ESTA PROPOSTA DE ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA É DESTINADA AOS ESTUDANTES DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS.
O que são danças urbanas?
O termo danças urbanas surgiu para identificar as danças que nasceram da cultura hip hop, substituindo expressões como street dances ou danças de rua.
A cultura hip hop surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970, e é composta por quatro elementos principais: o DJ, o MC, o grafite e o break. Ela nasceu como uma maneira de usar a arte para enfrentar os problemas sociais, tornando-se um importante meio de expressão, resistência e conscientização diante da pobreza, da violência e do preconceito.
O break, que é o elemento da dança dentro da cultura hip hop, marcou o início dessa expressão nas ruas. Com o tempo, surgiram outros estilos, como popping, hip hop dance, house dance e waacking. Essa variedade ficou conhecida como street dances, que significa “danças de rua”.
Porém, é importante saber que o termo street dance já era usado desde a década de 1930. Ele surgiu quando afro-americanos, inspirados pelo sapateado, criaram um novo estilo de dança que unia os sons produzidos pelos pés a movimentos das danças africanas. Por acontecer fora das escolas tradicionais, essa prática recebeu o nome de street dance, que significa “dança de rua”. Com o passar do tempo, no entanto, o termo deixou de ser utilizado.
Na década de 1960, o termo street dance voltou a ganhar destaque com o dançarino Don Campbellock, criador do estilo locking. Já nos anos 1970, com a expansão da cultura hip hop pelos Estados Unidos, o termo se consolidou, pois surgiram novas danças com a mesma essência popular e criativa, dando origem a diversas modalidades dentro do street dance.
Com o tempo, o nome “dança de rua” começou a gerar preconceito, pois muitas pessoas associavam a palavra “rua” a algo negativo. No entanto, o termo street dance representa muito mais do que isso: simboliza danças criadas pelo povo, fora do ambiente acadêmico.
No Brasil, o movimento cresceu e revelou muitos talentos. Percebeu-se, porém, que nem todas essas danças nasceram literalmente nas ruas — algumas surgiram em clubes, festas e eventos culturais. Por isso, o nome “dança de rua” deixou de representar bem toda essa diversidade.
Em 2005, após muitas discussões, o dançarino brasileiro Frank Ejara, junto ao alemão Storm, propôs o uso da expressão danças urbanas. Essa nova denominação foi bem aceita e ajudou a incluir essas danças em escolas, academias e festivais.
Hoje, o termo danças urbanas reúne vários estilos oriundos da cultura hip hop e/ou que sofreram influência pela mesma, como rocking, locking, breaking, popping, hip hop dance, waacking, voguing, house dance, dancehall e krump, entre outros. Todos eles expressam criatividade, identidade e cultura popular.
Mais do que simples passos e coreografias, cada estilo de dança urbana conta uma história e apresenta seus próprios movimentos, gestos e técnicas. Apesar das diferenças, todos compartilham a energia, a força e o ritmo característicos dessas danças.
Além de serem uma forma de manifestação cultural e resistência, as danças urbanas são divertidas e ajudam a desenvolver a coordenação motora, o trabalho em grupo e a expressão corporal, contribuindo também para a saúde e o bem-estar.
Por isso, podemos dizer que as danças urbanas vão muito além do movimento: elas representam comunicação, cultura e transformação social por meio da arte e da criatividade.
ASSISTA AO VÍDEO PARA CONHECER ALGUNS ESTILOS DE DANÇAS URBANAS
RESPONDA ÀS QUESTÕES
QUESTÃO 1
A dança foi uma das primeiras formas de expressão humana. Diferentes tipos de dança surgiram, evoluíram e se adaptaram a variados contextos culturais, históricos e sociais. Nesse sentido, as danças urbanas surgiram em um contexto específico, que foi
(A) nas festas da realeza na Europa, como forma de lazer e entretenimento da nobreza.
(B) nas aldeias indígenas brasileiras, como parte de cerimônias religiosas e sagradas.
(C) nas comunidades afro-americanas dos EUA, como forma de expressão e resistência.
(D) nos palcos das maiores escolas de dança, criadas por coreógrafos profissionais.
QUESTÃO 2
Na sua origem, as danças urbanas eram conhecidas como street dances. Esse nome foi dado porque essas danças
(A) eram praticadas exclusivamente nas ruas, sem qualquer influência cultural.
(B) foram desenvolvidas pelo povo, fora das escolas tradicionais de dança.
(C) eram ensinadas apenas em academias especializadas nos Estados Unidos.
(D) nasceram de coreografias criadas por dançarinos profissionais da televisão.
QUESTÃO 3
As danças urbanas incluem vários estilos que surgiram a partir da cultura hip hop ou que foram influenciados por ela. Um exemplo de dança urbana é o
(A) samba.
(B) balé.
(C) popping.
(D) sapateado.
QUESTÃO 4
Leia o texto:
Segundo a GQ (2024),
O Breaking está se despedindo dos Jogos Olímpicos mesmo após apenas uma edição participando como modalidade oficial. O Breaking, um estilo de dança urbana, participou dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 como modalidade oficial, mas não estará presente nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. Cada comitê organizador tem liberdade para decidir quais esportes incluir, conforme a visão que possuem para os Jogos.
Nos Jogos de Paris, o Breaking foi escolhido por ajudar a engajar o público jovem e se encaixar na proposta do evento. Porém, mesmo sendo uma dança criada nos Estados Unidos — país que sediará os próximos Jogos — o comitê organizador optou por outras formas de envolver os jovens, sem incluir uma modalidade considerada “descolada” ou “cool”.
Agora reflita e responda:
1 – Você gosta de assistir aos Jogos Olímpicos? Explique o que mais chama sua atenção nesses jogos.
2 – Você acha que o Breaking deveria continuar como esporte olímpico? Justifique sua resposta.
QUESTÃO 5
O texto mostra que as danças urbanas vão além de passos e movimentos. Quais benefícios essas danças podem trazer para quem pratica?
| Autor | Jordana Ferreira |
| Formação | Educação Física |
| Componente Curricular | Educação Física |
| Objeto de Conhecimento/Conteúdo | Danças do Brasil e do mundo |
| Habilidades | (GO-EF07EF11) Praticar diferentes formas de dança, contemplando a experimentação e fruição das diversas danças urbanas e identificando seus elementos constitutivos (ritmos, espaço, gestos). |
| Referências | FREITAS, Vanilto. A cena das danças urbanas em cena: a interface danças urbanas e dança contemporânea. In: ENCONTRO CIENTÍFICO NACIONAL DE PESQUISADORES EM DANÇA, 5.Anais eletrônicos… Santa Maria, RS, 2015. SOUZA, Roger de. Bboy – indice de movimentos do break dance. Mundodadanca.art.br, 2015. Disponível em: <https://www.mundodadanca.art.br/2015/01/bboy-indice-de-movimentos-do-break->. Acessado em 20 de outubro de 2025. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Danças Urbanas: Educação e Cultura. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2022. Disponível em: https://procult.ufc.br/wp-content/uploads/2022/03/apostila-dancas-urbanas-educadance-ufc.pdf. Acesso em 21 de outubro de 2025. GQ. Entenda porque o Breaking não fará parte das Olimpíadas de 2028. GQ, 14 ago. 2024. Disponível em: https://gq.globo.com/esporte-clube/noticia/2024/08/entenda-porque-o-breaking-nao-fara-parte-das-olimpiadas-de-2028.ghtml. Acesso em 21 de outubro de 2025. |