Hoje o tema que vamos abordar é a Op Arte, movimento artístico revolucionário que teve sua origem em 1950, a partir da publicação do “Manifesto pelo Movimento”, nesse texto o artista Victor Vasarely apresenta publicamente suas ideias de uma nova arte em consonância com o momento de constantes e vertiginosas mudanças em que ele vivia. Vasarely se inspira nos avanços tecnológicos, na velocidade e na multiplicidade para propor uma ruptura diante do imobilismo da Arte Abstrata, tendo como elementos essenciais o paralelismo e os esquemas de contraste, com o objetivo de criar imagens que se movimentam na tela através da ilusão de óptica, levando às últimas consequências o princípio do contraste colorido.
Os artistas da Op Arte usaram constantemente a associação de cores com freqüências ondulatórias muito distanciadas, se apoiando nos estudos de Jean Clay. O Cubismo, a obra de Maurit Cornelius Escher, os experimentos dos pontilistas e os princípios científicos de Chevreul e de Helmholtz, também serviram de base para as realizações da Op Arte, nessas obras exploraram a sensação ótica de agitação, pulverização, transmutações, em suma, de movimento veloz da superfície.
Como resultado de suas pesquisas, Vasarely idealizou um tipo de arte que deveria ser mais acessível para as pessoas em geral, isso aproximou seu trabalho da atitude adotada pelos artistas da Pop Art, fazendo uso constante da gravura (Serigrafia) como linguagem mais apropriada, que visava a massificação do objeto artístico, podendo se afirmar que a obra de Vasarely era uma tentativa de atenuar a voracidade capitalista do mercado de arte, assim ele estava antevendo no campo das artes as seguintes conseqüências: “Em lugar de um único quadro na parede de um único amador, vemos atualmente cem quadros iguais nas cem paredes de cem amadores”. A estética da Op Arte extrapolou e muito o campo das Artes Plásticas, influenciando decisivamente outras linguagens como a Arquitetura, o Design, as Artes Gráficas, o Estilismo, entre outros setores da expressão criativa humana.
Outras denominações da Op Arte são: Arte Programada, Arte Ótica, Optical Art (nome original) e Arte Combinatória.
Os artistas de maior destaque na Op Arte foram: Vasarely, Agam, Tadasky, Morellet, Bridget Riley, e Anuszkiewich, além dos brasileiros: Ivam Serpa, Lothar Charoux e Israel Pedrosa.
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Assista ao vídeo a seguir que apresenta um pouco mais da obra de Victor Vasarely, fundador da Op Arte.
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Galeria ampliada
Assista ao vídeo a seguir que introduz uma grande quantidade de imagens de obras de MC Escher e da Op Arte para consolidar sua percepção desse movimento artístico:
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Agora que já sabemos um pouco desse movimento artístico e suas características mais típicas, vamos utilizar esse conhecimento e nossa criatividade para desenvolver uma imagem com esse método, desenvolvendo nossa capacidade de inovação, para auxiliar no seu trabalho veja esses dois breves vídeos a seguir, que lhe darão subsídios para você impulsionar sua imaginação:
As imagens nesses vídeos não devem ser apenas copiadas, com base nesses procedimentos, você deverá criar imagens próprias, lembrando que a Op Arte se caracteriza por linhas paralelas com mudanças bruscas de direção, além dos intensos contrastes de cores, podendo ser construídas com linhas retas, linhas curvas (sinuosas) ou uma combinação desses dois tipos de linhas, em grande parte essas obras são em preto e branco, mas podem explorar os contrastes entre outras cores que sejam muito diferentes entre si, lembre-se de fazer mais de uma tentativa, pois as primeiras dificilmente trarão um resultado tão satisfatório, busque aprimorar um pouco mais a imagem a cada experimentação, com o objetivo de chegar a um resultado cada vez mais diferenciado e criativo, a meta final é produzir no papel uma imagem que provoque no observador a sensação de que está se movendo.
Materiais e instrumentos necessários:
5 folhas de papel sulfite formato A4 (é a folha de chamex comum), usaremos todas essas folhas para as experimentações que faremos.
► Régua
► Esquadro
► Compasso
► Lápis n°2 ou HB ou lapiseira 0,5
► Lápis de cor preto
▲ Se preferir pode usar caneta hidrocor (canetinha) preta, mas aí certamente vai precisar de mais de uma “canetinha” preta.
Um excelente processo de descoberta pra você!
Saiba Mais / Referências
Vídeo mostrando uma exposição sobre a obra de Maurit Cornelius Escher, mestre da ilusão de ótica
Objeto de Conhecimento | Contextos e práticas: Práticas artísticas, Formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas. Processos de criação: Princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação. Relação dos processos de criação e produção autoral, autônoma e colaborativa entre as diversas linguagens artísticas. |
Componente Curricular | Arte |
Habilidades | (GO-EF08AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matizes indígenas, africanas e europeias de diferentes épocas, compreendendo e construindo repertórios relativos às diferentes linguagens artísticas, bem como desconstruindo estereótipos. (GO-EF08AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética, trazendo sentidos e significados para as produções artísticas diversas. (GO-EF08AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos, processos de criação nas suas produções visuais, desenvolver e ampliar o pensamento crítico, reflexivo e as suas próprias experiências artísticas. (GO-EF08AR32) Analisar e explorar, por meio de projetos temáticos diversos, as possibilidades de relacionar e experimentar os processos de criação e produção autoral, autônoma e colaborativa, relacionando-os com as linguagens artísticas, respeitando os contextos pessoais e sociais. |
Proponentes/ Professores: | Valmer Araujo Medeiros |
Instituição Educacional: | Escola Municipal Castorina Bittencout Alves |
CRE: | Brasil Di Ramos Caiado |
Ciclo da Adolescência – Turma H (8º ano) – Corpo, Expressão e Movimento