o machismo, a homofobia, o racismo, o bullying e outras questões latentes na contemporaneidade, como traços culturais que precisam ser revertidos por meio da consciência de igualdade e equidade. (EJAHI0525) Reconhecer o racismo como construção histórica e a legitimidade da luta por ações afirmativas na atualidade. |