O Dia do Folclore Brasileiro é dia 22 de agosto! A data foi escolhida porque foi no dia 22 de agosto de 1846 que a palavra folklore foi inventada por um escritor inglês. O inventor ligou duas palavras da língua inglesa: FOLK e LORE, que juntas significa: sabedoria popular!
O Congresso Nacional, por meio do Decreto nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, estabeleceu que a partir do dia 22 de agosto daquele ano seria comemorado o dia do folclore, que diz o seguinte:
“Considerando a importância crescente dos estudos e das pesquisas do Folclore, em seus aspectos antropológico, social e artístico, inclusive como fator legítimo para o maior conhecimento e mais ampla divulgação da cultura popular brasileira. Considerando que a data de 22 de agôsto, recordando o lançamento pela primeira vez, em 1846, da palavra Folk-Lore, é consagrada a celebrar esse evento.”
O Dia do Folclore Brasileiro foi criado com o intuito de alertar para a importância e a valorização das manifestações folclóricas no país.
O Folclore Brasileiro tem características das culturas indígena, africana e portuguesa. Ele é um conjunto de expressões culturais populares que englobam diversos aspectos da identidade nacional.
Folclore é o conjunto de conhecimentos de um povo. Conjunto composto por diversas manifestações, das quais podemos citar: as festas, as lendas, parlendas, os mitos, as canções, brincadeiras, danças, comidas típicas e outros costumes culturais e regionais que são transmitidos de geração para geração.
Apesar de toda a riqueza do conjunto de manifestações, o folclore só começa a figurar nas narrativas oficiais a partir do século XIX.
Temos diversas Lendas que compõem nosso Folclore: A lenda da Iara, também conhecida com Mãe D’Água, uma sereia encantadora!
O Curupira, um protetor implacável da fauna e da flora! Que persegue todos que maltratam e agridem a natureza! O Curupira é um menino de cabelo vermelho e os pés virados para trás.
A Mula sem cabeça, uma mulher que foi amaldiçoada após ter um romance com um padre. A maldição foi ser transformada num quadrúpede acéfalo, ou seja, sem cabeça, que galopa soltando fogo.
Lobisomem, um homem que após ter sido mordido por um lobo a cada noite de lua cheia se transforma em Lobo. Também temos o Boitatá, o Boto, e tantas outras maravilhosas lendas que aguçam nossa imaginação!
Não podemos deixar de falar do Saci… vai que ele fica sabendo e apronta uma travessura!
O Saci-pererê é um personagem muito travesso que se diverte fazendo brincadeiras com os animais e com as pessoas. Suas principais travessuras são trançar os cabelos dos animais durante a noite, fazer sumir objetos, e ainda, assobiar de maneira muito estridente para assustar os as pessoas, principalmente quando estão sozinhas. Reza a lenda que ele costuma atrapalhar o trabalho das cozinheiras, trocando os recipientes de sal e açúcar ou fazendo-as queimar a comida! O vídeo abaixo ilustra parte do texto que você acabou de ler:
O Saci é o guardião das ervas e das plantas medicinais. Ele conhece cada uma delas e qual cura elas podem promover! Ele também domina as técnicas de manuseio e de preparo as ervas!
Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um personagem trapaceiro, pois ele guarda e cuida das ervas sagradas presentes na mata e ainda, costuma atrapalhar e confundir as pessoas que as coletam sem autorização. Dizem que para capturar o Saci-pererê, a pessoa deve arremessar uma peneira dentro dos redemoinhos de vento. Após capturá-lo, é necessário retirar-lhe o gorro, aquele chapeuzinho vermelho que ele usa sempre! E depois prendê-lo em uma garrafa.
Acredita-se que o Saci nasceu do broto de bambu, permanecendo ali até os sete anos e, após esse período, vive mais setenta e sete praticando suas travessuras com humanos e animais. O nome “Saci” é o nome de um pássaro conhecido pelos nomes “Saci”, “Matimpererê” ou “Martim-pererê”, em tupi: matintape’re.
A lenda do Saci é contada em todas as regiões brasileiras e, por isso, a história modifica-se conforme o local. Em alguns lugares esse personagem possui nomes diferentes como: Saci-Cererê, Matimpererê, Matita Perê, Saci-Saçurá e Saci-Trique. Alguns contam que logo que o Saci surgiu ele tinha as duas pernas que acabou perdendo uma delas num jogo de capoeira, e adquiriu o hábito de fumar um cachimbo com o tempo! É cada história que a gente fica sabendo das travessuras desse Saci!…
Atividade 1
Você conhece alguma história que conta as travessuras no Saci?
Que tal relembrar uma delas e registrá-la em seu caderno?
Contar histórias é um exercício de organização de ideias!
Atividade 2
Que tal você elaborar uma história que tenha personagens folclóricos como preservadores do meio ambiente?
Sua história pode ser narrada por meio de texto escrito ou de imagens!
EAJA – Experiências e Curiosidades
Componentes | Objetos de conhecimentos/ Conteúdos | Objetivos de Aprendizagens e Conhecimento |
Arte Artes Visuais | Materialidades e Imaterialidades: Patrimônio cultural material e imaterial | (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial da brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, construir e compreender o vocabulário e repertórios relativos às diferentes linguagens artísticas, respeitando seus contextos pessoais e sociais. |
História | Cultura imaterial e pluralidade cultural e étnica | (GO-EF05HI03-A) Identificar as principais influências culturais do povo brasileiro em relação ao conhecimento científico e popular, na perspectiva de compreender a contribuição de cada povo, indígena, europeu e africano, na constituição da nossa sociedade. |
Arte Teatro | Elementos da Linguagem: Teatralidades na vida cotidiana – presença de elementos teatrais | (EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana e fazer registros verbais e/ou não verbais: oralidade, escrita, desenho, expressão corporal, audiovisual, entre outras formas, identificando, explorando e comparando os elementos teatrais, variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narrativas. |